Cap. 4 - ※ O depoimento de Joanne Green ※

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Já era tarde quando Davys chegou em sua casa, ela entrou e encontrou sua irmã sentada no sofá, comendo pipoca e vendo tevê.

- Melissa dormiu? - perguntou Davys em um tom cansado.

- Sim, consegui fazer ela dormir. Você está bem? Parece cansada. - Angelina percebeu o cansaço no tom de voz de sua irmã.

- Um pouco cansada. Este caso não está fácil.

- É, eu vi nos noticiários. Deve estar mesmo difícil e desgastante.

- Um pouco complicado. Mas nada que uma investigação não resolva. Angelina, preciso ir dormir estou realmente cansada, então caso precise de mim estarei no meu quarto, mas evite me chamar, certo? - o tom de voz da detetive era brincalhão.

- Tá bem, Mari. Tenha uma boa noite, você está precisando, até amanhã. - ela jogou um beijo para sua irmã.

Davys foi tentar dormir, mas por causa de alguns pesadelos, acabou acordando várias e várias vezes durante a noite. Se revirou por diversos momentos. Era incomum aquela ligação que ela tivera com seu atual mistério.

[...]

No dia seguinte Davys acordou às 07h00. Já era hora de estar pronta para trabalhar. Ela se arrumou e foi até a cozinha pegar um pouco de café para acordar.

Angelina ainda estava dormindo, mas havia uns biscoitos com um bilhete em cima escrito "Para Mari, coma todos, eu não vou querer. Bom dia irmã 💗". Davys então abriu um sorriso ao ver o quão carinhosa era sua irmã com ela.

A detetive comeu os biscoitos. Assim que terminou seu café da manhã, pegou sua bolsa e seguiu diretamente para seu smart. Ligou seu carro e dirigiu para o departamento. Durante o caminho ficou imaginando que teria que conversar com a tia de Ellen, e como seria aquela cena triste. Sabia como era doloroso perder alguém e como Joanne estaria deprimida.

Enfim ela chegou no trabalho.

- Bom dia, Davys. - Disse o Oficial Maccurtney.

- Bom dia, oficial. Tão cedo por aqui?

- É, digamos que hoje eu não tenha conseguido dormir. Bem, vou até o refeitório comer alguma coisa, vem comigo?

- Oh, obrigada, oficial. Mas eu já tomei meu café, vou para minha sala, hoje irei até a casa da tia da Ellen conversar com ela.

- Entendo, uma pena. Vou ir lá, até logo Davys. - ele sorriu e saiu em seguida.

- Até.

Davys vai até seu escritório, lá ela se senta e começa a ler sobre o laudo de Ellen. Franziu o cenho, sua concentração era evidente, tentou entender o que se passava. Alguns minutos se passaram até que Santos chega, mais deslumbrante que nunca.

- Olá, Davys. Como está? Sabe que dia é hoje? - a empolgação em seu rosto era visível.

- Oi, Santos. Dia dezessete, não?! - respondeu Davys um pouco confusa.

- Haha, muito engraçado. - ele cruzou os braços.

- Não contei nenhuma piada. - falou em um tom sério.

- Nossa, que mau humor logo cedo. Enfim, hoje é dia dezessete sim! Mas hoje também é o dia que completa vinte anos da prisão do monstro da Dália. - ao mencionar "monstro da Dália" sua voz se eleva.

- Monstro da Dália? - estranhou Davys. - isso é um filme?

- Não, esse é o caso do maior assassino em série de San Diego. O Oficial Maccurtney cuidou dele com sua parceria hoje aposentada, Antonela Banks. Esse caso me fez decidir ser policial. E então detetive.

O caso de Ellen GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora