Cap. 5 - ※ O depoimento de Luís Müller ※

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Davys chegou no departamento de polícia. Ao chegar em sua sala ficou surpresa ao ver um jovem sentado a sua espera. Loiro e olhos claros, um rapaz muito bonito, porém seu olhar era esnobe o suficiente para deixar a detetive desconfortável.

- Oi, em que posso ajudar? - tentou ser amigável.

O rapaz fitou Davys com um olhar furioso, trincou seu maxilar e tremia a perna de nervoso. Cruzou os braços e arqueou a sobrancelha.

- Tudo bem, por que eu estou aqui? Acham que eu matei a Ellen? Sério mesmo? Eu amava aquela garota. Não podem me prender, eu nunca mataria ela!!! - gritou. Do lado de fora da sala, algumas pessoas escutaram.

- Ei, calma aí rapaz! Senão vou-me pensar que realmente mataste ela. Você deve ser o Luís, estou certa?! Relaxa, só queremos ter certeza que você não deu uma droga pra ela. - riu. - Até porque você foi o último a ser visto com a própria, ainda viva. Então seria melhor você se acalmar e me dar seu depoimento numa boa, certo? - se sentou ao lado do rapaz.

- Desculpe, mas como eu já disse, eu não faria nada contra a Ellen, eu a amava... Sinceramente sinto muito sua falta. - a voz de Luís falhou e ele começou a tentar segurar o choro.

Davys tirou do seu bolso, um lenço no qual havia as iniciais do nome de sua irmã "AD", Luís pegou e enxugou suas lágrimas. Que ainda eram poucas.

- O.k., Luís, vou começar te fazendo umas perguntas, no final vou ver se bate com algumas informações que tenho.

- Informações? Seja o que for, eu não matei a Ellen. - ele cerrou os punhos.

- Calma, Luís. Desse jeito você parece suspeito, já te falei que não precisa se exaltar, se você não a matou, não tem motivos para ficar desse jeito, apenas relaxe.

- O.k., desculpe pode continuar.

- Certo, vamos lá. Você e Ellen se conhecem a quantos anos?

- Uns quatro. - deu os ombros.

- Vocês tinham que grau de proximidade?

- diria cem por cento. Eu era namorado dela. - respondeu passando a mão em sua cabeleira loura.

- Terminaram por qual motivo?

- Eu gostava muito da Ellen. Todavia ela não se arrumava mais, parecia uma mendiga. Fora que estava sempre com roupa comprida, parecia uma velha. Minha atração por ela acabou, ainda mais que eu conheci sua amiga Lia. Lia sempre se arrumava, sempre esteve linda, eu acabei me apaixonando por ela. porém, me arrependo profundamente de ter trocado a Ellen pela Lia... - sua voz falhou.

- Adolescentes... Você sabia que a Ellen apanhava? Ela estava com seu corpo todo roxo.

- Não! Ela nunca me disse nada, porque eu teria feito algo para proteger a ela... - olhou com os olhos marejados.

- É, enfim... O que foi falar com a Ellen no dia em que ela morreu?

- Eu falei? - tentou disfarçar.

- Sim, temos uma testemunha.

- Eu só trombei com ela no corredor, só isso! Mas não trocamos nenhuma palavra, eu juro! Eu também havia ido ao banheiro.

- Estranho, primeiro diz que não conversou com ela, agora que só tombrou com ela. Enfim, posso confirmar essa versão com alguém?

- Acho que sim. A escola tem câmeras nos corredores, exceto no corredor do banheiro, porque dizem ser falta de privacidade.

- Que conveniente! - bateu na mesa.

- Perdão?

- Nada, só estava pensando alto. - disse Davys. - Luís, você conhece Rick Lewis?

O caso de Ellen GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora