Capítulo 19

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Capítulo 19

"Sin pasaporte entraste en mi vida y te volviste residente de mi piel."

Anahi acordou com dor de cabeça, também puderas, que noite ela havia tido. No relógio já passava de meio dia, ela tinha perdido Mane saindo pro primeiro dia de trabalho e Tony para creche, se sentia desorientada. Na sua memória só passava cenas do desastre que tinha sido a ultima noite, o rosto daquele cara lhe fodendo, tinha sido totalmente desnecessário e repugnante. Daquela série de coisas na vida que não entendemos porque fazemos, mas nos arrependemos no instante seguinte. Ela com sorte nunca mais precisaria olhar na cara dele.

Ela tinha prometido ir conversar com seu pai e continuava adiando aquilo, mas de hoje não podia passar, era uma promessa. Ela tomou um bom banho, comeu alguma fruta para enganar o estomago e procurando um remédio para dor de cabeça sem sucesso, Anahi foi para casa do pai de surpresa. Tinha mais de uma semana que ela o encontrava, que deixava sua mãe em paz como ela queria, que fugia da razão principal de te voltado para Los Angeles.

O estado de saúde de sua mãe era instável, entre dias de recaídas e melhoras ela ia forte sobrevivendo. O problema de Helena era além da doença que a consumia, ela nunca havia sido uma pessoa positiva, esperançosa. Talvez nunca fosse muito tempo, melhor dizendo, desde que se descobriu grávida de Anahi aquilo mudou, Helena viu todos os sonhos morrerem e sem algum controle, se tornou uma mulher amarga, fria, totalmente o oposto da filha que tinha. Anahi pequena era seu fardo, adulta sua decepção. Tudo que Anahi fazia implicava em Helena uma reação irritada e descontente e parecia que quanto a isso, ninguém poderia fazer nada.

Assim que ela chegou Enrique a recebeu com um abraço forte, sua mãe estava dormindo para sua sorte, Anahi estava cheia de dedos, ela se enganou por tempos pensando que tudo estava igual, mas muita coisa tinha mudado, ela não sabia se conhecia mais seus pais, talvez aquela reação raivosa da mãe fosse até justificável e a culpa no fim ser toda dela, a culpa por sua escolha, por sua ausência, por sua falha.

— Pai eu não sou um monstro insensível, eu sinto, eu sinto muito. — ela começa a desabafar olhando nos olhos do pai — Eu senti falta do seu colo em cada dia que eu estive longe, do seu carinho, do seu abraço, da sua voz. Eu escolhi essa vida, mas em nenhum momento eu escolhi virar as costas para vocês. — Enrique sorriu, acariciando o rosto de Anahi — Por que diabos você não me contou que ia operar o coração? Eu largaria qualquer coisa por você, pai, não há nada no mundo que eu amei mais que você. — ela dizia sincera, com os olhos marejados e Enrique a puxou para seu colo afagando seus cabelos.

— Eu não quis te preocupar, pequena, me perdoa. — ele diz emocionado — Pais.. Nós erramos aos montes, o tempo passa tão rápido e quando menos esperamos vocês já cresceram e estão ai, nos ensinando tanto, nos mostrando como viver. — ele diz carinhoso, vendo Anahi sair de seu abraço, secando as lágrimas — Eu queria ter o poder de te poupar de toda dor e sofrimento, Any, sei que sua mãe não tornou sua vida fácil e eu não te julgo por ter escolhido partir. — Anahi sorri de lado — Eu só quero todo momento te ver feliz, não preocupada comigo em um hospital, tudo bem foi erro meu, em algum momento você se transformou nessa mulher incrível e fortaleza, eu só preciso me acostumar. — Anahi sorriu, balançando a cabeça com um sorriso bobo.

— Eu trocaria de coração por você, atravessaria todo o oceano a nado para estar do seu lado, por favor, nunca duvide disso, nunca pense o contrário. — ele a abraça apertado, a protegendo em seus braços.

— Eu acredito, Any, eu amo você e eu estou muito feliz que você está de volta.

Anahi sorriu, acariciando o braço do pai e respirando aliviada, se sentindo no lugar certo, finalmente em casa.

Amor sem OndeOnde histórias criam vida. Descubra agora