Amor sem Onde

Capítulo 10

Capítulo 10

"Todos tomamos caminos muy diferentes en la vida y aprendemos a adaptarnos y a definir lo que es la felicidad en nuestros propios términos, a pesar del dolor que nos hayan causado"

Uma semana depois...

— Alfonso, temos um problema.. — Daniela diz aflita entrando na sala dele.

Alfonso estava irreconhecível desde que voltou de Adelaide, mas para Daniela tudo isso tinha sido positivo no fim das contas porque depois da chamada de atenção que ela deu nele, das reuniões faltadas e do dia a mais fazendo sabe lá deus o que, Alfonso voltou mais com acidez que nunca, ninguém o segurava. Antes ele ficava umas dez horas por dia trabalhando, agora ele ficava quase doze e em casa ainda pensava sobre trabalho, conversava sobre trabalho, Daniela quase via a hora que ele transaria falando sobre trabalho. Tirando a parte de que Alfonso estava evitando sexo desde que voltou de viagem, sempre com a desculpa de estar cansado, ele deitava em silêncio, Daniela estranhou tudo aquilo, mas resolveu deixar Alfonso ter seu tempo, aquilo nunca tinha acontecido com eles, afinal, sexo era sem bem vindo a qualquer hora para os dois.

Tirando tudo isso, Daniela estava longe de se importar com a intensidade do trabalho de Alfonso nos últimos dias, ao contrário, isso era algo que os unia ainda mais. Alfonso não deixava passar nada, nenhum contrato, nenhuma reunião, nenhum investimento oposto, no meio disso ignorava as chamadas do pai na tentativa de realizar um jantar em família. Naquela tarde, naquele probleminha, novamente Alfonso não estava disposto a perder.

— Qual o problema? — ele tira o óculos de leitura, juntando as mãos na mesa e inclinando o corpo para ouvir Daniela.

— Temos o aval para explorar uma área que está dominada por protestantes que se recusam abandonar a área. — ela diz irritada — Josh está lá com a equipe parado, o que vamos fazer? Não podemos perder o dia, esperando a boa vontade deles de resolver sair.

— Mas é claro que não vamos esperar, esse bando de desocupado que vá protestar em outro lugar, na prefeitura, na rua, onde queiram.. — ele pega o telefone irritado — Mande Josh se preparar para entrar, eu vou ligar para o Ucker e consultar como procedemos legalmente, se for preciso pedimos ajuda as autoridades, mas não vamos parar.

— Vamos invadir? — ele assente como se fosse óbvio — Não podemos, sei lá, tentar ir lá e entrar em um acordo? — Alfonso ri.

— Logo você Daniela? Poupando e querendo acordo? — ele ri ignorando-a até Ucker atender — Estamos falando de lucro. Faça o que eu estou dizendo, por favor. — ela ergue os braços rendida, mas com um sorriso de canto, no fundo ela poderia até dizer que estava orgulhosa e com tesão. Ela saiu depressa para repassar a ordem, vendo Alfonso sério atender o telefone — Ucker, como eu me livro de protestante do meu terreno sem arrumar problemas legais? 

— Se o governo não aprovou a solicitação deles, a policia pode te ajudar nisso, mas honestamente, você quer expulsar eles na marra, Poncho? Tente fazer um acordo com eles, algo pacífico, são pessoas protestando apenas.. — Ucker tenta.

— São pessoas que estão na minha propriedade, atrapalhando o meu serviço, por conta de um blá blá blá histórico do bairro que não me interessa. — Alfonso se defende.

— Isso é uma causa importante para eles. Alfonso, você pode resolveu isso pacificamente, tente conversar, mostrar simpatia e solidariedade, ajuda-los de alguma forma, demonstrar que você entende o problema e que não quer tirar a história do local, eu tenho certeza que você consegue resolver isso de uma maneira muito melhor. — Ucker tenta.