Capítulo 38

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Capítulo 38

"Permíteme esta vida a tu lado, nuestro amor no puede esperar."

— Acidente?? Como assim acidente? — Anahi questionou exasperada e Mane a olhou preocupado e assustado pelo desespero evidente dela — Como eles estão?

— No momento não temos mais informações sobre o estado de saúde dos dois. Seu pai chegou consciente e pediu para que lhe avisasse, os médicos poderão passar mais informações logo.

— Estou indo para ai.. — Anahi disse desligando o telefone aflita e já se levantando da mesa.

— Any, o que houve? — Mane indagou preocupado.

— Meus pais sofreram um acidente eu.. não sei muito, eu estou indo para lá. — ela respondeu nervosa, com a voz fraca correndo para se trocar.

Naquele meio tempo até Anahi chegar ao hospital, Mane ligou para o trabalho avisando que chegaria atrasado por uma emergência, ele trocou de roupa e arrumou Tony na velocidade da luz para levar Anahi até o hospital, ciente que ela não teria paciência para pedir um táxi, nem menos cabeça para dirigir. Havia sido Mane também que mandou uma mensagem para Maite avisando do ocorrido, ele deixou tudo de lado porque sabia que Anahi não pensaria em avisar e elas eram melhores amigas, Maite trabalhava no hospital e poderia ajuda-la de alguma forma melhor que ele jamais poderia. Ele foi distante e objetivo, mas não excluiu ela da informação por conta de suas mágoas recentes. Maite também correu para o hospital na mesma hora.

Anahi teve que enfrentar a possibilidade da mãe não resistir aquela doença quando se inteirou do estado de saúde dela. De lá para cá, foram dias difíceis, altos e baixos que eles enfrentaram como família, não só com relação a gravidade da doença da mãe, como também todas as feridas ainda abertas que eles se esforçavam para remendar, a distância de todos aqueles anos, tudo que seus pais abdicaram por ela, a mágoa que sua mãe carregava e que ela carregava de sua mãe, eram dilemas complicados e, no meio de tudo isso, a morte diminuiu o seu peso, as coisas voltaram a aparecer rotina e aquela possibilidade de perder a mãe estava cada vez mais remota com a melhora que ela apresentava e com a cirurgia marcada. Pelo menos estava, até aquele momento.

Ao saber do acidente, Anahi sentiu o mesmo nó no estômago, o mesmo desconforto e dor que ela sentiu meses atrás quando, ainda em Londres, soube da doença da mãe. A possibilidade de perder seus pais, as pessoas que ela mais amava no mundo era imensamente agonizante e desesperadora, colocava tudo ao seu redor em pausa, como se só passasse um filme em sua mente de tudo que poderia ter sido diferente se ela tivesse feito diferente. Milhões e milhões de e se's pairavam em sua mente. Durante todo o caminho até o hospital, as possibilidades só se multiplicavam e Anahi não gostava de nenhum cenário.

Para seu alívio, ao chegar ao hospital seu pai estava na sala de espera, com as mãos na cabeça e os olhos fechados em uma expressão nervosa, o que deixava a Anahi em um misto de preocupação e alívio.

— Papai. — Anahi diz com angústia na voz, se aproximando e chamando a atenção dele para que se levantasse — Meu Deus! — ela o abraçou e respirou fundo — Você está bem? — ela o solta checando se tudo estava bem — E a mamãe? Como que isso aconteceu? — ela perguntou nervosa.

— Eu estou bem, não foi um acidente grave, só uma batida que eu não tive culpa, mas sua mãe estava passando mal e acabou tendo uma reação nervosa com o acidente. — Enrique explicou — Você sabe que a situação dela não está das melhores e ela bateu a cabeça, estão cuidando dela, eu não tenho mais notícias. — eles se sentaram na sala de espera e Anahi segurou a mão do pai.

Amor sem OndeOnde histórias criam vida. Descubra agora