Capítulo 11
"Dicen que tengo una infección en los ojos, le llaman tristeza. Aunque en realidad hace tiempo que ellos se suicidaron, cuando te vieron partir."
Maite estava na correria diária do hospital, ela tinha sido bipada por Teddy para ajuda-la num parecer pediátrico com o cirurgião da área. Maite subiu animada, Teddy conhecia a secreta vontade dela de se tornar cirurgiã pediátrica e sempre que podia, a amiga incluía Maite nos casos que tinha acesso, nas conversas com os cirurgiões pediátricos, para tentar encoraja-la a começar de uma vez especialização, mas parecia que Maite sempre deixava sua felicidade para depois. Ela passou pela cafeteria, depressa como um foguete, mas não a ponto de não ver Enrique, pai de Anahi, na recepção e bem abatido. Maite parou intrigada e preocupada, se aproximou dele, lhe tocando suavemente os ombros.
— Hey, você por aqui! — Enrique se vira, feliz de vê-la e a abraçando.
— Bom te ver, Maite. — ele diz sincero — Faz tempo. — ela assente.
— Sim, é verdade, bom te ver também. — ela diz sorrindo, carinhosa — Mas o que está fazendo aqui? Está tudo bem com vocês? — ela expõe sua preocupação.
— Na verdade não.. — Enrique suspira — É a Helena, ela está com câncer no estômago, ela passou bastante mal esses dias e está internada, reação pela quimio. Honestamente, tem sido uma luta diária, ela está cansada.
— Câncer? Meu Deus, eu sinto tanto. — ela aperta os ombros dele num afeto — Isso é recente? Como eu não soube antes, eu poderia ajuda-los..— Enrique sorri negando.
— Não é recente, mas Helena não quis contar, ficamos com esse segredo e fazendo o tratamento longe de preocupar os outros. — Maite assente compreendendo.
— Não percam a fé. Helena é uma mulher forte, cheia de vida, ela vai conseguir — Enrique agradece — Anahi, como ela está com tudo isso?
Maite não pode evitar perguntar, era Anahi afinal, aquela que foi sua melhor amiga durante longos anos de sua vida. Ela não se lembrava de um momento importante na sua infância e adolescência que Anahi não estivesse junto ou que Anahi não soubesse. Elas eram a caixinha de segredos uma da outra e, mesmo tendo perdido isso ao longo do tempo, Maite ainda nutria um enorme carinho e cuidado por Anahi.
— Ela soube ontem, reagiu da pior forma possível. — Enrique suspira — Eu disse a Helena que era um erro demorar tanto tempo para conta-la, mas.. — ele lamenta.
— Realmente, isso era algo que vocês não deveriam ter escondido dela. — Maite aponta — Anahi é avoada e ausente, mas nesse caso é vida da mãe dela que está em jogo. Espero que vocês se resolvam e que fique tudo bem. Saiba que qualquer coisa que precisar, a qualquer momento eu estou aqui, ok? — ela abraça Enrique que agradecia por tudo.
A animação de Maite se perdeu, aquela noticia a deixou de cabeça para baixo e tonta. Era a mãe de Anahi e ela não conseguia evitar se colocar na pele de Anahi naquele momento, só de fazê-lo, lhe rasgava a alma. Ela só desejou que, fosse onde Anahi estivesse naquele momento, que ela tivesse alguém do lado para se apoiar, alguém que pudesse contar naquele momento complicado, porque era isso que ela ia querer para si, era isso que ela faria se elas duas ainda fossem amigas.
~
Anahi desembarcou em Los Angeles à noite sem aquela famosa sensação de voltar para casa, aquela altura Anahi já tinha perdido toda noção de casa, mas definitivamente ainda não se sentia de volta a uma. Parecia mais uma viagem, para mais um roteiro diferente e desconhecido, pena que aquela vez não era uma aventura sem destino. Ela se sentia perdida, sem saber se ia direto para o hospital, para a casa dos pais, sua casa. Anahi viajava constantemente para lugares novos e desconhecidos, lugares que ela mal conhecia o idioma, mas mesmo assim, era em Los Angeles que ela se sentia sozinha e perdida.

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Amor sem Onde
FanfictionVendo o dia ir embora da janela de um avião, ou em uma praia do outro lado do mundo, Anahi não tem endereço, sua casa é aqui e também é lá. O jet lag não é a única coisa que Anahi tem de diferente com Alfonso Herrera. Ele, um empresário workaholic...