Dedicado a todas as pessoas que em algum momento do caminho deixaram de acreditar no amor.
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Prólogo
"No ser nadie más que tu mismo en un mundo que día y noche hace lo posible por convertirte en otra persona significa librar la batalla más dura que cualquier ser humano puede librar y no dejar de luchar nunca"
Enquanto o dia se despedia no centro de Los Angeles, do outro lado do mundo a tarde apenas começava. Em uma pequena e adorável praia na Nova Zelândia, Anahi levava um grupo de turistas para conhecer Bethells Beach. Porém não era apenas aquela paisagem paradisíaca e água cristalina que tornavam aquele dia um dia especial, era também aniversário de Anahi.
Ela se sentia feliz, especialmente aquela tarde, contente por esse ano conseguir passar o aniversário em uma praia paradisíaca com seus amigos e não presa em um aeroporto com voo cancelado, como havia acontecido nos dois últimos aniversários. Descontraída, ela não sabia bem o que poderia desejar para essa nova idade que começava, talvez não tivesse a vida dos sonhos porque não ousava sonhar mais, talvez ainda faltasse algo mas era feliz com o que tinha, com quem era, ela acreditava nisso com tudo de si, para que estragar algo incrível pedindo por mais?
— Anahi, onde você se meteu a manhã inteira? — ela que encarava a praia a sua frente, sentindo os cabelos ao vento, ouviu aquela voz conhecida lhe tirando de seus pensamentos — Eu te procurei por toda parte! — ela virou vendo Mane, seu melhor amigo, se aproximando com um enorme sorriso no rosto. — Feliz aniversário! — ela sorriu, o abraçando apertado.
— Obrigada, Mane. — ela responde grata, com um meio sorriso para o amigo e contente por ter sido ele o escolhido para receber aquele grupo com ela e não Jamie, quem ela andava fugindo por semanas.
— Tony acordou chamando por você daquele jeitinho dele, aposto que está ansioso para te dar os parabéns também. — Anahi sorriu largo, ela amava Tony.
— E eu para receber esses parabéns, assim que escaparmos daqui eu vou vê-lo. — ela diz animada caminhando com Mane pela areia até o grupo de turistas.
Anahi amava seu trabalho, verdadeiramente. Ela via nobreza em tudo aquilo. Foi um longo processo de descoberta ao longo daqueles quase sete anos que trabalhava pelo mundo. Ela havia cansado de escutar sua mãe dizer que passar a vida viajando sem estabilidade alguma era coisa de vagabundo, dentre outras inúmeras críticas que ela lhe apontava, mas Anahi sabia que não era, conhecia sua realidade e procurava não se importar com que os outros lhe diziam, mesmo quando esse outros era sua própria mãe.
Uma viagem pode mudar seu destino, pode lhe ensinar algo valioso, lhe dar maturidade, sempre te deixa um ensinamento, alegria, mais vida. Anahi tinha a consciência que ela estava ali recebendo pessoas que vinham dos quatro cantos do mundo, e que ela contribuía para que essas pessoas vivessem uma experiência incrível naquela viagem, ela participava mesmo que minimamente de um momento especial em diversas vidas, isso tudo era gratificante. E mesmo sem saber se aquelas pessoas estavam ali em lua de mel, ou férias, quem sabe uma reconciliação, aventura, fuga, ela só sabia que ela podia fazer o dia daquelas pessoas especial e com um pouco de magia. Essa era a sua vida, tudo que ela sabia e conhecia do mundo também era sua fonte de felicidade.
Curiosa como era, Anahi adorava ouvir as histórias dos turistas, quando eles ousavam lhe contar. Ela poderia escrever um livro com o tanto que já tinha aprendido viajando pelo mundo e conhecendo gente tão diferente e complexa. Angelique costumava dizer que criar laços sempre dificultava a despedida, eles aprenderam a ser como ciganos, partiam sem dizer adeus, sem olhar para trás, mas Anahi não havia aprendido ser assim, ela partia, mas sempre levava cada um e cada história junto. No fim isso poderia causar algumas saudades, mas também lhe davam uma bagagem de experiência que nada, nem ninguém tirava dela.
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Amor sem Onde
FanficVendo o dia ir embora da janela de um avião, ou em uma praia do outro lado do mundo, Anahi não tem endereço, sua casa é aqui e também é lá. O jet lag não é a única coisa que Anahi tem de diferente com Alfonso Herrera. Ele, um empresário workaholic...