Relevo

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cicatriz

substantivo feminino

1. tecido fibroso que se forma ao longo do processo de cicatrização e que substitui os tecidos normais lesados ou seccionados, ger. deixando uma marca.

2. anat.bot neoformação de tecido em certos órgãos que recompõe a área lesada pela queda natural ou extirpação de outros órgãos ou partes vegetais; escara.

"A cicatriz é basicamente um relevo em sua pele lembrando de que um dia você se machucou, e ainda sim foi capaz de aguentar, um relevo sem relevância, que mostram para as pessoas que você foi de fato machucado alguma vez...existem pequenos relevos também em nossas almas, é impossível vê-las a olho nu, apenas outras almas conseguem ver, e ainda sim, quase nenhuma é capaz de compreende-las..."

.................

Logo após chegarmos a casa de (s/n) insisti que já estava bem e a medicação já não fazia efeito algum, afinal, eu não aguentava mais fingir estar mal sendo que não estou, e bem, mais 10 segundo tendo ela tão "próximo" ao meu corpo assim me traria problemas. Ela acabou por concordar, mas que qualquer coisa eu deveria ligar para ou enviar uma mensagem pra ela ou para Woozi e Sun Hee (ela havia anotado os números em uma agenda que estava na minha mochila enquanto caminhávamos).

Me despedi com um "até depois, se prepare para os chicletes" e a mesma riu, logo entrando para dentro de casa.

Fiquei alguns segundos tão parado encarando aquela porta sorrindo que nem um trouxa que eu acho que se estivessem passando pessoas ali elas deixariam moedas por acharem que eu sou aqueles artistas de rua que imitam estátuas.

Andei mais alguns passos olhando para trás, caminhei por mais uma 2 minutos floresta a dentro. Olhei ao redor. Ninguém.

Eu estava animado! Já não me importa se minha cauda os as minhas orelhas balancassem demonstrando o quão feliz eu estava.

Comecei a caminhar mais depressa.

Cada vez mais depressa,

Eu já corria a quatro patas sentindo a brisa virar vento em meus pelos brancos, eu me sentia nervoso e feliz o suficiente para uivar pelos sete cantos desse floresta.

Mas ainda era perigoso.

Adentrei a área de minha casa, os portões velhos fizeram um estrondo com a minha passagem assim como a porta principal que por pouco não foi destruída, corri degraus acima, não sabia ao certo como me sentir, só sabia que o dia ainda tinha o que dar...primeiro dia de aula, suspensão, alergia na pele, um quase-encontro...um dia realmente agitado pra quem anos atrás nem pensava nessa possibilidade não é mesmo?

Abri com força outra porta, já agora em forma humana, era a porta do banheiro master da casa, liguei a banheira que por anos tem sido apenas minha, assim como o resto dessa, bem, basicamente falando, mansão...

A água quente e hidromassagem e conjunto com o vidro de espuma com cheiro doce (que inclusive era bom, mas nada comparado ao peefume que (s/n) tinha), já começava a formar bolhas.

Fechei um pouco o registro para que a banheira enchesse mais devagar. Sai do cômodo rumo a cozinha.

Estudar da fome.

Quer dizer...

Virar a escola de cabeça para baixo no primeiro dia de aula da fome*

O sorriso bobo insistia em ficar no meu rosto enquanto eu basicamente já deslizava de meias no meio do corredor que dava acesso a escada, desci correndo, virei a esquerda e espiei o que havia de bom para comer.

Sweet White WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora