Capítulo 11 - Dylan

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Sem Revisão!

Bem, agora é real, eu tenho um filho. Dominic é meu filho.

Perdi a conta dos minutos que passei olhando para o resultado, antes existia a possibilidade. Ok, eu estava levando isso bem, mas agora eu tenho a certeza.

Eu tenho um filho!

As emoções passaram por mim em nuances, susto, medo, alegria, raiva, estranheza e por fim aceitação, não sei quanto tempo se passou, mas no piloto automático fui até a casa da Lena, o trajeto ao mesmo tempo que longo, foi muito rápido e já me encontrava em frente a mulher que trouxe essa verdade, na porta do seu apartamento, seus olhos verdes estavam um pouco arregalados quando abriu a porta e em seus braços estava o Dominic. Ela me deixa entrar depois do que pareceu uma eternidade e sem saber muito bem por onde começar, pedi par segurar meu filho, senti a estranheza da palavra para mim, mas no fundo eu estava gostando.

Ela questionou se eu sabia segurar uma bebê, na verdade segurei uma vez o filho de um amigo, mas acho que consigo e não deixei duvidas que sabia para ela. Pego ele dos braços da Lena, ela parece levar um choque quando minha mão entra em contato com seu braço, se afasta o quão rápido consigo.

Realmente, tenho um pouco de receio de apertar ele ou segurar mal, tomo todo cuidado ao posicionar meu filho em meus braços. Observo o serzinho que em parte e por minha causa está no mundo, tão pequeno, tão sem culpa da minha burrada, um inocente, que diferente da maioria das pessoas, merece o melhor de mim.

Oi filho, eu sou seu pai, acredita? É estranho para mim também, mas nós vamos nos acostumar. — Digo me sentindo meio idiota em falar com o bebê que aparentemente estava me olhando fixamente. Sentei em uma poltrona e arrumei ele em meus braços.

Sinto os segundos passando, vejo pela visão periférica, quando a Lena senta na outra poltrona, ela ficava posicionada de frente a minha, mas estavam bem distantes. Olhei para ela, vi que estava bem nervosa, ela botou o cabelo atrás da orelha e retirou um segundo depois, fez isso várias vezes no curto período de tempo que eu estava quase 100% focado acompanhando os movimentos desajeitados dos braços do Dominic. O ambiente parecia estar ficando com o clima cada vez mais tenso, ela não parecia ter consciência da sua mania nervosa com o cabelo e não conseguia mais prender minha atenção no bebê, então decido começar com o que vim fazer aqui.

Nós precisamos conversar. Precisamos resolver como as coisas vão ficar daqui para frente. — Digo quebrando o silencio da sala.

— Sei que quer saber sobre tudo e não posso mais adiar, eu só peço que escute de coração aberto e que entenda que foi pelo Dominic que fiz tudo. — Ela diz com a voz baixa e tento manter minhas feições neutras, eu quero muito entender como demorou 9 meses da gestação e 2 meses e meio da vida do meu filho para virem atrás de mim.

— A mãe dele, ela morreu? — Pergunto, era a possibilidade mais plausível para eu não ter visto ela ainda. — Eu só posso deduzir isso, para ela não aparecer até agora.

— Sim, Seline nos deixou. — Ela diz com a voz tremula, mas além da tristeza obvia no rosto dela, senti um pouco de vergonha estampada em seu rosto, vejo que ela não parece querer me olhar para falar. Observo a pequena mão do Dominic tentando segurar meu dedo indicador. Era triste saber que meu filho não teria mãe, eu cresci em uma família estruturada e nem imagino como vai ser para ele viver tendo só a mim. — Mas foi porque ela quis, não pela morte. Ela foi embora uma semana depois que ele nasceu.

Que? Ela despeja, me surpreendo com o que ela diz, pensei que a mãe podia não ser tão presente, mas abandonar o próprio filho? Eu descobri que sou pai a menos de 1 hora e não consigo nem cogitar em fazer isso.

Meu SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora