A festa acabou,a dor de cabeça de Tae diminuiu um pouco (havia se encontrado com um pantera que havia lhe dado um comprimido. Desconfiou, claro, mas o círculo branco parecia inofensivo e diferente das drogas que já vira) e o melhor de tudo: Namjoon saira de lá com o celular de Seokjin devidamente anotado em sua agenda, sorriu como um bobo vendo a foto do outro unicórnio usando filtro do snow.
Kim Bora veio com seu carro vermelho. Estava bem tarde, e a mais velha quase não veio buscar seu filho e amigos, tamanha era sua preguiça e o amor por sua cama. Estava cogitando mesmo mandar marido ir lá e fazer seu papel paternal, mas ele dormia tão serenamente ao seu lado que o deixou ali roncando como mil trompetes. No final, seu amor pelo marido venceu sua preguiça.
Os meninos entraram no carro silenciosamente, tão cansados que a porta do carro foi fechada fracamente, quase não sendo trancada de fato. A motorista virou para cumprimentar os coleguinhas de seu filho devidamente e então eles notaram que ela não estava maquiada. Seus cabelos louros estavam presos em um coque desleixado perto da nuca e estava quase caindo, seus lábios não tinham nenhuma cor além do natural rosado e seu rosto não tinha base alguma, deixando á mostra algumas pintinhas pretas nas bochechas... Incrível como mesmo essas “falhas” de melanina em sua pele não atrapalhavam sua beleza, muito pelo contrário: a deixavam mais natural e única.
—Onde estão os outros? —Perguntou, meio preocupada e desconfiada. Imagina o problema que daria em cima de si se esquecesse alguma criança ali. Já foi um sacrifício sair da cama naquela hora, imagine uma segunda vez?
—Saíram mais cedo, mãe. Tá tudo bem. —Estava tão ocupado vendo um certo ícone do Kakao que havia esquecido de a avisar.
—Jura? Ah, tudo bem então. Vamos indo. —Ia colocar uma música, não gostava do silêncio, mas os garotos pareciam cansados demais para apreciar seu bom gosto musical. Ia puxar conversa também, porém desistiu pelo mesmo motivo, não desejava ser vista como “a tia chata da língua imensa”.
Tae sentiu o celular vibrar (ou gemer, como gostava de falar as vezes. Uma brincadeira interna com Jimin) e por isso mesmo o tirou do bolso, vendo a mensagem onde seu melhor amigo dizia que o plano havia funcionado.
—Noona, pode me deixar na casa do Jimin? Se não for grande incômodo? —Perguntou Taehyung, sabendo que aquela hora poderia ser perigosa no bairro onde morava.
—Não tem problema querido. —E a viagem continuou, sem maiores interrupções. Hoseok deu umas pescadas aqui e ali, não acostumado á dormir tarde. Foi uma maravilha quando realmente chegou em cada após se despedir dos amigos e da mãe ali presente.
Tae chegou na casa de Jimin completamente esgotado. Seus olhos ardiam e meu se aguentava de pé, suas orelhas tinham forças nem para se mexerem direito —prova concreta de seu cansaço. Todavia, ali estava, batendo na casa do amigo apenas para se certificar que estava tudo bem e, se não estivesse, o faria. Ouviu os passos normalmente esbaforidos do cervo e logo tratou de arrumar a postura e abrir um sorriso quadrado.
—TaeTae! Desculpa a demora, entre logo, está frio aí fora. A Bora te trouxe, como foi a festa? —Foi bombardeado pelas perguntas. Clássico, bem esperado já que Jimin sempre fora tagarela.
—Olha, pra festa de um dos caras mais ricos da Coreia nem foi isso tudo, e sim a Bora Noona me trouxe, ela é legal. —Entrou logo atrás. A casa dele era pequena e possuía dois andares, no térreo onde se encontravam o senhor Park dormia e roncava no sofá grande da sala com cinco garrafas de cerveja encostadas no pé do móvel, com mais três deitadas no tapete. A TV estava ligada em algum noticiário noturno, falando sozinha.
—Vamos lá pra cima... —Minnie falou baixinho, olhando assustado para o pai. Ele virava outra pessoa depois da terceira garrafa e ficava ainda mais irado quando acordado. Sabia que ele não faria nada para si, o amava em demasia para tanto. Mas quando se tratava de qualquer outra pessoa...
Subiram as escadas, degrau por degrau na pontinha dos pés, se amaldiçoando se as tábuas já velhas fizessem um barulhinho se quer. Com o mesmo andar silencioso se esgueiraram até se encontrarem na segurança do quarto de Jimin, onde o colchão reserva repousava no meio do cômodo.
—Eu fico com o reserva. —Disse o mais alto, bocejando.
—Você sempre fala isso e eu sempre te convenço á dormir na cama. —O dono da casa rebate, indo até suas gavetas. A última possuía algumas blusas que Tae trouxera para lá assim como na casa dele também havia roupa do outro já que costumavam dormirem em casas que não eram deles, e suas roupas não poderiam ser compartilhadas (ficavam largas ou apertadas demais). —Vai querer tomar banho antes de dormir?
—Não sei se deveria... —Não falou em voz alta mas dava para notar que falava do senhor Park. Jimin concordou com a cabeça.
—É, melhor não. Mas coloca alguma roupa mais quente pelo menos. —Voltou, colocando as roupas que separou em cima da cama.
—Argh, tá bom. Você ainda tem que me contar o que houve. —O raposo começou a tirar a blusa, depois a calça. Normal, já haviam se visto de roupa íntima milhares de vezes e embora ambos sentissem atração pela anatomia masculina, não sentiam o famoso “tesão” um pelo outro. Eram irmãos de consideração.
—E eu vou. —Respondeu, indo pro colchão estirado no chão enquanto o amigo se trocava.
—Desembucha. —Sentou com perninhas de índio, suas orelhas alaranjadas atentas novamente.
O Park respirou fundo, os flashes inundavam sua visão conforme contava a história. Arrepios hediondos passavam pelos mesmos lugares tocados pelo agressor e sem notar, sua voz ficou embargada e seus olhos, inundados.
O raposo não era capaz de entender completamente a dor e o medo do outro. Até porque, não passara por nada parecido. Mas poderia imaginar e com o coração pesado foi se juntar ao amigo no colchão, deixando que o cervo chorasse em seu peito.
O destino pode ser cruel as vezes.
Continua...
DESCULPA A DEMORA a escola tá me usando tanto bicho. É trabalho atrás de trabalho, semana que vem só terei dois dias de aula e vocês acham isso bom? Não! Porque não terei nenhuma revisão pras provas que já é na seguinte e depois dessas terá as ultimas provas do ano, isso num intervalo de uma semana. Esse final de ano tá corrido pra mim, tudo bem que falta tipo um ou dois pontos pra mim passar de ano mas cara não quero fazer recuperação nem fudendo, imagina ficar mais um mês naquele inferno? Nooooope, Zeus me dibre.
Mas enfim, obrigada pela consideração.
Ah, tem mais uma. Gostaria de salientar que o Jimin e o Jungkook não se beijaram naquele capítulo porque O JIMIN ESTAVA COM MEDO! Ele foi tocado sem sua permissão. Vocês tem noção de como a mente da pessoa fica bagunçada depois de passar por uma coisa dessas? Porque eu sim. Eu já passei por isso.
Imaginem desconfiar de qualquer homem na rua, sentir os músculos tensos quando algum amigo te abraça, sentir uma vontade louca de afastar aquele tio que só quer te cumprimentar com um beijinho na bochecha. Ter medo do PRÓPRIO PAI! Pois bem, é horrível. Agora imagina viver isso durante meses.
Pois é. Não sei vocês mas eu não conseguiria beijar alguém nesse meio tempo, não conseguiria ter um contato íntimo com alguém e se o fizesse com certeza não seria algo prazeroso.
Beijos e até a próxima, amo vocês.
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Oh Gosh, Catboy! ◇Yoonseok!AU◇
FanficHíbridos. A raça humana fora extinta e tudo que restou foram os fofos híbridos de animais diversos. Com isso, barreiras e preconceitos foram quebrados...e estereótipos, reforçados. Mas um grupo incomum na realidade atual poderá mostrar...