Bad dream

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O professor sentou-se na mesa, colocou seus óculos de leitura e pegou a caneta azul que usava para anotar qualquer. Ia começar a chamada quando um monitor entrou na sala.

—Com licença, senhor Do. Mas alunos novos chegaram em algumas turmas. A nova lista ainda não foi feita, então já que é o primeiro professor do dia, poderia perguntar se há alunos novos quando terminar a chamada? Ah, e os anote no final da lista.    —Disse a ovelha  que cuidava daquele setor da escola. Não poderia demorar muito, havia outras salas para passar o recato.

—Ah sim. Obrigado pelo aviso.  —Já havia notado quando entrara, utilizando seus olhos atentos de réptil, duas carinhas que lhe eram familiares. Mas não sabia o processo adotado pela escola em casos assim.

A ovelha então saiu da sala. Apressada, mas sem parecer desesperada ou apertar o passo. Fez isso apenas quando saiu da sala, fora dos olhares dos estudantes. 

Kyungsoo começou á chamada daquele seu jeito: rápido, sem se preocupar com os estudantes que fofocavam sobre algum assunto de suas vidas dificilmente fáceis (na realidade, queria que eles se ferrassem muito por fazer corpo mole. Com certeza tentaria gravar seus rostos e números para os reter em todos os conselhos possíveis, se assim fosse necessário. Porém, pensava que estava fazendo um bem para eles ou fazer isto). Quando terminou, perguntou:

—Eu não chamei alguém que está presente?   —Sabia sim que não tinha, mas obviamente não levantaria até a carteira deles para perguntar-lhes seus nomes.

Louis e a shiba inu levantaram as mãos.

—Nomes?   —Perguntou novamente, pronto para escrever.

—Louis Ribeiro Chávez.   —Por sorte a escola havia deixado usar seu nome social e substituir o “Sofia” pelo nome de solteira de sua mãe. Sobrenome, era isso que ainda o mantinha ligado com eles. A pronúncia de seu nome, assim tão livre, fez sua garganta se estreitar. Parecia... Errado utilizar aquelas palavras depois de ser mandado embora por quem havia lhe dado no nascimento, como se não fosse digno

—Mexicano?    —O professor perguntou, o encarando. Ele poderia jurar que aqueles olhos vasculhavam sua alma e a encontraram em tremenda agonia devido aos seus pecados e erros nem um pouco propositais.

—Não, senhor. Colombiano.   —Percebeu a garota loira ao seu lado o olhar, mas desviou seu foco de atenção quando reparou e passou á encara-la também. Agora ela se concentrava em seus sapatos e batia os dedos fofinhos e curtos na carteira. 

—Tá explicado...   —Murmurou com seus botões.   —E você, menininha?

—Mori Keiko Wright.    —Respondeu, meio retraída. 

—O nome de família e nome são japoneses. Mas o último é americano?

—Inglês, senhor.   —Continuava á encarar o chão. Sentia sim que a encaravam e teve vontade de sumir.

—Ah sim... Interessante.    —Murmurou, colocando os nomes no final da lista.     —Agora, vamos falar do projeto. 

Levantou, foi até o meio da lousa e se prostrou altivo. Sua postura impecável e tranquilidade mórbida, além de todo o mistério que ele cultivada ao redor de si e este projeto desde que entrara, deixava os alunos aflitos.

—No geral, todos os terceiros anos foram muito mal no teste. Sim, eu já corrigi a maioria deles. Inclusive os desta sala.    —Soltou a bomba, e viu os estudantes se encolherem em suas carteiras. Yoongi suava frio.   —E eu tenho uma ideia para melhorar isso.

—Escolherei aleatoriamente pares. Vocês dois terão que se ajudar á resolver os exercícios que passarei todas as semanas e a dupla que não me entregar as listas, mesmo que tenha algum exercício errado, terá a nota descontada.    —Todos eles começaram á fazer caretas ou pedir para qualquer divindade que acreditassem para não caírem com alguém do qual não iam muito com a cara.    —Lembrando que por enquanto todos aqui tem 10 pontos de lição de casa e, portanto, se uma lista não ser entregue completa o nota vai diminuir cada vez mais. Vocês sabem muito bem que tarefas para casa correspondem á um terço de suas notas e podem salvar muitos da recuperação e possível retenção. Estão me entendendo bem?

Engoliram um seco. Era fazer ou se foder. Questão de vida ou morte. Passar ou não passar naquela matéria dos infernos.

—Pois bem, já que estamos sem perguntas. Vamos começar.    —Ele parecia estar de deleitando divinamente com o desespero estampado nos rostos dos mais novos. Ai ai, como era bom ser professor. Ninguém ousava soltar um pio e um aluno se amaldiçoou por ter dado um peido audível, a culpa não era dele, acontecia quando estava nervoso. 

—Kim Namjoon e Park Chaeyoung.    —Namjoon correu os olhos pela sala para ver quem seria sua parceira. Simplesmente não sabia quem era.

—Lalisa Manoban e Kim Seokjin.   —Jin sabia quem era Lisa, mas nunca havia falado realmente com ela.

—Jung Hoseok e Min Yoongi.  

Quando ele ousou proferir aquelas palavras, aqueles nomes, reações contraditórias ocorreram naqueles dois. Hoseok pensou que só poderia ser um sonho, o destino. Enquanto Yoongi ferveu em raiva, só poderia ser brincadeira, ele não iria passar um tempo com aquele saco de pulgas para fazer umas continhas bestas daquela matéria de merda. Não mesmo! 

—Os novatos, façam par entre si.   —Ditou no final. Os citados se olharam e desviaram logo depois, meio encabulados.

—Podem usar o resto da aula para copiar os exercícios que passarei na lousa e organizarem como vocês irão estudar. Se eu ouvir professores reclamando de vocês conversando sobre Química na aula deles, dou zero para os responsáveis.    —E executando seu papel de Cavaleiro do Apocalipse, trazendo guerra e morte para a sala e vida acadêmica dos ali presentes, se pôs á escrever no quadro negro.

Jin tinha saído para se sentar perto de Lisa e então, Hoseok tomou seu lugar. Yoongi ia ignorar sua existência durante o resto da aula e sua vida se assim pudesse, mas Louis passara á puxar conversa com a japonesa... Qual era seu nome mesmo, Keiko? Tanto faz. Estava encurralado mesmo. 

—Ah... Oi.    —O cão falou, sorrindo. O gato reparou que sua boca lembrava vagamente um coração.   —Acho que teremos que juntos a partir de agora.

—Eu mereço.    —Resmungou, cruzando os braços e virando sua cabeça. Se recusava á encara-lo nos olhos. Respirou. De que adiantaria? Precisava de nota e com certeza Hoseok faria tudo sozinho, era nerd. Tudo que tinha de fazer era ao menos trata-lo como gente.    —É, parece que teremos mesmo. 




Continua...




I don't deserve this. Darling you look perfect tonight.

FUI RÁPIDA NÃO FUI? AH SE EU FUI
Hmmmm senti cheiro de yoonseok e vocês?

Amem a Keiko como eu amo ;-; esse bolinho precisa de amor.
Aliás. No caso dela, tanto “Wright” quanto “Mori” são sobrenomes OK? Vocês vão saber mais sobre isso e ela com o passar do tempo.

ADIOS \o/ até a próxima e amo vocês s2

Oh Gosh, Catboy! ◇Yoonseok!AU◇Onde histórias criam vida. Descubra agora