Kim's Routine

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Namjoon apenas queria ter coragem para chamar Seokjin. Ah, se ele queria. Mas ao invés de ao menos tentar, preferiu ficar em seu quarto fazendo absolutamente nada.

Ser adolescente ou era cansativo demais ou extremamente tedioso. Por que a vida não podia, simplesmente, viver em um meio termo?

“Porque o universo é um escritor dramático e sádico” pensou o unicórnio consigo mesmo. Já havia se pegado pensando nesse tipo de coisa várias e várias vezes e talvez nunca pararia, mesmo que a resposta fosse imutável. Ele gostava de pensar sobre o sentido da vida, enquanto abria bem os braços e pernas em sua cama, deixando sua playlist mista de rap e rock antigo soar; gostando de tirar inspiração das letras das músicas. 

Porém quando nem isso o entretinha ou distraia, fazia outra coisa legal: descia as escadas e via seus pais trabalhar. O que pensou em fazer nesse exato momento.

Colocou um moletom, sabendo que lá em baixo no estúdio de tatuagem era bem mais frio que em sua própria casa por conta dos dois ar condicionados ligados. Arrumou o cabelo, pois se não o fizesse a mãe ralharia sobre os modos que havia dado para o menino.

“Onde já se viu essa falta de vergonha de descer pro meu trabalho com esse cabelo parecendo uma cebola roxa mal cortada” ela falaria. O Kim soltou um riso nasalado apenas ao notar que poderia repetir a fala de Bora perfeitamente em sua mente, significava que realmente precisava tomar jeito.

Arrumou a gola da blusa sabendo também que sua mãe implicaria. Calçou tênis pois da última vez que usara um chinelo, vestimenta modesta e companheira para todas as horas, acabou enroscando a fivela em sei lá onde e caiu da escada, quebrando um braço e claro ouvindo o pai falar poucas e boas em sua orelha durante dias.

Sabia que não faziam por mal. Eram seus pais, se preocupavam com ele e apenas desejavam-lhe bem.

—Bom dia omma.   —Disse sorridente, indo de encontro á mais velha, que estava organizando alguns esboços de diversas tatuagens espalhadas pelo chão. Tacou-lhe um beijo na bochecha.   —A senhora está linda hoje.

Bora soltou um riso nasalado, idêntico ao do filho. Eram tão parecidos em seus interiores que chegava á ser levemente assustador. Ela balançou os ombros junto da cabeça, em sinal de incredulidade ao mesmo tempo em que fechava os olhos e suspirava.

—Você fala isso todo dia.   —Disse serena, como se não fosse nada. Todavia, o sorrisinho de canto estampado nos lábios tingidos de roxo bem escuro mostravam o quanto ele apreciava o elogio vindo de seu filhote. 

—Porque é a pura verdade! Já que não gosta.   —Pousou as mãos na cintura e fechou o rosto, tentando fingir estar ofendido. Mas sua voz calma não colaborava.  —Permita-me corrigir as palavras, madame. Está estonteante nesta pacata manhã.  

A mais velha não aguentou e sorriu inteiramente. Seus dentes brancos e perfeitos á mostra em um sorriso perfeitamente simétrico.

—Diz isso também todas as manhãs.  —Completou sem alguma expressão em específico, tirando aquele que demonstrava sua alegria. Contudo, sua voz estava repleta de carinho.    —Agora vai lá dar bom dia pro teu pai.   —E terminou dando um tapa na bunda do unicórnio mais novo e quase do seu tamanho, fazendo ambos rirem.

—Você quem manda, formosa dama.   —E andou em passos calmos até o outro lado do estúdio, vendo a decoração daquele lugar, mesmo já tendo o feito milhares de vezes. Era sempre bom manter o olhar atento, seu pai costumava colar pôsteres novos de bandas da atualidade que ele acabava curtindo. 

No meio do caminho se encontrou com clientes de longa data, do qual cumprimentou calorosamente. Também acabou topando com gente nova, á espera de sua primeira ou segunda tatuagem, do qual cumprimentou com um aceno e “tenha um bom dia”. O recinto era realmente grande, com um vidro separando as reais salas de tatuagem do resto, como lugares específicos com desenhos e a própria recepção.

Encontrou com o sr. Kim saindo de uma das salas, trocando um aperto de mão com um adolescente que possivelmente havia marcado seu corpo permanentemente pela primeira vez. Pelo seu sorriso no rosto, deduziu que ele voltaria. Ao observar a menina indo em direção á recepção, pôde notar as relíquias da morte atrás de seu ombro esquerdo, coberto com um plástico próprio para a ocasião.

—Então o Batman saiu da caverna.   —o pai de Namjoon, Chul-moo, veio até o filho. De fato se não fosse pelos chifres e orelhas escuras, não teriam nenhuma semelhança. Sr. Kim era baixinho e musculoso, com uma barba protuberante e uma cicatriz branca que cortava sua bochecha direita todinha na horizontal, por pouco não pegando no olho.  Ele pulou e enlaçou o pescoço do mais novo com uma das toras que chamava de braço, obrigando-o a se inclinar e bagunçando-lhe os cabelos com a outra mão. 

—Apenas vim dar bom dia, He-Man.   —Brincou, ouvindo a gargalhada de trovão característica de seu pai. Ok, pensando melhor, havia herdado a voz dele.

—Pra você também, campeão. Falando em campeão, onde está o Jungkook hein? 

—Deve estar atrasa...  —Não teve tempo antes de acabar a sentença, pois ouviu a voz aguda do coelho.

—NAMJOON, Ô DE CASA!   —Chamou o roedor, enquanto andava pelos corredores, onde encontrou os unicórnios.   —E aí caras. Tava procurando vocês.

—Jura? Nem reparei.   —Soltou irônico, recebendo um sorrisinho amarelo em troca.

—Jeon, meu bom! Como vai o maior desenhista de toda Seoul?   — Perguntou Chul-Moo, indo até o visitante que trazia consigo uma pasta cheia de desenhos. Ao chegar perto o suficiente, fez um aperto de mão secreto com o amigo/empregado. Ele o considerava como filho.

—Muito bom hyung, obrigado pela preocupação. Aqui está o lote do mês.   —Estendeu-lhe a pasta, preta e levemente transparente. 

Era assim á anos. Desde que o unicórnios mais velho pusera as mãos nos incríveis desenhos de Kook, decidiu emprega-lo na hora. O trato era o seguinte: o coelho literalmente vendia seus desenhos para Chul-moo, e as vezes ia lá no estúdio para desenhar pedidos específicos de clientes. Isso acabou beneficiando á todos: Jungkook sempre quis ser tatuador (além de um grande cantor de rock, claro) e conseguira ficar próximo do dono de um dos maiores estúdios de Seoul. E o melhor, acabou meio que formando toda uma marca 100% original para o Twisted Horn, pois os desenhos de Jungkook não eram utilizados em nenhum outro lugar. 

Gukkie ficou só por mais alguns minutos, alegando que precisava voltar logo para casa a fim de acompanhar a mãe ao médico, para fazer alguns exames da gravidez. Ele deixaria de ser filho único, cedo ou tarde. 

Namjoon também se despediu do pai, queria voltar logo para o quarto e ler alguma coisa. Voltou, indo direito pegar o celular e tremeu, de olhos arregalados, ao notar a mensagem de Kim Seokjin


King Seokjinnie: Oi :D

King Seokjinnie: Pode soar meio estranho e invasivo para uma primeira conversa, mas...

King Seokjinnie: Por que tu já tem tatuagens sendo tão novo?


Primeiro Namjoon deu um gritinho abafado de felicidade. Depois pensou no que seria adequado responder sem parecer desesperado.


Kim Namjoon: Olá, Seokjin :)

Kim Namjoon: Problema nenhum. Meus pais são tatuadores e menores de idade podem se tatuar com permissão dos responsáveis.

Kim Namjoon: Foi meu presente por ter sido adiantado.


Demorou apenas uns minutos para receber uma resposta. Bem curta, mas significativa para si:


King Seokjinnie: Uh, legal (。・ω・。)


Namjoon achou o emoticon tão fofo quanto quem o enviara.



Continua...


Eu deveria estar estudando pra Física já que a prova é segunda. Eu tentei. Mas não consigui resolver nenhum exercício, ai me frustrei e fui me acalmar. Escrever me acalma e no fim, fiz um capitulo inteiro.


Ah vocês poderiam por favor dar uma olhada em AIDS? É a fic Namjin de uma das minhas mozonas então se puderem dar uma força tamo aí, a fic tá na minha lista de leitura. Só ir no meu perfil.

Até mais bbs

Oh Gosh, Catboy! ◇Yoonseok!AU◇Onde histórias criam vida. Descubra agora