09 | Sermão.

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CAPÍTULO NOVESERMÃO

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CAPÍTULO NOVE
SERMÃO

ALEXIA SINGER.

Eu ainda continuava parada no meio da rua, de olhos fechados, com medo do que poderia acontecer até ouvir uma voz familiar me chamar. Abri meus olhos lentamente e suspirei aliviada por vê-lo.

— Finalmente te achei. — Sam disse parecendo aliviado por me ver.

Ele saiu do carro, sem se importar se estava parado no meio da rua e veio em minha direção correndo, me puxando para um abraço.

Sua atitude me trouxe uma sensação de calma, de proteção que há muito tempo não sentia.

— Você está bem? O cara fez algo com você? — ele questionou enquanto me analisava da cabeça aos pés.

— Estou. Ele não fez nada comigo! — disse dando um sorriso aliviado.

— Vamos embora, Bobby está preocupado com você! — Sam comentou calmamente, colocando o braço em volta de meu ombro e me levando até o Impala. — Por favor, não faça mais isso! Eu ficaria louco se algo tivesse acontecido com você.

Por um breve momento arregalei meus olhos, surpresa pelo que ele havia dito e não pude esconder o meu sorriso. Ao perceber, Sam virou o rosto, envergonhado com a situação. Tão lindo!

— Não farei. Eu prometo. — ele sorriu.

Entrei no Impala e Sam fechou a porta para mim, dando a volta no carro e entrando em seguida. Assim que pegamos a estrada que dava caminho a casa de meu tio, o silêncio se instalou e seguimos em silêncio.

— Sam, me desculpe por ter estragado o nosso enc... — comecei a me desculpar mas parei quando notei Sam me encarando.

— Encontro? — ele questionou sério.

Me senti a pessoa mais idiota do mundo. Era claro que não era um encontro. Então foi apenas minha imaginação?

— Não era pra ser um encontro? — eu perguntei sem graça, rindo um pouco para disfarçar.

— Era sim, mas não se preocupe. Você não estragou nada. Se você quiser, é claro, podemos ter nosso encontro ainda. — ele disse timidamente, o que o deixava ainda mais lindo.

— Claro que quero. — falei animada, mas logo corei ao ver que havia me empolgado demais. — Posso só tomar um banho e trocar de roupa?

— Fique à vontade. Te espero. — disse indo abrindo a porta de casa, me deixando entrar primeiro. Um perfeito cavalheiro.

Dei de cara com tio Bobby com uma expressão nada boa. Eu levaria um sermão daqueles!

— Você está bem, querida? — ele indagou preocupado. Sua reação foi tão intensa quanto a de Sam.

— Calma, tio. Eu estou bem. — eu o tranquilizei.

— Sua idjit. Onde você se enfiou?

Segurei uma risada ao ouvir tio Bobby me xingando. Era impressionante como ele se tornava muito engraçado brigando comigo.

— Acabei me perdendo depois de sair da casa do Evan.

Após terminar de escutar os diversos sermões de tio Bobby, subi rapidamente para meu quarto para tomar um banho e tirar toda aquela energia ruim do momento horrível que passei.

Vesti um vestido vermelho justo até a cintura e ao chegar nas pernas se tornava rodado, alcançando meus joelhos. Ele marcava e valorizava minhas curvas, o que me fazia sentir um verdadeiro mulherão.

Não sabia se passava maquiagem ou não, então quis algo mais básica: somente rímel e batom. Nada muito carregado. Deixei meus cachos soltos, para finalizar.

Desci as escadas e encontrei Sam sentado na sala vestindo uma camisa manga longa social por baixo de um paletó preto, calça na mesma cor e um par de sapatos no mesmo estilo. Seu cabelo estava alinhado, mas sem perfeição e isso o deixava incrivelmente sexy.

Eu tinha certeza de que ele sequer se dava conta disso!

Sam percebeu minha presença e se virou em minha direção . Ele arregalou os levemente e eu acabei ficando constrangida. Ele parece notar e sorri, na intenção de me deixar menos nervosa.

Funcionou.

— Vamos, senhorita? — ele se abaixou, fazendo uma breve reverência e estendeu sua mão para mim.

— Vamos, senhor. — brinquei e pude ouvir Samuel gargalhar.

Peguei em sua mão e vi Dean encostado no batente da porta que dava acesso a sala e a cozinha, com os braços cruzados e um sorriso de canto.

— Aproveitem a noite, casal. Mas não no meu carro! — deu um sorrisinho, acenando para Sammy e eu. Ele jogou as chaves do Impala e sumiu de nossas vistas.

Fomos até o Impala conversando, ele abriu a porta para eu entrar, logo Sam deu partida no carro.

Eu não ia negar que estava morrendo de curiosidade, uma vez que desconhecia onde Sam iria me levar, poderia ser em qualquer lugar dessa cidade, ainda que fosse minúscula. Tinha receio de perguntar, então me distraí olhando a paisagem até chegar ao nosso destino.

Ele estacionou o carro, tornou a abrir a porta para mim. Apenas em agradecimento. Sammy me estendeu seu braço fazendo sinal para que eu enganche meu braço no dele, e assim eu fiz.

Caminhamos com os braços enganchados um no outro até a entrada do restaurante. Ao entrar no local, ele falou brevemente com a recepcionista enquanto eu observava a fachada chique em letras grandes e luminosas, e tentava observar as mesas no fundo.

Seguimos até nossa mesa. Estava encantada, eu nunca havia entrado em lugar tão lindo como aquele, me sentia deslocada. Recebíamos muitos olhares das pessoas e eu tinha plena certeza que a maioria eram dirigidos a ele, Sam era alto e forte, fora sua beleza, que também chamava atenção.

Ele puxou a cadeira para mim e me sentei, não tardando para o Winchester se acomodar.

Senti um leve nervosismo da parte dele, já eu, por incrível que pareça estava completamente calma. O que era difícil acontecer...

[...]

Confusion | Samuel Winchester [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora