CAPÍTULO TRÊS
WINCHESTERALEXIA SINGER.
Algumas horas antes.Eu havia acabado de acordar. Desci as escadas e minha curiosidade foi despertada quando ouvi tio Bobby conversando com um alguém, que aparentemente se chamava Sam. Eu não conhecia ninguém com esse nome, então raciocinei que deveria ser mais um dos amigos dele cujo quase não se fala dentro dessa casa.
As horas se passaram lentamente como todos os outros dias que eu estava na casa do tio Bobby. Não tinha muitas coisas para fazer já que eu continuava sem emprego e desde que tranquei a faculdade. Passava o dia lendo e agora não era diferente, visto que eu me encontrava deitada em meu quarto lendo um livro antigo que achei nas estantes da sala.
Ouvi tio Bobby me chamar. Andei rapidamente para ver o que ele queria, até chegar na sala e me deparar com dois homens: um muito alto com cabelos castanhos, não muito escuro com o comprimento para baixo da orelha e o outro já era mais baixo, loiro dos olhos verdes, cabelos curtos. Os dois eram bonitos, tinham cara de ser irmãos apesar se serem bem diferentes.
Nos apresentamos, o mais alto se chamava Sam, acho que ele era o tal cara da ligação, e o mais baixo Dean.
A rápida conversa me fez analisar ambos, o mais alto chamou minha atenção. No entanto eu não sabia se podia dizer o mesmo da parte dele, pois seus olhos eram um mistério para mim.
Fui até a cozinha e abri o congelador, não haviam mais cervejas. Bufei desanimada. Avisei tio Bobby que iria comprar mais algumas bebidas, Dean se ofereceu para ir comigo prontamente e como eu não quis ser chata ou grosseira afirmei que ele poderia ir sem problemas.
Mas eu ainda prefiria seu irmão.
— Vamos com meu carro. Você se importa? — Dean perguntou.
— Não, tudo bem. Vamos indo!
Fomos até seu carro, fiquei maravilhada quando vi que Dean possuía um Chevrolet Impala 1967 preto. O carro era lindo e estava em perfeito estado. Dean percebeu que eu fiquei admirada pelo carro e logo disse:
— Vi que gostou da baby! — ele disse sorrindo todo orgulhoso olhando para o Impala.
— Realmente. Seu carro é lindo. — disse sorrindo.
— Vamos indo então?
— Como quiser. — ele abriu a porta do Impala para mim, como um perfeito cavalheiro e logo entrou no carro..
Dean deu partida no carro e seguimos para o mercado, que não ficava muito longe. O caminho todo fomos conversando e nos conhecendo mais. Acabei descobrindo que o loiro era um cara muito gente boa, um pouco fechado; quase não falava sobre ele mas queria saber tudo sobre mim.
— Então, quanto tempo você tem esse carro? — eu questionava um pouco curiosa.
— Desde 1973, meu pai comprou esse carro e depois me deu. Se tornou herança de família. — notei um sorriso triste na hora em que disse "pai". Havia algo em sua história que ele não havia me contado.
— É. Eu disse algo de errado, Dean? Se falei, me perdoe. — fiquei um pouco sem graça.
— Relaxa, baby. Não disse nada demais. — ele disse dando um sorriso bonito, amenizando a situação.
Chegamos ao mercado e comprei tudo o que estava faltando na casa. Metade do carrinho eram bebidas, Dean me olhou e riu.
— Você bebe tudo essas coisas? — questionou o loiro e deu risada.
— Às vezes, sim. — afirmei rindo de
sua surpresa.Coloquei as sacolas no banco de trás do Impala já que Dean disse que o porta-mala estava ocupado, não explicou. Voltamos para casa, Dean não me deixou pegar as sacolas, ele as levou para dentro. Entramos em casa, dando de encontro com Sam e meu tio lendo e conversando sobre algo mas quando me viram tentaram mudar de assunto rapidamente, achando que eu não tinha percebido. Se engaram.
Fui para cozinha e pedi para Dean deixar as sacolas em cima da mesa. Logo ele estava sentado confortavelmente em uma das cadeiras. Peguei uma cerveja para nós, joguei a garrafa pra ele.
— Obrigado por ter me ajudado lá com as sacolas. — bebi a minha cerveja e sorri pra ele.
— Por nada, gata. — ele sorriu sem mostrar os dentes e deu mais um gole em sua cerveja. — Me fala mais sobre você.
— Mais ainda? — eu arqueei uma sobrancelha, em tom de brincadeira. — Com uma condição...
— Pode dizer. — ele disse sério.
— Eu falo sobre mim e você me fala sobre você. Direitos iguais. Trato feito? — eu o desafiei e ele sorriu aceitando.
— Trato feito. — ele se levantou e veio até mim, estendendo sua mão em minha direção. Demos um aperto firme e eu senti a textura áspera de seus dedos calejados.
— Alexia Singer. Vinte e três anos. Morava na Califórnia há duas semanas mas nasci e morei a maior parte da minha vida no Brasil. Sou fluente em português, que é minha língua materna e em inglês. Eu trabalhava como garçonete de um restaurante e estudava. Nada de interessante ou fora do comum. — puxei uma cadeira e me sentei em frente a ele. — Agora é sua vez!
— Dean Winchester. Vinte e sete anos. Nasci em Lawrence no Kansas. Sou caçador desde que me conheço por gente. — Dean sorriu. Não se aprofundando muito em explicar sua profissão. — Minhas maiores paixões são cervejas, mulheres e meu carro.
— Não temos muito o que falar sobre nós pelo jeito. — afirmei e rimos, completamente bêbados.
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Confusion | Samuel Winchester [1]
Fiksi PenggemarSUPERNATURAL | SAM WINCHESTER Sam Winchester, caçador de criaturas sobrenaturais, sempre levou uma vida marcada por perdas e batalhas constantes. Alexia Singer, sobrinha do renomado caçador Bobby Singer, cresceu fora do mundo sobrenatural, tendo uma...