21 | De volta para casa.

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ALEXIA SINGER.

Não poderia estar mais feliz com a notícia que recebi. Meu médico disse que eu teria alta. Finalmente poderia sair do hospital depois de duas semanas. Samuel, Rodrick, tio Bobby e Dean estavam no meu quarto, todos conversando.

— Trouxe suas roupas. — Sammy entregou para mim.

A enfermeira entrou e observou todos ali. Dean logo abriu um sorrisinho para a mesma e ela faz retribuiu.

— Precisa de ajuda no banho? — ela me perguntou.

— Não preciso. Acho que consigo tomar um banho sozinha! Obrigada! — agradeci.

A moça apenas assentiu, saiu do quarto e eles fizeram o mesmo. Me levantei, fui em direção ao banheiro em passos lentos e cuidadosos. Liguei o chuveiro e senti a água morna tocar minha pele.

Era uma sensação relaxante que eu mal podia explicar.

Vesti a roupa que Samuel trouxe e passei os dedos entre meus fios, em uma tentativa falha de arrumá-loa, logo prendo em um coque frouxo. Saí do quarto e vi todos sentados me esperando.

Eles sorriram e vieram em minha direção, me puxando para um abraço em conjunto e depois abracei cada um separadamente.

Por último deixei Sammy, colei meu corpo no dele, fiquei nas pontas dos pés, segurei a cola de sua camiseta xadrez e o puxei para um beijo. Estava esperando isso há muito tempo.

Dean nos olhou com um sorriso de canto enquanto tio Bobby estava boquiaberto e Rodrick com a cara fechada.

— Acho que já podemos ir né? — falei um pouco sem graça.

Fomos até o Impala. Imediatamente lembrei do meu carro e arregalei os olhos.

— E o meu carro, gente? — disse desesperada fazendo eles me olharem.

— Nós fomos no hotel e achamos seu carro. Ele já está em casa, do jeito que você deixou ele. — Tio Bobby me acalmou.

Soltei um suspiro de alívio e agradeci. Me sentei no banco de trás do Impala, Rodrick fez o mesmo. Dean estava no banco do motorista e Sammy ao seu lado.

Fomos para a casa, e eu fui a primeira a descer. Andei em passos rápidos até o ferro-velho do tio Bobby e lá vejo meu carro, corri até o mesmo e vi minha mochila, celular entre outras coisas que acabei levando no dia que fugi.

Entrei em casa e observei tudo atentamente. Mesmo depois de tanto tempo longe de casa nada mudou, até os mínimos detalhes como o antigo porta-retrato com a foto de tio Bobby e minha tia que eu não cheguei a conhecer, nem mesmo os livros mudaram de lugar.

Vi os meninos esparramados no sofá tomando cerveja e tio Bobby sentado na sua mesa lendo alguns livros.

— Dean, pega uma cerveja pra mim? — pedi.

Quando Dean ia se levantar, Samuel o barrou colocando o braço na frente do irmão.

— Não pode beber. Você ainda está se recuperando. Não lembra do que o médico disse? — Sammy falou me olhando sério.

— Não, eu não lembro. Eu quero beber. — falei me levantando e indo até a cozinha.

Abri a geladeira e peguei duas garrafas de cervejas quando me deparei com Samuel encostado na mesa me observando com um semblante sério.

— Na última vez que você me olhou assim nós transamos. — disse rindo enquanto abria minha cerveja.

— Eu me lembro. — ele riu baixo pegando as cervejas em minha mão.

— Por que estava me olhando tanto? — eu perguntei olhando as garrafas em sua mão.

— Gosto de te olhar. Observar cada mínimo detalhe seu é uma coisa bastante interessante, sabia? — ele falou bebendo.

Foi inevitável não corar com essa sua resposta. Ele se aproximou de mim e colou nossos lábios. Passou as mãos e apertou minha bunda, não perdendo tempo e me coloca sentada na bancada do lado da pia. Infelizmente o beijo não durou muito porque nos assustamos com um barulho de tosse.

— Dá pra pararem com a pegação? Vocês estão na cozinha e a sala é logo alí. — Rodrick fala revirando os olhos. — Vão pro quarto caralho!

Dou risada e Rodrick sai da cozinha resmungando.

— Seu irmão é uma figura. — Sammy diz. — Ele tem bastante ciúme de você.

— Ele não é uma figura. Ele é um baita de um empata foda. — reclamei.

Sam começou a rir e eu me juntei a ele.

— Não fica assim. — ele me dá um selinho. — Temos todo o tempo do mundo pra isso, meu bem.

Sorrio com sua resposta e desço do balcão. Aviso que iria descansar um pouco já que não dormia direito desde que saí do coma. Selei nossos lábios e subi em direção ao meu quarto.

[...]

Confusion | Samuel Winchester [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora