Capítulo vinte e cinco

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Amores e Amoras!!! Esse capítulo está muito triste e doloroso, mas é a realidade... comentem o que estão achando. Beijocas da Maii!! 😍

***

Guilherme
O médico explicou o que tinha acontecido com ela e permitiu que dois à três familiares pudessem visitá-la na UTI. Yuli e Duda entraram para ver a moça.

-Como ela está? -Ele perguntou a Yuli que não pensou duas vezes antes de responder.

-Ela precisa de você, entre ! -Falou limpando as lágrimas.

O tio de Marina entraria para vê-la, mas Yuli sabia o quanto Guilherme estava se sentindo culpado e o quanto ele amava sua filha e por isso permitiu que ele entrasse.

Ela estava inconsciente e respirando por aparelhos, a batida afetou seu aparelho respiratório e só mesmo por um milagre ela poderia voltar a respirar sozinha. Seu rosto tinha alguns arranhões e ela estava muito pálida por ter perdido bastante sangue. Ao vê-la daquela forma Guilherme sentiu seu coração despedaçar, desejou em seu interior estar ali no lugar dela.

-Mar! -Ele falou tentando não se sufocar em meio aos soluços.

Se sentou em uma cadeira e segurou sua mão enquanto sua cabeça estava apoiada na beira da cama hospitalar porque simplesmente não suportava vê-la daquela forma.

-Por favor, Mar! Volte pra mim. -Ele pediu sentindo seu coração apertar. -Eu preciso de você amor, preciso ver seu sorriso de novo, preciso ouvir sua voz, vez seus olhos , preciso reclamar mais uma vez do quanto você fala muito e do quanto é ciumenta e implicante...-Ele não conteve as lágrimas.

-Não desista Mar, eu preciso de você! Nós ainda temos que casar, ter nosso casal de filhos, ainda temos que viajar pra Fernando de Noronha...eu não posso viver sem você Mar, porque o Porto Seguro não faz sentido sem a tempestade. -Disse alisando sua bochecha. -Você é como o mar, forte e valente, não desista agora. Deus está com você, Ele vai te ajudar eu sei, ele vai! -repetiu aquilo muito mais para ele do que para ela. -Eu te amo Marina Green, eu te amo com a minha vida.

-Sinto muito, mas precisa sair! -Uma enfermeira falou da porta do quarto.

-Já estou indo! -Ele falou limpando as lágrimas.

-Eu vou estar aqui quando você voltar! -Falou no ouvido dela. -Não desista Mar, eu preciso de você! Eu te amo! -Disse e logo beijou a testa dela demoradamente e saiu do quarto.

***

Yuli

Yuli estava sentada de frente a cama do marido o encarando dormir, ela o amava profundamente e não saberia como viver ser ele, há mais de 20 vinte anos eles viviam um amor profundo e alicerçado em Deus .

Ela sentia por vê-lo naquele estado, mas era com a filha que estava mais preocupada. Não tinha dúvidas de que Deus curaria sua filha fosse em um dia ou em dois anos, mas sabia que ainda veria sua menina livre daqueles aparelhos e respirando sozinha novamente.

-Oi! -Ela falou assim que Noah abriu seus olhos castanhos .

-Desculpa! -Ele falou deixando as lágrimas cair e automaticamente foi abraçado pela esposa.

-Não foi sua culpa amor! Noah, não foi sua culpa! -Disse enquanto alisava os cabelos macios do marido.

-Ele quase tirou a inocência dela e foi por minha culpa, eu deixei... -Ele falou em meio às lágrimas.

-O Guilherme?

-Não! -Disse firme. -Ela estava com raiva por eu não ter deixado ela conversa com o Guilherme, por eu não ter aceitado esse namoro... Ela me contou que no dia que ela é Luiz Gustavo foram ao cinema, no dia que eu deixei e que torci para que ficassem juntos, nesse dia ele tentou abusar da minha menina... -Disse com desespero na voz. Desespero esse que só iria aumentar quando soubesse como ela estava.

-Ah meu Deus! -Yuli falou abraçando mais apertadamente o marido que estava tão frágil ali em seu abraço como nunca estivera antes.

-Como ela está? -Perguntou se afastando da esposa

-Ela... ela...

-Fale Li! -Ele pediu aflito.

-Ela está no UTI...-Dessa vez Yuli não conseguiu segurar o peso da notícia e chorou enquanto era abraçada pelo marido. -Ela recebeu a batida na caixa torácica e o aparelho respiratório foi atingido, os pulmões dela foram comprimidos e agora ela está respirando por aparelhos.

Os dois não tinha mais o que dizer e não sabia como se confortarem diante da situação que estavam vivendo. Apenas choraram por minutos um no abraço do outro como sempre fizeram desde a primeira dificuldade que enfrentaram juntos.

***
Duda

-Você precisa ir para casa! -Giovanna falou pela quarta vez.

-Eu não posso deixá-la sozinha.

-Ela não está sozinha, os médicos e os enfermeiros estão cuidando dela. -Disse abraçando o irmão.

-Eu preciso estar aqui quando ela acordar...

-Quando ela acordar eles vão nos avisar e eu prometo que a gente vem correndo para o hospital. -Gio falou.

-Vamos cara, não vai adiantar você ficar aqui. -Nilo falou segurando o ombro do irmão. -Ela precisa de um namorado saudável e tomado banho e se você ficar aqui o dia inteiro vai acabar doente.

-Você precisa ir Gui, ela vai precisar de você bem quando acordar. -Duda falou.

-Será que eu posso ir lá de novo!

-Pode, vamos! -Duda sabia que não podia, mas ela não deixaria ele naquele estado sem fazer nada.

Caminhou de mãos dada com ele e implorou a chefe da enfermaria que o deixasse entrar e como um gesto de piedade por ver o estado que ele estava e a possível piora de Marina ela permitiu que ele entrasse.

-Eu não quero te deixar aqui, eu não posso simplesmente ir para minha casa e viver normalmente sabendo que não está bem, sabendo que nem pode mais respirar sozinha... reaja Mar, volte pra nós! Eu te amo, meu amor! -Falou beijando sua testa, pois os tubos do aparelho estavam em sua boca.

-Vamos Gui! -Duda apareceu da porta e o chamou.

Ele foi para casa, mas sua mente, seus pensamentos e seu coração estavam com Marina no hospital.

Continua...

Um propósito 3 : DesafiosOnde histórias criam vida. Descubra agora