Epílogo

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Um ano depois
Nina entrou na faculdade de Direito dois meses depois do seu casamento e essa nova responsabilidade junto a adaptação do casamento fizeram com que eles passassem momentos turbulentos naquele primeiro ano, muito pensaram que eles não conseguiram prosseguir, mas eles não desistiram .

Nina estava chorando no quarto quando Guilherme chegou do escritório ela até tentou esconder, mas sua pele clara denunciava com a vermelhidão o quanto ela havia chorado.

-O que aconteceu?

-Não foi nada! -Ela falou limpando as lágrimas.

-Como não foi nada? você está chorando. -Ele falou sério se sentando na cama.

-Eu...

-Eu não vou sair enquanto não disser o que foi. -Ele falou.

-Eu preciso que você me ajude.-Ela falou com lágrimas nos olhos. -Eu não sei o que fazer, como lidar com tantas responsabilidades, com tanta pressão sobre mim. -Disse cobrindo o rosto com as mãos.

Nina sempre foi coberta por mordomias, nunca teve nenhuma outra responsabilidade além dos estudos, e naquele momento tinha que cuidar da casa, tinha que estudar, tinha que ir para igreja, tinha que ser esposa e mesmo que ela amasse Guilherme, isso era um peso e ela simplesmente não sabia o que fazer.

-Você não me deixa te ajudar, não conversa comigo, não diz o que está sentindo. -Ele falou sério.

-Eu quero que você perceba Guilherme, quero que você olhe e veja o que há de errado. -Ela gritou.

-Eu estou tentando Marina. -Ele falou sério, mas sem levantar a voz. Ela odiava que ele a chamasse pelo nome.

-Não me chame assim. -Ela falou limpando os olhos.

-Nós não podemos continuar vivendo assim. -Ele falou segurando as mãos dela. -Eu quero te ajudar, mas eu preciso que você diga aonde quer minha ajuda, o que eu posso fazer pra amenizar suas responsabilidades infelizmente eu não tenho uma bola de cristal para adivinhar o que quer.—Disse colando a testa com ela.

-Eu preciso que me ajude com as tarefas da casa, que me oriente nos trabalhos da faculdade, que me impulsione a buscar a Deus, que me leve até forçada para igreja, mas não me deixe me afastar de Deus. -Ela falou com os olhos fechados. -Preciso que me leve para sair, que seja o Guilherme com quem eu casei.

-Tudo bem, eu vou me esforçar para fazer isso. Mas eu também preciso de algo seu, posso dizer o que eu quero que você faça? —Ele perguntou segurando o rosto dela entre as mãos.

-Pode.

-Eu quero que você pare de se preocupar! -Disse carinhoso. -Por favor, Mar! Eu estou com você nessa, eu não estou te cobrando nada, mas eu também sinto saudades da minha esposa. Se não está conseguindo cuidar da casa eu contrato alguém pra isso, na verdade eu fazer logo isso essa semana. Mas por favor, não se culpe, não se martirize você não precisa se preocupar, eu estou aqui pra dividir o peso de tudo com você .

-Me desculpa Gui! -Ela falou o abraçando enquanto seu rosto estava apoiando no peitoral dele. -Eu só queria ser boa em tudo. Uma boa esposa, uma boa serva, uma boa estudante, uma boa dona de casa, mas a verdade é que eu não sou boa em nada.

-Não chora. -Ele falou beijando a testa dela enquanto a abraçava. -Você é boa em tudo que faz, só precisa organizar melhor o tempo.

-Eu não sou uma boa esposa.

-É, você realmente não é uma boa esposa. -Ele falou sério.

-Não?

-Não , você é ótima. -Ele falou sorrindo fazendo-a sorrir também. -Eu sou seu marido, seu amigo e eu te amo com a minha vida pode contar comigo.

Um propósito 3 : DesafiosOnde histórias criam vida. Descubra agora