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"Última tentativa

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"Última tentativa. Carga máxima, se afastem. Ela está dando sinal de vida! Rápido. Oxigênio!"

Abro meus olhos, estou em um quarto de hospital. Minha visão está um pouco turva. Vejo dois homens, um está sentado numa cadeira ao lado da minha maca e o outro está em pé, perto da porta.

- Sam? Dean?

- Jen, estamos aqui. - Sam, que está ao meu lado, responde segurando a minha mão.

- Temos que ir, antes que alguém venha fazer perguntas. - Dean disse. - Nos encontre no estacionamento.

Eles saem do quarto, troco de roupa colocando uma minha que eles trouxeram. Saio discretamente, meu peito ainda doí e devo estar medicada, pois estou bem tonta. Ao chegar no estacionamento, os vejo perto do carro. Caímos na estrada. Eu estou fraca e exausta, quase durmo encostada no banco traseiro.

- Acho melhor não voltarmos à casa de Bobby, enquanto não resolvemos essa parada. - O loiro disse, concentrado na estrada.

- Os demônios vão aonde ela estiver. - Sam disse para o irmão. Eles devem acreditar que estou dormindo. Escuto barulho de asas batendo. O carro derrapa de leve, Dean deve ter se assustado.

- Crowley está interessado em Jennifer. - Castiel diz, de repente, ao meu lado.

- Não diga. - Dean interrompe sendo irônico.

- E há outro alguém com planos. - Continua o anjo. - Vocês precisam descobrir quem é.

Finjo que acordei. Abro os olhos e não tem ninguém no carro. Saio do carro e estou no estacionamento de um hotel. Vou até a recepção do mesmo, não há ninguém. Subo ao andar dos quartos e o único que está destrancado é o de número 103.

- Olá, querida. - Diz um homem sentado em uma das três camas. É a mesma voz do homem que diz ser meu pai, porém agora posso ver seu rosto, o qual me parece familiar. - Sente-se. - Me sento na beirada da outra cama.

- Não tenha medo, eu o sinto de longe. Você é minha filha, não irei lhe fazer nenhum mal. Você precisa de mim e eu preciso de você. - Ele toca em minha mão e me dá um papel cheio de escritas estranhas. - Quando estiver pronta, conseguirá ler e saberá o que fazer.

Sinto um toque no meu ombro e tudo fica turvo mais uma vez. Esfrego meus olhos e me deparo com Sam me acordando. Era só mais um daqueles pesadelos. Através da janela, vejo o mesmo estacionamento do sonho.

- Cadê o Dean? -Pergunto, tentando não parecer psicótica.

- Foi fazer a reserva de um quarto. - Ele responde.

- Se eu te contar uma coisa, você vai me achar louca? - Ele faz que não com a cabeça.

Eu conto sobre a visão que tive antes de voltar a vida e sobre o pesadelo. Ele não parece surpreso. Ele já deve ter visto tantas coisas piores. Sam me conta aquilo que Castiel veio avisar. Por um minuto, ficamos em silêncio. Eu olho para ele que, estranhamente, estava me encarando. Revezando o olhar entre meus olhos e minha boca. Sam se aproxima vagarosamente e eu não consigo o parar. Eu não quero parar.

Ele encosta seus lábios nos meus, sinto uma de suas mãos na minha cintura e a outra na minha nuca. Sinto seu calor e por um momento, toda a angústia que estava sentido, todo aquele medo, todos os problemas, sumiram. Alguém bate na porta. Paramos na hora e encaramos o vidro do carro. É o Dean. Droga! Ele faz uma cara maliciosa e diz:

- Já aluguei o quarto e, se quiserem, eu deixo os pombinhos sozinhos. - Ele finaliza com uma risada, coisa que me deixa com mais vergonha ainda.

Nos subimos para o quarto que por, coincidência ou não, era o de número 103. Minhas pernas ficam bambas e meu coração dispara. Coloco a mão no bolso do meu jeans e sinto um papel, não tenho coragem de ver o que tem escrito. Aquele homem me dá arrepios. Entramos e Sam conta ao irmão tudo que lhe contei. Na hora que ele comenta sobre o papel, eu instintivamente o tiro do bolso e mostro para os dois.

- Não conheço essa escrita. Vou pesquisar um pouco. - O mais velho diz e coloca o notebook sobre a mesinha que tinha no canto do quarto.

- Eu vou sair um pouco. - Diz Dean colocando as bolsas de armas pelo da cama.

- Você vai a um bar? - Pergunto.

- Vou.

- Me espera, vou com você, preciso beber também. Você vem Sam?

- Não, valeu. Vou tentar descobrir o que está escrito aqui. - Sam responde com o papel em suas mãos.

- Deixa isso para amanhã, vamos Sam... - Insisto, vou em sua direção e começo a puxar seu braço. 

Depois de muito insistir, consigo convencê-lo. Todos estamos acabados, merecemos relaxar um pouco e, afinal, não existe melhor lugar do que um bar para se fazer isso.


Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora