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Malditos e covardes

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Malditos e covardes. Essas são as duas palavras que resumem os demônios. Se agora eu pudesse, arrancaria os olhos de cada um.

Estou ajoelhada e amarrada na frente de todos eles, e que pela suas expressões, estão satisfeitos e orgulhosos com a minha situação. Algo começa a escorrer de meus olhos, que não seja lágrimas, isso seria tão humilhante! Vejo cair uma gota na minha calça, é sangue. Isso acontece quando estou realmente furiosa.

Um dos demônios está segurando um frasco que contém o meu sangue, ele cheira e encara o líquido com desejo. Em questão de segundos, seus olhos explodem e o frasco cai, esparramando o sangue no chão sujo do local.

Todos mudam suas expressões de alegres para zangados e a mulher vem em minha direção com a intenção de retirar mais sangue. Eu resisto e ela me estapeia novamente. Sinto as cordas que estão me segurando queimarem, elas estão derretendo.

Quando, finalmente, vejo que as cordas não me amarram mas, eu empurro a "mulher" para a outra parede do bar. Os outros demônios vem para cima de mim, novamente me batendo, porém eles são muitos e mal consigo me defender. Escuto fortes batidas na porta principal do local que estava fechada. Como se alguém estivesse tentando arrombá-la.

A porta é aberta violentamente. Dean e Sam entram esfaqueando, batendo e matando alguns demônios. Eu aproveito esse momento de distração e mato os outros, só parando quando percebo que não há mais nenhum vivo, apenas um monte de cadáveres pelo chão.

Ficamos nos encarando por um tempo, parece que eles estão esperando algo, ou alguém. Sei que é falto de educação, mas dei as costas para os garotos sem sequer os agradecer ou explicar o por que de eu ter fugido daquele jeito.

Estava saindo pela porta arrombada quando sinto uma violenta puxada no meu braço, é Sam.

-Eu não quero que vocês se ajudem mais. Eu sou muito grata por tudo que fizeram por mim, mas...

-Você ainda precisa da nossa ajuda. -Interrompe Sam.

-Eu sei me virar sozinha. -Disse tentando demonstrar certeza.

-Estou vendo. -Disse Dean ironicamente, apontando para o bar.

Eu sei que não consigo, mas eu não quero que algo aconteça com eles, eu sei que Lúcifer e Crowley iram usá-los contra mim.

"(...) você não pode fugir para sempre, você sabe o que eu estou dizendo, se não fizer logo sua escolha, alguém vai acabar mal nessa história."

Essa frase não sai da minha mente. Eu sei que Crowley não vai me matar, porque ele precisa de mim, mas ele pode ferir ou matar as pessoas com que me importo. Afinal, ele já fez isso com meus pais.

-Nos todos sabemos que alguém vai morrer no final dessa história, mas não quero que isso aconteça. Por isso, peço que vocês me deixem ir e não me procurem mais.

Sam, que ainda estava segurando meu braço, me solta. Ele parece me entender.

-Sammy!! -Dean reclama.

-Sammy?! -Disse me segurando para não rir, mas foi impossível. -Então esse é seu apelido?

Sam revira os olhos.

-Fui eu que inventei. É, eu sei, sou um gênio. -Dean diz orgulhoso e zoando Sam. -Enfim, você vai vir conosco, sem mais discussões.

-Olha Jen, você não pode ficar sozinha, porque desse jeito você fica mais vulnerável. -Sam diz.

-Cas disse que parte de sua transformação é você sentir ódio por demônios, ao ponto de perder o controle e, além de matá-los, sacrificar pessoas inocentes. -Dean termina.

Isso faz sentido, pois a fúria que sinto na presença deles parece que é maior do que minha vontade de ser uma pessoa normal. Maior do que eu mesma.

Ao me convencerem, voltamos para o Impala e saímos dessa pequena cidade, em direção à outra. Porém, dessa vez não ficou um clima pesado como sempre. Ao chegarmos na cidade vizinha, eles alugam um quarto em um hotel para passarmos alguns dias.

Sam está mexendo em seu notebook, provavelmente pesquisando outras possíveis soluções para meu problema, Dean está checando suas armas e eu procuro algo para assistir na pequena televisão enquanto faço curativos nos meus machucados.

Quero muito ouvir o que mais Castiel sabe, sussurro seu nome como uma forma de chamá-lo. Depois de alguns minutos, Cas aparece sentando ao meu lado na cama, ele fica focado na televisão em nossa frente.

-Então... O que você sabe? -Pergunto.

-Por que o gato nunca consegue alcançar seu objetivo de capturar o rato? -Ele pergunta assistindo ao desenho na televisão, enquanto Sam e Dean se aproximam da cama.

Eu forço um barulho de tosse para interrompê-lo.

-Não muito. Eu ouvi na transmissão celestial que eles estão quase conseguindo o que querem. E você sabe o que eles querem. -Ele olha profundamente em meus olhos, o que me causa um arrepio.

Ele está certo, os demônios querem me transformar em um deles.

Eu deito, tentando ignorar o fato de que Castiel ainda continua sentado na beirada da minha cama assistindo ao desenho. Estou bastante cansada, a última vez que realmente dormi foi na noite anterior a morte de meus pais, quando sonhei com Castiel.

Talvez se tivesse entendido o seu recado não teria envolvido Dean e Sam em todos esses problemas. Não que eu não goste de ter os conhecidos, pelo contrário, eu os adoro e talvez possa estar sentido algo por Sam, algo forte. Algo que nunca senti antes.

Com esse último pensamento, finalmente caio no sono. 

Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora