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Depois de alguns minutos, os Winchester retornam com sacolas. Cas pega o liquidificador e fica encarando o objeto por alguns minutos, nos dando a impressão de que não sabe como usá-lo. Logo eu intervenho, colocando o plugue na tomada e peço que coloque os ingredientes para poder triturar.

–E em relação ao sangue ou algo do demônio? -Dean pergunta.

–Cas tem uma idéia. -Respondo pegando uma faca. Faço um corte profundo na palma da minha mão e a aperto dentro do copo do liquidificador.

–Isso já é o suficiente! -Diz Cas pegando um pano e embalando minha mão. Ele me encara esperançoso.

Batemos essa mistura e obtemos um líquido grosso de cor escura, coloco tudo em um recipiente. Sam e Dean pegam suas armas, água benta e sal. Cas molha sua mão no líquido e faz um símbolo na parede, falando algumas coisas em latim, eu consigo compreender quase todas as palavras, o que é estranho, já que nunca estudei outro idioma.

O anjo termina de fazer o feitiço e uma grande e forte luz acinzentada cobre o quarto inteiro, sou obrigada a fechar os olhos para não ficar cega. Após alguns segundos os abro novamente e vejo que estamos em umacasa. Tem um cheiro forte de enxofre. As paredes têm musgo e o chão tem muitas manchas de sangue, esse lugar está me dando arrepios.

Silêncio constante e escuridão infinita eram as únicas presentes no local. Dean murmura algo sobre nos separarmos e eu digo que não é uma boa ideia, mas com ele não se pode discutir. Dean e Cas foram para o lado direito, em direção a suposta cozinha, e eu e Sam subimos as escadas em direção aos quartos.

Pelos degraus da escada havia porta retratos quebrados e ensanguentados de uma família. De repente uma imagem vem em minha mente: "Na base da escada há um homem, o pai da família, com a cabeça cortada e ao lado está a mãe, com as entranhas saindo pela boca. Subindo as escadas desesperadamente duas crianças, uma garoto mais velho puxando sua irmãzinha, derrubando os retratos, fazendo suas mãos sangrarem. Escuto uma risada terrivelmente cruel, e em seguida aparece Dylan, ele sobe as escadas vagarosamente. Ele alcança elas e quebra o pescoço do garoto, a menina grita de pavor e em seguida o demônio corta seu pescoço."

Isso foi horrível! Não falo nada a Sam, não quero que ele imagine essa cena. Terminamos de subir as escadas e o silêncio ainda predomina. Verificamos o primeiro quarto, o das crianças. Nem sinal do demônio, em seguida, entramos num outro quarto e nada, e por fim, o último quarto. A porta está escancarada e há uma brisa vindo dele. A janela está aberta e suas cortinas balançando e há uma figura masculina olhando através da janela. Dylan!

–Olá Sam... -Dylan diz e em seguida olha para mim. -Olá meu amor. Vocês estavam me procurando de novo? Isso está fazendo bem para o meu ego. -Em sua face há um sorriso irônico.

–Fique atrás de mim. -Sam sussurra em meu ouvido.

–Não seja tão egoísta Sam, divida a Jennifer comigo. -Dylan estica a mão e faz Sam ser empurrado contra a parede e a faca contra demônios cai aos pés dele. Ele segura a faca e a joga pela janela. -Isso não vai ser necessário.

–Solta ele, seu filho de uma puta! -Me aproximo dele.

-Você quer a mim e não a ele. -Ele dá um sorriso de canto.

Escuto Sam tentando falar algo como "não faça isso". Eu sussurro um "eu sinto muito". O demônio me pressiona também na parede e faz o que ele fez nas vezes passadas, misturar o sangue dele com o meu. Em seguida ele pega uma bacia e faz um corte no meu outro braço. Com o meu sangue na bacia, ele faz um símbolo na parede e tira do bolso da sua jaqueta o papel e lê as escritas enoquianas. Não acontece e ele não parece estar preocupado com isso.

Ele me encara. Começo a sentir meu sangue ferver e meus olhos arderem. Consigo me soltar e dou uma rápida olhada pelo espelho do guarda roupa, meus olhos estão cinzas.

Escuto um barulho na porta, são Dean e Castiel. Queria conseguir dizer a eles "Me ajudem" ou "Não sei o que está acontecendo", mas nada sai da minha boca, ela ao menos se abre para falar algo. Estendo uma das minhas mãos e faço Dean e Castiel ficarem como Sam, pressionados na parede. Não consigo me controlar. Me aproximo daquele símbolo novamente e coloco minha mão nele. Começo a dizer algumas palavras em enoquiano. Uma luz branca reflete do símbolo e escuto uma voz vindo de dentro do símbolo berrando "Estou de volta!".

Eu reconheço essa voz. É a voz de Lúcifer. Escuto Dean e Castiel dizendo para eu parar e também a risada de Dylan. Com muito esforço consigo me calar. Dylan me encara espantado, eu o jogo para a outra parede e sua garganta se corta, uma imensa fumaça preta escorre do corte e evapora em fumaça branca. Não tenho certeza se fui eu quem fez aquilo, mas não havia outra explicação.

Aos poucos consigo retomar o controle do meu corpo, mas continuo insegura quanto as minhas ações. A luz branca ainda continua saindo do símbolo. Eu preciso fazer parar. Pego a tigela que Dylan tinha colocado meu sangue e ainda há um pouco dele. Faço com o resto do sangue vários "x" nas bordas do símbolo e começo a dizer mais palavras em enoquiano, a luz perde sua potência até ser completamente apagada. Consegui!

Me viro e os rapazes continuam presos à parede, quase desmaiados. Estendo minha mão novamente e os liberto. Minha cabeça e olhos doem. Eu caio no chão, tento me segurar apoiando meus braços contra o chão, mas estou fraca demais. A última coisa que vejo é Sam meio que se rastejando em minha direção.

–Sam.

Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora