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–Fica aqui que eu vou atrás dele.

–Não quero ficar sozinha aqui. -Choramingo.

Ele revira os olhos e me deixa ir. Adentramos a sala e tudo parecia normal, perfeitamente normal, melhor dizendo, estranhamente normal. Procuramos na sala inteira, depois verificamos a garagem e voltamos pelo corredor, chegando na cozinha. Sem sinal de Sam. 

Eu sabia que iria acontecer algo, eu senti. Não posso negar que meu coração está quase se explodindo de angústia e Dean parece estar sentindo o mesmo. Se não fosse pelo som de nossas respirações ofegantes de nervosismo e até mesmo o som da batida acelerada de nossos corações, a casa estaria em absoluto silêncio. 

De repente escutamos passos vindo da garagem. Dean se enfia na minha frente apontando o facão de prata para a porta em sua frente. Eu fico posicionada atrás do mesmo, pronta para usar a arma. Os passos continuavam lentamente vindo em nossa direção e nós continuamos preparos para lutar. Logo Sam aparece. Por pouco não atacamos ele. Eu vou até ele e o abraço aliviada. Ele me solta e empurra meu corpo para longe de si.

–O que foi? 

–É que você me apertou muito forte. -Diz Sam confuso. Isso realmente foi estranho.

–Onde você estava? -Pergunta Dean também desconfiado.

–É... Eu estava checando a garagem e achei o porão. -Eu e Dean nos entreolhamos desconfiados, pois nós havíamos verificado a garagem e Sam não estava lá.

–Então vamos pegar esse monstrinho! -Diz Dean disfarçando sua desconfiança.

Sam avança em nossa frente e nós o seguimos. Entramos na garagem e Sam vai até um canto, perto de uma estante com várias ferramentas e peças de carro, e abre um alçapão que estava escondido embaixo de um tapete velho. Ele faz um gesto para eu e Dean entrarmos primeiro.

Descemos por uma escadinha que leva a um pequeno e estreito corredor. A única coisa que consigo pensar no momento é em como Sam está estranho, não sei o que é e nem o que aconteceu, mas ele parece frio tanto comigo quanto com Dean, mal olha nos nossos olhos e ele evita de ficar perto de mim.

Eu nunca tinha visto um porão como este. Primeiro tinha um mini corredor que leva até o porão, que é enorme, não amplo, devido a muitas estantes e coisas abandonadas, e bem escuro. Há caixas rasgadas em cada canto, pertences que talvez fosse da família, como retratos, brinquedos velhos e roupas. Tem muitas teias de aranha e um cheiro desagradável de umidade.

Eu e Dean fomos caminhando e iluminando as paredes e o chão, que estava com muita lama e respingos de sangue. Sam, que está atrás de nós agora, faz o mesmo que nós. Começamos a escutar gemidos de dor e fomos rapidamente em direção ao som. Sam não vem conosco.

Logo avistamos o cara do cartório gemendo, preso por cordas grossas e com muitos machucados e o policial que me abordou quando estava no carro, nos aproximamos e consigo ler o que está escrito em seu uniforme: "Of. Greyson", ele está morto. Tem duas mulheres desmaiadas que estão amarradas e machucadas, ambas estão grávidas e ao lado está o sr. Paulson.

Dean começa a verificar quem ainda estava vivo e diz que vai ficar tudo bem.

–O metamorfo pegou o Sam. -Dean cochicha para mim. -Agora que ele nos trouxe até as vítimas, podemos acabar com ele. Vá procurar o Sam.

Eu caminho adiante passando por mais uma estante repleta com objetos e logo atrás dela está Sam. Seus cabelos estão no rosto e ele está imóvel preso ao móvel. Me agacho e tiro os cabelos de seu rosto. Ele desperta assustado.

–Vai ficar tudo bem. -Observo que no lado esquerdo de sua camisa há um rasgo com muito sangue, ele tem um ferimento profundo.

–Ele é um... -Sam se esforça para me dizer algo. -Um alfa.

–O que isso quer dizer?

–Isso quer dizer que esse metamorfo foi o primeiro da espécie e foi ele que gerou todos os outros, se transformando nos maridos das vítimas, mas parece que aqui ele teve que fazer um trabalho extra. -Diz Dean vindo pela entrada que eu havia usado. Ele se agacha ao outro lado de Sam e preocupadamente nota o ferimento de Sam.- Você não consegue curá-lo como fez com Cas?

Eu pressiono seu ferimento e tento me concentrar, mas não consigo, fico pensando no monstro e naquelas duas mulheres grávidas presas e, afinal, onde o metamorfo está agora?

–Filha de Lúcifer e os caçadores que já estiveram no inferno, os Winchester. Quanta honra devo por ter vocês aqui. -O metamorfo com a forma de Sam aparece, nos assustando. 

Eu e Dean rapidamente nos levantamos e ficamos preparados para atacá-lo. Sam continuava quieto e amarrado a estante. Dean avança um golpe tentado decapitá-lo, mas o metamorfo é muito ágil e o acerta no peito, fazendo-o bater fortemente as costas na parede. O monstro se aproxima de mim e me fareja:

–Você cheira a destruição, logo você vai acabar com minha espécie e todos os outros, nos mandando para o purgatório. Por isso preciso me livrar de você. -Ele me pega pelo pescoço e me ergue no ar. Ele é muito forte e mal consigo respirar. -Eu posso ser um monstro mas você é muito pior do que eu, você destrói tudo pelo seu caminho só por diversão, você pode ser até pior que seu querido pai.

Desgraçado! Mentiroso! Por que ele está me provocando? Ele está errado, eu não sou assim e nunca serei, eu sei me controlar. O que mais está me irritando é esse miserável estar usando a forma de Sam para me atingir e ainda com um sorriso idiota em seu rosto, um sorriso imbecil e de satisfação.

Preciso matá-lo, mas não consigo me mexer e logo morrerei sem ar. Dean está ainda desmaiado e o facão de prata está ao seu lado. Me esforço para conseguir me concentrar, fecho os olhos e penso no facão em minhas mãos. Quando os abro o facão está flutuando perto do metamorfo e em seguida o decapita. 

Eu caio no chão, recuperando o fôlego, e vejo a cabeça do metemorfo rolando ao meu lado. Logo procuro o facão, que era pra estar do lado do corpo desse monstro, mas não está.

–Ai que filho da... -Grunhi Dean massageando sua cabeça. Ele olha para o corpo do metamorfo. -É... incrível!

Escutamos gritos, eu e Dean corremos até as outras vítimas. Avistamos o sr. Paulson, o cara do cartório, uma das moças grávidas em pânico, em seguida avistamos a outra grávida morta, com um grande e grave ferimento em sua barriga e o facão flutuando para perto da grávida que estava viva.

–Jen, faça parar. -Diz Dean com pânico em sua voz.

–Eu não consigo... -Digo enquanto escorria lágrimas em meu olhos. O que esse faca vai fazer é muito cruel. Essa faca? Quem eu quero enganar, sou eu quem está fazendo isso, o metamorfo estava certo, eu sou pior que um monstro.

Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora