Benção ou Maldição? Uma tragédia causada pelo "dom" de uma garota cheia de sonhos, faz com que mude sua vida drasticamente. Sendo obrigada a desistir de tudo para sua própria sobrevivência.
☆☆
Essa história é baseada na série de televisão americana...
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Após alguns minutos, resolvo voltar para o quarto. Quando entro no hall de entrada do pequeno hotel, me deparo com Crowley.
- Olá querida.
- O que você quer? - Eu só faço perguntas idiotas!
- Relaxa, só tenho um comunicado. - Ele diz e depois olha para a minha blusa e percebo que não está tão bem fechada como pensei que estava. - O alce não é tão inocente como imaginei que fosse. - Não entendi o que ele quis dizer com isso. Mas antes que eu pergunte algo sobre isso, ele continua:
- Enfim, - Crowley dá uma volta ao meu redor e pega uma mecha do meu cabelo e a cheira. - Você não pode fugir para sempre, você sabe o que estou dizendo. Se não fizer logo sua escolha, alguém vai acabar mal nessa história.
- Isso é uma amea... - Ele desaparece. Mas que diabo mal educado!
Vou considerar isso como uma ameça, mesmo Crowley sendo um desgraçado maldito, tenho menos medo dele do que de Lúcifer. Subo as escadas rapidamente em direção ao quarto. Viro a esquerda e esbarro com os irmãos.
- Merda! Vocês me assustaram.
- Você demorou para subir, ai decidimos ir atrás de você. - O mais baixo diz.
- E vocês estavam me espionando. - Eles riem parecendo envergonhados.
- Você parece assustada. Aconteceu algo? - Sam pergunta preocupado.
Ficamos nos encarando por um momento. Meu coração dispara. Fico admirando seus lindos olhos claros e expressivos, quero descobrir o que está passando em sua mente. Sinto uma coisa que nunca senti antes, será que ele está sentindo o mesmo?
-Gente apaixonada... Cof, cof... É um porre. - Dean diz nos interrompendo.
Voltamos ao quarto. Decido não contar sobre minha visitinha inesperada, não quero que eles se arrisquem mais do que já estão se arriscando por mim. Eu sei que tenho que fazer essa escolha: o que Lúcifer me destinou ou o que Crowley me destinou.
Dean coloca seu casaco e decide ir a um bar, ele nos convida, porém estou muito apavorada com todas essas coisas acontecendo, que recuso. Sam recusa ao mesmo tempo, coisa que faz criar um sorriso malicioso na face de seu irmão. Inevitavelmente, eu sorrio.
Fico por alguns minutos sentada na beira da cama, pensando, decidindo o que devo fazer, como Crowley disse, eu não tenho para onde fugir. Sam se senta ao meu lado, deve ter percebido que algo está me incomodando, pois fica me encarando.
- Então, Cas ainda não apareceu? - Pergunto, me esforçando para tirar a tensão que deixei no ambiente.
- Não, nem sinal dele ainda. - Sam responde, querendo encontrar meus olhos, mas não consigo olhá-lo direitamente, temo que se isso acontecer, irei desmoronar. - Bem, eu sei que aconteceu alguma coisa quando você estava lá fora. Seria bom que me contasse, mas se não se sente segura, está tudo bem. Sabe aquela vez que você pegou na minha mão na invasão da casa de Bobby? - Ele pergunta e eu afirmo. - Eu vi uma coisa.
- O que você viu?
- Eu vi Lúcifer rindo e chamando seu nome, ele olhou diretamente para mim e me cumprimentou. Eu achei que era uma coisa... Bem, do meu passado.
- Eu também vi coisas. - Disse pegando sua mão. - Eu vi coisas que você já passou e inclusive quando disse sim a ele, e também o vi no seu corpo. - Ele instantaneamente ficou pálido. Novamente o clima ficou pesado.
Ficamos por mais alguns minutos em completo silencio. Ele olha para minha blusa que eu ainda não havia fechado completamente e se aproxima para fechá-la. Eu o impeço, abrindo mais a mesma. Ele tira sua camisa e me beija, um beijo cheio de paixão e me deita na cama. Ele desce vagarosamente os beijos para minha nuca, enquanto eu passo minhas unhas suavemente sobre suas costas e com minha outra mão, acaricio seu cabelo.
O corpo de Sam no meu, suas mãos firmes e suaves me conduzindo, compartilhando todo seu calor comigo. É um sentimento indescritível. A cada beijo, a cada toque, me apaixono cada vez mais por ele e posso ver que ele sente o mesmo por mim.
- Dean vai chegar logo. - Digo enquanto deito em seu musculoso tórax.
- Então é melhor nos vestirmos. - Ele diz ajeitando seu cabelo bagunçado. Mal termino de me arrumar e Castiel aparece junto com Dean abrindo a porta.
- Estão aqui! - Ambos dizem juntos. 9Os dois vão a janela nos mostrar o estacionamento do hotel. Há vários deles e não parece que estão aqui para atacar, parecem que estão aqui para vigiar. Me vigiar.
- Vejo vocês lá embaixo. -O anjo diz antes de desaparecer.
Os Winchesters pegam suas armas. Eu faço o mesmo que Cas e me teletransporto para o estacionamento. Não sei se é a adrenalina em meu sangue, mas estou muito furiosa, com vontade de ver sangue sendo derramado no chão. Estendo minha mão para matar um demônio e em vez de fazê-lo ir para o inferno, como faço sempre, faço sua cabeça se desprender de seu corpo. Faço isso em vários, mas em um determinado momento, tenho vontade de devorá-los.
Tento me controlar, mas a ânsia parece ser maior que eu, como um instinto. Esse demônio que estou prestes a comer parece sentir isso, acho que essas coisas podem ter sido mandadas aqui para me provocarem, para me fazer sentir um monstro.
Eu não o devoro mas o mato enfiando minha mão dentro de sua alma podre, fazendo-a evaporar em seguida. Quando me viro, os garotos me encaram com espanto. Eles estão com um demônio como refém.
- Matamos todos? - Pergunto.
- Você os matou, praticamente, sozinha! - Cas responde assustado.
Ótimo, estou me transformando no que Lúcifer e Crowley querem. O seu monstrinho particular.
(...)
Pegamos nossas coisas e deixamos aquele hotel que estávamos hospedados. Pegamos a estrada e até Castiel estava no Impala conosco, sentado no banco traseiro ao meu lado. Dean estava no volante e Sam ao seu lado, no banco do passageiro.
Posso perceber que os Winchesters me encaram vez ou outra pelo retrovisor. Todos estavam em silêncio, menos o demônio, que estava gritando no porta malas, "Vadiazinha do Crowley" e "Sua vadia nojenta!". Ele diz coisas piores que ignoro, pois ainda estou bem confusa e nervosa pelo acontecimento no estacionamento. Depois de alguma horas, chegamos em um lugar desértico e estranho, onde há um galpão abandonado.
