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Ele só pode estar de brincadeira

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Ele só pode estar de brincadeira. Os irmão se encaram e em seguida olham para Castiel. O que eles devem estar pensando sobre mim? Talvez possam estar me julgando. Ou apenas tento pena.

- Mas como ela não é um demônio ou qualquer coisa do gênero? - Dean pergunta um pouco sem graça.

- Jennifer não é a primogênita e sua alma não foi impurificada. - Castiel responde calmamente.

- Então, o que iremos fazer? - Pergunto tentando não demonstrar o medo, mas meus olhos cheios de lágrimas transmitem o contrário.

- Ainda precisamos te proteger de Crowley. Ele deve saber dos planos de Lúcifer. - Sam responde e me abraça ao perceber meu desespero.

- Eu fico com esse invocamento. - Castiel diz apontando para o papel. - É mais seguro. Você pode ser influenciada a fazer algo que não queira fazer.

Eu já sonhei com Lúcifer, sobre o apocalipse. Ele estava aqui na terra e é claro que já sabia da minha existência. Por que ele não me procurou? Acho estranho ele não ter aproveitado aquela oportunidade para cumprir a porra do plano que tem para mim. Dean fala uma coisa parecida com meus pensamentos.

- Eu não sei como ele não a localizou antes.

- Com certeza ele deve ter procurado. - O anjo responder. - Sei de uma maneira de descobrir algumas coisas.

- Que maneira? - Sam pergunta, ele e o anjo se olham. - Aquela maneira.

- No caso dela, é o único jeito.

- O que ele vai fazer? - Pergunto assustada.

-Calma. - O Winchester diz. - Ele precisa olhar o que você já viu, ver o que você já passou e que talvez não se lembre. Ele precisa checar sua alma.

Que coisa sinistra, alguém vai invadir a minha alma! Antes de amarrar minha mãos e meus pés à uma cadeira, pedem para abrir minha camisa. Isso iria parecer pervertido de viesse de Dean, mas como foi o anjo que pediu fiquei um pouco menos desconfortável. Sam coloca cuidadosamente uma amarra em minha boca e acaricia meus cabelos.

Cas arregaça as mangas de seu sobretudo e se ajoelha na minha frente. Ele começa a introduzir uma de suas mãos perto do meu estômago, coisa que dói muito. Se não fosse essa amarra na minha boca, acho que na esquina ouviriam meus gritos. Antes de fechar meus olhos por causa da dor, vejo os irmãos agoniados. 

A televisão liga e desliga a todo instante, as luzes acendem e apagam, escuto uma barulho irritante de apito e sinto minhas mãos queimando. Na hora que a dor começa a enfraquecer, abro os olhos. Ao meu lado está Castiel e a minha frente uma menininha brincando em um quintal.

- Aquela é você. - Diz o anjo.

Continuamos a observar. De repente, um passarinho pousa próximo a menina e escutamos um sussurro "devore-o, devore-o". Ela sorrateiramente se aproxima e pega o pássaro violentamente. Seus olhos ficam brancos, e em seguida, ela devora o pássaro. Estou chocada, não me lembro de nada disso.

- Essa voz deve ser a tal influência. As lembranças mais obscuras foram apagadas por ele. - Diz Cas apontando para um homem um pouco distante de nos. - Ele é o anjo que deve ter te protegido todo esse tempo. Por isso não te acharam até agora.

- Mas se ele estava me protegendo, o que houve para ele parar?

- Devem ter mandado ele parar, ou então... - Castiel não continua a fala. Acho que entendo sua interrupção, ele foi morto.

Num piscar de olhos, estamos em outro cenário, na minha antiga escola. O eu adolescente está no corredor e um pouco mais longe, aquele anjo. Os outros jovens me encarando e riem, um menino passa e derruba meus livros. "Eu" pareço enfurecida e fico o encarando. Aquele sussurro diz novamente: "Faça-o pagar!". O menino começa a tossir e cuspir sangue, em seguida ele cai, morto. E "eu" estou rindo.

Em outro piscar de olhos, aparece outra lembrança, porém essa eu me recordo. Estou em um carro com um namorado da escola, melhor não entrar em detalhes sobre o que acontece em seguida. Castiel me olha e devo estar muito corada, pois estou morrendo de vergonha.

- Desculpa a invasão. - Ele diz corado.

Vimos vários atos maldosos que eu cometi, me sinto péssima por isso, realmente detestei me ver fazendo coisas tão horríveis. Torturei algumas pessoas, inclusive meu antigo namorado e sua família. Os matei e provei seus sangue. Cas parece sentir a mesma angustia e culpa que estou sentindo no momento.

- Não é sua culpa. Você é inocente. Apenas está sendo usada por essa voz do mal.

Isso não adianta muito, sei que fui eu que fiz. A culpa é minha. O anjo toca meu ombro e então voltamos para o quarto de hotel novamente. Sam e Dean ainda estão em pé, olhando algumas coisas que foram quebradas. Em minha frente, Castiel retira a mão de meu ventre e em seguida, cura o buraco que se formou em minha barriga, causando uma cicatriz na minha pele.

Dean lhe dá um pano para limpar o sangue em suas mãos. Sam me desamarra e eu me levanto. A cadeira em que eu estava sentada, está carbonizada. Contamos aos irmãos o que vimos e sobre a voz maligna. O anjo parece fraco, mas desaparece. Ficou um clima bastante pesado, estou me sentido como um demônio sujo.

- Me desculpem, mas preciso ficar um pouco sozinha. - Digo engolindo o choro e saindo. Vou até o estacionamento do hotel e me escondo em um poste. Mais uma das vantagens da minha vida, descobrir que sou um monstro. Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Os Winchesters acham que não estou sentido eles me espionando pela janela do quarto, ainda há muitos poderes que nem conheço. Eu olho para eles diretamente, e eles disfarçam apontando para ao carro, provavelmente fingindo que estão conversando sobre ele. Coisa que me faz rir um pouco.

Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora