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Não consigo acreditar no que acabo de ouvir

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Não consigo acreditar no que acabo de ouvir. Meu pai é um anjo? Eu o vi sangrando com a garganta cortada em sua cama. Como isso é possível? Todos ficam se entreolhando por um tempo e Sam diz:

- O homem que foi morto junto com a mãe dela, não é o pai biológico, certo? - Logo Castiel faz um sinal de negação com a cabeça, respondendo a pergunta. - Então, onde está o pai anjo?

- E mais uma coisa, ela é humana ou anjo? - Dean faz outra pergunta.

- Ninguém sabe quem é ele ou onde ele está. - O anjo diz e faz uma pausa quase que dramática. - Ela é humana e morre como uma, por isso temos que protegê-la. A exceção, é que ela possui sangue de anjo correndo em suas veias, por isso os dons que tem. - Castiel diz antes de sumir. 

Já ouvi o bastante e decido voltar para o quarto antes que me descubram. Não consigo parar de pensar sobre tudo isso, queria poder fechar os olhos e descansar, mas não consigo, é muita informação para ser processada de uma só vez. Viro de um lado para o outro na cama, esperando que o dia logo amanheça.

(...)

Através dos jornais nas janelas percebo a luz do dia. Me levanto e desço até a sala. Dean está praticamente desmaiado no sofá, Bobby está dormindo com a cabeça no meio de vários livros e Sam está acordado mexendo no computador.

- Você não dormiu? - Perguntei gentilmente me aproximando do rapaz.

- Muitas vezes eu não consigo. - Sentei na cadeira que estava de frente a ele.

- Me desculpe pela grosseria de ontem. – Disse um pouco envergonhada.

- Tudo bem, nem foi tão rude assim. - Sam disse enquanto desligava o computador. - Você quer um café? - Confirmei com a cabeça. Ele escreveu um recado, deixou próximo a Dean e fomos até o Impala. 

Depois de alguns minutos, paramos numa cafeteira perto da casa, porém ele me fez esperar no carro igual a uma criança. Fico encarando ao estabelecimento e esse lugar me fez lembrar da antiga lanchonete em que eu trabalhava. Ele foi bem rápido, no máximo 5 minutos, e já voltou com dois cafés. 

Estávamos do lado de fora do carro, sentados no meio fio da rua, enquanto tomávamos os primeiros goles em silêncio, até ele decidir falar. Ele não falou nado sobre o assunto família, o que foi uma coisa boa, pois só de pensar já sinto lágrimas em meus olhos. Ele falou sobre situações engraçadas que já passou ao lado de seu irmão e de Castiel, coisa que me faz rir e esquecer, momentaneamente, que estou bem ferrada.

- Bom, vou comprar tortas e bebidas, quer ir junto? - Pergunta ele meio sem jeito.

- Claro!

Depois de um tempo, compramos tudo e estamos indo em direção ao carro para podermos retomar a casa de Bobby. Enquanto Sam coloca as sacolas no porta malas do carro, olho distraidamente para a rua na minha frente e logo avisto um homem se aproximando. A cada passo, ele se aproximava mais de nos e quando estava perto o suficiente, pude ver que ele possuía olhos negros como a escuridão. Um demônio!

- Cuidado, Sam! -Grito, apontando na direção do homem.

No mesmo segundo em que disse isso, o demônio estende seu braço direito jogando Sam para longe do carro, vindo em minha direção em seguida. O que eu faço?! Quando me viro para correr, há outro demônio bem atrás de mim.

-Achou que estava livre? - O demônio que estava atrás de mim disse enquanto soltava uma risada maléfica.

Sinto algo no meu coração, uma grande queimação se espalhando como chamas em um incêndio. Estiquei minha mão próxima ao demônio e fechei meus olhos, imaginando o mesmo morto no chão e quando os abri, para a minha surpresa, ele estava caído no chão.

Me viro novamente tentando localizar Sam. Ele estava lutando com o primeiro demônio e acaba dando uma facada no meio de seu coração. Em seguida, entramos no carro e rapidamente saímos dali. O clima estava tenso e permanecemos em silêncio quase o caminho todo.

- Como você fez aquilo? - Ele pergunta abismado.

- Eu não sei.

Logo veio em minha mente Castiel falando que sou uma humana com sangue e poderes de anjo. Sam provavelmente se lembrou disso também, pois não falou mais nada desde então. Depois de alguns minutos, finalmente chegamos. Dean estava assistindo algum programa na televisão e Bobby ainda nos livros. O mais alto solta a torta na frente do irmão, que logo fica alegre e diz olhando para mim:

- Você sabe que temos que voltar na sua antiga casa?

- Mas por que? - Acho que deu para perceber o pavor através de meus olhos. Voltar ao local onde foi tirado o meu bem mais precioso em todo o mundo me deixa apavorada.

- Para comunicar a polícia sobre você sabe, seus pais, e pegar suas coisas.

Blessing or Curse? (A Supernatural fanfiction) *REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora