Capítulo 13

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Eu estava literalmente fodida.

Minha cabeça estava girando. Eu enxergava tudo rodando. Caminhava sem rumo. Minha sorte era a cidade em peso estar na festa, e eu aqui no meio da rua bêbada.

Não me culpe.

Eu estava fraca para bebidas hoje.

Cambaleei quando resolvi virar a garrafa. Bebi mais, e mais.

O líquido não queimava minha garganta mais. Eu estava anestesiada. Não sentia nada.

Na verdade, eu sentia raiva. Muita raiva. Queria bater em alguém em especial. Queria xingar. Queria gritar.

Comecei a escutar buzina atrás de mim. Ignorei.

Ouvi o som de um carro acelerar e parou bruscamente ao meu lado.

Olhei com raiva ao saber quem era.

-Por Deus! Qual a merda do seu problema? Vai ficar me seguindo agora, porra? – eu praticamente gritei enquanto Cadu saia do carro e vinha em minha direção.

-Eu que te pergunto. Por que está bêbada na rua?

-Não te interessa. Se eu quiser beber eu vou. Quem é você para opinar em algo, em?! – empurrei seu peito para longe de mim e cambaleei.

-Olha só como você está! – ele segurou no meu braço e me ajudou e retomar meu equilíbrio.

Olhei para seu rosto e franzi o cenho.

Senti meu estomago embrulhar. Me afastei dele mais e comecei a sentir que meu estomago estava ficando mais embrulhado.

-Acho que vou...

Não consegui nem falar mais nada. Abaixei a cabeça e vomitei. Cadu veio correndo até mim e segurou minha cabeça, ele apoiava uma mão em minhas costas e a outra ajudava a segurar meus cabelos.

Merda.

Aqui estou eu pagando um puta mico na frente dele.

Apoiei minhas mãos em meu joelho e choraminguei.

-Eu estou nojenta... Não precisa ver isso...

Cadu me ajudou a me erguer e me encostou no carro dele. Ele ficou de frente a mim e pegou do seu bolso um lenço de papel. Passou o lenço nos meus lábios e continuava com o semblante preocupado.

-Vou te levar para casa!

Arregalei os olhos.

Ele abriu a porta do carro e me ajudou a entrar. Eu ri quando ele pôs a mão em minhas pernas e ajudou a tirar meu sapato.

-Você podia fazer isso mais vezes sabe...

Ele estava praticamente ajoelhado a minha frente. Sua cara era de confusão.

-O que?

-Me tocar mais... – sorri abertamente e encostei a cabeça no banco.

Ele suspirou pesadamente e se levantou fechando a porta do carro.

Quando ele veio para o lado do motorista, encostei a cabeça no vidro e suspirei.

-Vou até para o inferno, mas não para minha casa.

Minha cabeça ainda girava. Fechei os olhos e me deixei levar pelo cansaço.

○•○

-Elize?

Resmunguei com as tentativas de me acordarem. Senti uma mão tocar meu rosto.

-Acorda!

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