Capítulo 34.

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Leia o recado no final. É importante.

×  ×  ×

Durante muito tempo Finn agiu de um jeito esquisito. Ele não era mais o mesmo. Não sorria mais, não conversava muito, ele apenas ficava junto comigo o tempo todo, e ele sempre me beijava e pegava nas minhas mãos, o tempo todo.

E eu ainda sentia medo.

Ele havia me contado que foi ver Kelly, outra vez. Ele disse que ela o acalmava, e eu me senti mal. Eu não o acalmava? Eu achava que sim, mas eu notei que não.

Mas eu não disse nada quando ele disse aquilo. Eu apenas disse que estava tudo bem.

E eu não via meu pai há um tempo, mas ele me ligou em uma tarde dizendo que me amava demais, e pediu desculpas por tudo aquilo. Afinal, só queria me proteger. E eu desculpei, desculpei porque o amava, e ele era meu pai. Você deve achar que isso é bobeira, porque o motivo nem foi tão grave assim. Mas pra mim foi. Ele estava me proibindo de ficar longe da minha pessoa preferida no mundo, e isso é uma das piores coisas que alguém pode fazer.

-Madeline? - Era mamãe.

Ela descia as escadas, olhando pela casa escura, com apenas a luz da escada acesa, que ela tinha acabado de acender.

-Eu tô aqui. - Eu disse, tirando um dos fones de ouvido.

-Tudo bem, meu amor? Já são três da manhã. - Ela perguntou, ajeitando o roupão vermelho que ela usava em cima da camisola.

-Ah... É, eu sei. - Eu disse, me ajeitando no sofá.

Ela se sentou ao meu lado. A luz iluminava o suficiente pra que desse pra perceber que eu estava prestes a chorar, e ela percebeu.

-O que tem tirado o seu sono? Finn? - Ela perguntou, calma, se ajeitando no sofá, ficando de frente pra mim.

-Eu já contei tudo pra você, e você sabe o que acontece, e eu não quero falar tudo de novo. - Eu disse, sem chorar.

-Eu já te disse que chorar e colocar tudo que você quer pra fora faz bem?

-Milhares de vezes, mãe. - Eu disse, sorrindo.

-Então faça isso. - Ela disse, apoiando seu rosto em sua mão. -Ele tem dito o que quer fazer?

-E o que você acha que ele quer fazer?

-Eu não acho nada, é ele quem sabe. - Ela disse. -Ele pode mentir pra qualquer um, sobre qualquer coisa, meu bem.

E naquele momento, eu pude perceber que minha mãe não era tão calma quanto parecia. Eu podia enxergar dor por trás dos seus olhos, e eu pude perceber que ela sofria junto com todos os seus pacientes. As olheiras eram porque não dormia, às vezes, pensando que seu telefone poderia tocar a qualquer momento, dizendo que um paciente seu havia atirado em sua própria cabeça. E eu fiquei muito tempo olhando nos seus olhos.

-Como consegue? - Eu perguntei, fazendo surgir uma expressão de confusão eu seu rosto. -Como consegue fazer isso? Deixar com que sua dor não apareça?

-Eu não escondo as minhas dores, elas apenas não atingem tanto á mim.

-Isso é mentira, mãe. Eu posso ver nos seus olhos uma dor enorme, eu sei que posso. - Eu disse. -Como pode sofrer, enquanto ajuda pessoas sofrendo?

-Todos nós temos fases tristes, em alguma parte das nossas vidas.

-Mas você não deveria... - Eu disse. -Pelo menos, eu acho que não.

-Eu sou humana, meu amor. - Ela disse. -Como você, como Finn. E vocês tem fases ruins, como eu.

×  ×  ×

Oi, gente, tudo bem?

Ontem eu postei uns quatro capítulos (se eu não me engano), e à uma razão pra isso.

Vocês sabem que eu não tenho dias de postar aqui, mas eu tenho postado todos os dias, como eu queria. Mas eu vou ficar uns dias sem escrever, mais ou menos essa semana toda que vai vir, porque eu vou entrar em semana de testes na escola, e alguns professores também passaram milhares de trabalhos.

Então eu aproveitei a postei todos os capítulos que eu tinha aqui, só pra vocês 😊😊

Então é isso... Até sexta que vem 💜

(Me conta o que que cê tá achando da fic 💜💜)

I should hate you. 🌼 Finn Wolfhard. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora