Capítulo sete

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Amores e Amoras!!! Demorei bastante, mas voltei com esse capítulo que está cheio de surpresas e cenas fofas, por favor, comentem e curtam. Beijocas da Maii!

#SamDu

Sam se sentia estranhamente confortável ao lado de Eduardo que mesmo com seu jeito sério e comedido de ser lhe deixava a vontade, não a repreendia por ser expontânea e gargalhar alto e estranho durante o filme de comédia que eles escolheram para assistir. Eduardo sorriu escondido durante todo o filme não apenas porque o filme era bem divertido, mas principalmente porque estava fascinado pelo sorriso de Samara e por sua risada estranhamente encantadora e contagiante.

-O que foi?  -Ela perguntou ao notar que ele a encarava enquanto saiam da sala do cinema.

-Nada, você é leve! -Ele falou esboçando um pequeno sorriso.

-Bom, não acho que essa seja uma frase que me defina. -Ela falou sorrindo.

-Não deveria ligar muito para o seu corpo, você é linda! -Ele falou ainda sério. -Mas estava falando do seu estado de espírito, você me traz leveza e mesmo sendo agitada consegue me trazer calmaria.

-Eu agradeço por me ver dessa forma, normalmente as pessoas só enxergam o meu lado desastrado.

-Não que ele seja pequeno, mas acho que suas outras formas compensam isso.

-Você é bom com as palavras, deveria falar mais.

-Não sei se posso, acabo sendo sincero demais e machucando as pessoas.

-Eu gosto de sinceridade. -Ela falou o desafiando.

-Que tal um milkshake? -Ele Falou desconversando.

-Você vai pagar? -Ela falou divertida.

-Eu fiz o convite não foi? -Ele a questionou com um pequeno sorriso.

***
Três meses depois

Sam estava em casa depois que chegou do trabalho não tinha culto e ela já tinha adiantado todas as atividades da faculdade daquela semana. Analu e Rodrigo tinham ido jantar fora e ela estava jogada no sofá da sala assistindo um programa de culinária na Tv quando seu telefone tocou.

-Samara! -A voz de Milly do outro lado da linha era desesperada e nesse momento ela sentiu seu coração apertar.

-Milly aconteceu alguma coisa?

-Você pode vim aqui em casa? -Ela falou quase implorando.

-Cadê o Edu? Aconteceu alguma coisa com ele?

-Ele brigou com o papai e está irredutível. -Ela deu uma pausa, sua voz estava embargada. -Eu e Vivi já tentamos de tudo, mas ele não quer sair do quarto e...

-Eu estou indo para aí. -Sam falou desligando o celular.

Ela vestiu uma calça jeans velha e uma camisa preta de algodão, calçou seus chinelos  mais novos e nem se importou de prender os cachos que estavam caindo pelo rosto enquanto ela corria para o aponto de ônibus.

Ela sabia que o relacionamento de Eduardo com os pais não era dos melhores, sabia que ao contrário do que 99% dos pais gostariam, os pais de Eduardo não aprovavam o fato dele fazer medicina, havia um segredo nisso tudo, mas ela não sabia.

Pegou um ônibus e soltou na entrada do condomínio onde ele morava. Sua entrada tinha sido autorizada por Milly então ela praticamente passou voando pela portaria e logo já estava na porta do apartamento apertando a campainha.

-Graças a Deus! Estamos achando que...-Milly não conseguiu completar a frase antes que lágrimas grossas molhassem seu rosto.

-Ele já tentou uma vez e tememos que...-Vivi tentou terminar, mas Sam a interrompeu.

-Onde é o quarto dele?

-O último do corredor.

Sam caminhou a passos longos e logo encostou a cabeça na porta do quarto de Eduardo.

-Edu? -Ela chamou por ele. -Edu, eu...nós estamos preocupadas com você, não acha que eu precisamos conversar?

Eduardo do outro lado da porta sentiu seu coração acelerado ao ouvir a voz de Samara, mas não respondeu.

-Por favor, Edu! Eu vim do outro lado da cidade praticamente voando para te ver, eu estou preocupada com você e se não abrir a porta eu juro que eu vou ligar para os bombeiros.

Eduardo sorriu com a chantagem boba que ela fez , mas levantou e abriu a porta fazendo-a praticamente cair sobre ele, pois estava apoiada na porta.

-Podia pelo menos avisar! -Ela reclamou quando conseguiu se equilibrar.

-Não precisa chamar os bombeiros. -Ele falou sorrindo de lado. O quarto estava completamente revirado.

Sam não respondeu nada apenas o abraçou deixando-o surpreso ela não tinha mania de fazer isso como sua irmã e Vivi, ele podia jurar que aquele era o primeiro abraço que ela lhe dava e se sentiu confortável ao ter aquela pequena jovem rechonchuda em seus braços.

-Que bom que está bem! -Ela falou baixinho depois que se afastou.

-Eu não estou bem! -Ele falou virando-se em direção a cama.

-O que aconteceu? -Ela se sentou ao lado dele.

-Vem aqui! -Ele a puxou para mais perto e abraçou fazendo com que a cabeça dela ficasse sobre seu peito .

-Edu...

-Ele me odeia.

-Ele é seu pai, ele não te odeia.

-Ele me odeia sim, exatamente porque ele não é o meu pai.

-O que está tentando dizer Eduardo? -Ela falou o encarando.

-Meus pais se conheceram quando a minha mãe estava grávida de seis meses de mim, ela estava sozinha comigo, tinha sido abandonada pela família e...Ele se ofereceu para cuidar dela e ela aceitou porque estava sozinha no mundo com um filho para criar, mas quando eu nasci ele quis que ela me desse em adoção, mas ela não quis e assim eles ficaram separado por alguns meses até que ele decidiu aceitá-la comigo junto e um anos e pouco depois o Caio nasceu. -Ele falou sério.

-Por isso vocês brigaram hoje? -Ela questionou tentando assimilar aquela novidade.

-Não! Ele quer que eu tranque a minha faculdade e vá trabalha na empresa dele.

-Como assim? Porque?

-Eu descobri que meu pai biológico era médico e faleceu algumas semana antes de minha mãe descobrir a gravidez. Então eu decidi que deveria fazer medicina para de alguma forma está ligado à ele.

-E seu pai não gosta nada disso.

-Exatamente, ele queria que eu fizesse engenharia para assumir a construtora, mas eu amo o que eu escolhi, eu amo medicina e eu não me vejo trocando salvar vidas para construir prédios.

-Que complicado, Edu! Mas porque ele quer que você largue tudo agora, você está tá próximo de concluir o curso.

-Ele me odeia Sam, ele quer que eu perca tudo que eu amo, foi assim com tudo que eu gostava de fazer ele simplesmente me tirou tudo.

-Eu sinto muito Edu! -Ela se aninhou a ele e beijou a mão dele que estava segurando.

Continua...

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