Capítulo Dezenove

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8 meses antes

Samara não era uma garota muito convencional, por mais romântica que ela fosse e por mais fofa que ela pudesse parecer ela não gostava muito de abraços, apertos e carinhos exagerados.

Estava na sala assistindo um drama com o namorado, que ao contrário dela demonstrava ser super grosso e insensível, mas era um romântico incurável, que gostava de beijos e abraços o tempo todo e que não abria mão de segurar a mão dela quando saiam coisa que ela só fazia por insistência dele.

-Você ainda não conhece minha avó não é?

"Não, mas se for tão receptiva quanto seu pai prefiro não conhecer"  ela formulou a resposta, mas preferiu não dizer daquela forma.

-Não, quando vai me levar lá?

-Vamos marcar um dia desses. -Ele falou abraçando a namorada e beijando seu rosto.

-Já falei que não precisa ficar me apertando toda hora.

-É só uma abraço amor, eu gosto de te ter assim pertinho de mim. -Falou a apertando mais.

-Eu não gosto. -Falou tentando tirar as mãos dele.

Ela não podia dizer que não se sentia segura dentro do abraço do namorado, mas não precisava do abraço dele toda hora, era algo sufocante que lhe deixava irritada.

-Tudo bem minha ogra! -Falou sorrindo enquanto soltava ela. -Eu te amo namorada  insensível.

-Eu não sou insensível só não preciso que fique grudado em mim isso é chato e eu não gosto

-Eu deveria ficar chateado com isso. -Falou a encarando.

-Mas não vai ficar, porque eu sou uma namorada maravilhosa e você me amava.

-Amo mesmo! -Falou lhe dando um selinho. -Tenho que ir, reunião da empresa.

-Em pleno sábado?

-Sim, infelizmente! Mas vou te recompensar com um jantar.

-Sendo assim eu aceito ser abandonada. -Falou sorrindo.

-Tchau namorada abandonada, te pego as 19:00. -Falou sorrindo depois de beijar sua testa em despedida.

***

Samara estava no meio de uma aula importante, mas não conseguia parar de pensar em Eduardo e em momentos que eles haviam vivido, no quanto ela sentia saudade de rir com ele das coisas mais sem sentidos que existiam, de comer gordices, de passear e principalmente do abraço dele, do carinho que fazia em sua mão com a ponta dos dedos, de como ele beijava sua nuca de repente e de como ele a beijava apaixonado como se não houvesse mais ninguém no mundo além deles dois. Ela sentia saudade de seu cavalheirismo, de seu cuidado e de como se sentia amada por ele. Naquele momento ela não queria muita coisa só um abraço apertado.

-Sam! Samara! - Isa estava parada em sua frente.

-Oi, o que está fazendo aqui?.

-Sua aula já acabou a dez minutos,  estava indo para o refeitório quando uma colega de classe sua me avisou que você estava parecendo meio perdida na sala.

-Eu não consigo parar de pensar no Eduardo, não consigo não ficar formulando milhares de  planos para ir atrás dele.

-Eu sinto muito por vocês, mas com certeza ele não iria querer te ver nesse estado, então é melhor você tratar de esquecer o cara ou ir atrás dele de vez.

Sam não tinha nada a dizer, apenas pegou seus materiais e saiu da sala sendo acompanhada pela amiga.

-Caio! -Sam falou enquanto encarava o irmão de seu ex-namorado vindo em sua direção.

-O quê? Quem é Caio? -Isa perguntou.

-Sam! Meu Deus! Que bom que te achei! -Ele falou abraçando de surpresa.

-Você está bem! -Falou a afastando e encarando para ver se tinha algo de errado.

-Eu estou bem, o que faz aqui?

-Viemos atrás de você! -Ele falou com um sorriso no rosto.

Isa estava entre eles sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo ali.

-Quem veio com você? -Ela questionou com o coração acelerado.

-Vivi e Edu!

-Meu Deus! -Isa falou sorrindo. -O Edu dela está aqui? -Perguntou encarando Caio.

-Desculpe, eu sou Caio! -Falou estendendo a mão para ela. -E sim, o Edu dela está em algum canto desse lugar feito um louco procurando por ela.

-Ual! -Isa falou surpresa. -Isabela amiga dessa moça ! -Falou segurando Sam pelos ombros sentindo que ela estava prestes a desabar.

-Sam! -Uma loira veio correndo e abraçou a moça. -Graças a Deus te achamos.

-Vivi, Caio... Eu preciso ir. -Falou se soltando do abraço e correndo para fora do departamento.

As lágrimas jorava por seus olhos e seu coração parecia uma bateria tocando em seu peito, a alegria de saber que ele estava ali se misturava com a dor de saber que não poderiam estar juntos novamente. Correndo o máximo que podia mesmo que sem rumo, ela acabou se batendo e quase caindo no chão quando foi amparada por braços fortes.

-Sam! -A voz grave fez seu coração falhar uma batida e um pequeno sorriso involuntário surgir em seus lábios

Continua...

O garoto da lista Onde histórias criam vida. Descubra agora