Abie Perigosa

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Estava deitada na cama pensando em como conseguir uma arma.

Se eu estivesse no Canadá isso seria muito fácil.

Mamãe guardava as coisas de Dony no quarto dele e ele, secretamente tinha uma arma que foi disponibilizada pela Marinha Canadense. Ele nem sabia que eu tinha ciência dessa arma.

Olhei no relógio que marcava uma da manhã. Fui até o pé da escada e na sala só estava um policial. Andei de um lado pro outro bolando um plano.

Desci as escadas tentando não ter um infarto. O que eu estava prestes a fazer era uma merda muito grande.

Eu teria que prestar contas à com a polícia quando voltasse e prestaria contas com Deus também.

-Boa noite policial.-Li seu nome na farda.-Charlie Punth. Onde estão os outros policiais e o meu marido?- Mordi a língua para conter o meu riso. Eu havia me tornado uma atriz muito boa.

-Eles foram na delegacia mas pela hora já devem estar voltando senhora Mendes.-Eu já sabia que eles foram pra delegacia.

-O senhor gostaria de água, café?-Perguntei indo pra cozinha.

-Um café não seria nada mal.

Esquentei o café o mais quente que pude.

Coragem Abigail, pelo menos uma vez na vida. Pelo seus filhos.

Segurei as duas xícaras de café muitíssimo quentes e me dirigi a sala.

-Aqui estão policial Charlie.-Fingi tropeçar e derramei café na sua perna onde estava a pistola dele.

Ele gemeu de dor e de levantou rapidamente.

-Cacete, como esse café está quente.-Ele falou alto jogando a pistola em cima da mesa de cento.

-Perdão policial Punth.-Ele passou a mão nos cabelos.-Eu posso limpar.

-Não. Eu posso limpar isso senhora Mendes. Eu vou aí banheiro com licença.- Ele saiu cordialmente.

Esperei escutar a porta sendo trancada. Peguei a pistola que estava em cima da mesa e vi se estava carregada. Seis balas.

Gostaria de não ter de usar nenhuma dela porque eu não sei atirar.

Peguei a mochila que Shawn havia trago e tirei tudo o que tinha dentro. Coloquei Um dinheiro que eu havia trago e algumas coisas que eu achei que fosse necessário. Coloquei a arma e o meu celular.

Sai correndo e peguei a chave do carro da casa. Escutei passos na parte de cima e sai correndo para a garagem. Liguei o carro preto e agradeci por ele ser preto. Maioria dos carros em Londres eram pretos.

Virei a esquina da rua onde a casa estava e procurei por algum rastreador que pudesse ter.

Que ótimo, não havia nenhum.

Prendi os cabelos em rabo de cavalo baixo e coloquei um óculos de sol.

Eu não podia cometer nenhuma infração de trânsito, poderia ser descoberta e eu não voltaria pra casa sem os meus filhos.

Meu primeiro destino certamente era procurar no lugar onde eles foram vistos pela primeira vez. Parei o carro em frente à floricultura que ficava em frente ao semáforo.

-Posso ajudá-la querida?-A senhora que testemunha devia de ter quase oitenta anos e já tinha cabelos grisalhos.

-Meu nome é Abigail e eu sou mãe das crianças desaparecidas.-Apontei para o cartaz que estava na parede perto do balcão.-A senhora testemunhou aquele carro não foi?

A Aposta - 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora