Nove

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No decorrer da semana Emily me fez ir ao médico e a polícia. Toda essa agitação me deixou longe do trabalho, e eu passava a maior parte do tempo no meu apartamento. Emily vinha se more depois do trabalho, mas nunca me deixava sair sozinho por medo de algo me acontecer outra vez. Até que uma tarde qualquer decidi ligar para Hanna, já que ela tinha sumido depois que Emily falou um monte. Ela não atendeu, mas apenas consegui uma resposta da mãe dela que me deu o endereço do ateliê onde ela trabalha. Decidi ir até lá para ao menos pedir desculpas por tudo que ela havia escutado. Chegando lá, a porta estava aberta, então entrei sem chamar. No corredor até a sala dela, dava para escutar uma voz masculina falando de forma mansa com ela, era manso até demais. Não demorou muito para que eu entendesse que eles estavam em um clima amoroso, e o pior, a voz não me era estranha. Na real, a voz era bem parecida com a voz de um dos homens que havia me batido dias atrás. Eu entro na sala sem pensar duas vezes e estavam os dois se beijando.

- O que significa isso? - digo nervoso. Hanna e o tal cara se assustaram comigo ali.
- Como foi que chegou aqui? - pergunta Hanna.
- Não importa, o que significa isso? Você e esse cara. Ele foi quem causou isso! - digo mostrando parte dos machucados.
- Então queridão, sabe aquele beijo que você fez ela assistir? Pois bem, ela mandou corrigir esse erro. A surra era pra aquela gostosa que tava com você, mas como ela foi embora rápido, foi em você mesmo. - Hanna fica sem reação e eu mais ainda. Saio e me deparo com Emily esperando na frente do meu carro.

- O que faz aqui? - pergunto sem entender.
- Estava indo para o seu apartamento, e te vi saindo. Quis ver até onde você ia, e olha onde você veio parar. Atrás da vagabunda que eu disse que queria você longe!
- Emily, você não manda em mim. E como sabia que ela não era confiável? - Vamos embora, te explico quando chegar. - entro no carro e saio em direção ao meu apartamento, Emily vem logo atrás. Chego ao meu apartamento impaciente querendo saber o que realmente estava acontecendo.

- E aí, vai me contar o que ta rolando ou eu vou ter que descobrir sozinho de novo? - digo nervoso quando Emily entra.
- Calma! - ela diz fechando a porta - senta pra gente conversar. - me sento e fico olhando-a esperando uma explicação - Eu já tinha visto sua amiga com um dos caras que te bateu naquela noite. Foi por isso que eu queria você longe dela.
- E por que não me disse isso antes?
- Por que eu não tinha certeza.
- Ah, e eu fiquei aqui igual a um babaca sem saber nada!?
- Eu só queria te proteger.
- Me proteger? Como me proteger se... - ela me cala com um beijo. Depois disso eu já não queria mais saber de brigar ou tentar entender o que estava acontecendo. Sentir ela dessa vez foi diferente, não se tratava mais de um jogo, era algo mais pessoal agora. Sua boca passando pelo meu pescoço, suas mão passando por todo meu corpo. Dessa vez, essa noite foi diferente.

- Eu te quero pra mim... - sussurra Emily. Sorrio e a beijo. A cada toque em seu corpo, era uma reação que mexia mais ainda comigo.

Emily:

Dessa vez parece que Spencer me fisgou de vez. A cada gesto, a cada beijo ele me tem mais ainda. Eu viveria bem com aquele sorriso, aquele abraço, aquele beijo. Será que estou delirando? Ter ele aqui no lado da cama, é algo que eu jamais imaginaria lá no início e essa hipótese não me parece ruim.

Jogando com Minha ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora