Dezoito

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Spencer:

Emily parecia frágil, quase indefesa. Toda essa distância que eu coloquei entre a gente, aparentemente fez mal a nós dois, porém, ela parece ter se abatido mais. Ela acabou adormecendo agarrada comigo, de certo modo, estar com ela é algo no qual me faz bem, me faz sentir vivo. A pego no colo e a coloco na cama, enquanto ela dorme, fui ler os tais papéis que ela tanto estava dando atenção. Neles estavam parte das dividas que ela tinha, o banco estava prestes a tomar o apartamento dela. Pelo pouco que vi, ela anda gastando bastante com bebida e isso me parece ter saído do controle. Dou alguns telefonemas e em uma hora, parte daquelas cobranças já não existiam mais. Me sento à beira da cama e a observo dormir, tudo que consigo pensar é em como eu senti saudade, e em como ela ficou mal. Talvez o que aconteceu já não tenha mais nenhum tipo de importância, talvez nem seja mais uma cicatriz aberta. Ela desperta e fica me olhando em silêncio por alguns minutos, eu a olho de volta. Aquela antiga vontade de beija-la toda vez que eu a olhava já estava ali, gritando dentro de mim. Ela se senta e me olha como olhava quando queria alguma coisa, eu não sabia mais como fazer para não beija-la.

- Você está bem? - ela pergunta.
- Estou sim, por que não estaria?
- Você está vermelho! - dou uma mini engasgada e desvio o olhar.
- Deve ser alguma reação alérgica, ou algo do tipo, sei lá. - digo e me levanto indo em direção ao banheiro, jogo um pouco de água no rosto e encosto na parede enquanto me olho no espelho, Emily vem atrás de mim e para na minha frente, me olha e em meio a um sorriso ela chega seu rosto bem próximo ao meu.

- O que foi? Eu te deixo nervoso? - ela diz com os lábios tocando os meus. Eu conseguia sentir sua respiração.
- Não, nenhum pouco! - digo tentando controlar minhas vontades.
- Não parece! - ela vai descendo uma de suas mãos até minha bermuda, na qual ela puxa para si, colando ainda mais nossos corpos. Meu sangue parecia ferver, minha cabeça era uma enorme confusão porque eu queria matar toda a saudade que estava sentindo dela, mas ainda tinha a Larissa que apesar dela ter me expulsado, a gente criou um meio sentimento, ou algo do tipo. - O que houve com você? Não sente mais vontade de me beijar? - ela sussurra com seus lábios no meu pescoço, logo em seguida solta um beijo no mesmo e por consequência, sobe um arrepio por todo o corpo. Eu suava frio, e sem pensar mais em nada, eu a beijo. Um beijo com saudade, com vontade. Todo seu corpo parecia se acender com cada toque meu, meu corpo pulsava com cada toque dela. Por um instante ela se afasta e me olha com um ar provocador que só ela sabe fazer, ela sai do banheiro em direção a cama. No meio do caminho ela tira a blusa que estava vestindo e a joga em minha direção. Eu de imediato vou atrás dela. Nossos corpos estavam pegando fogo, a cada beijo, a cada toque era uma sensação diferente que parecia que a saudade que eu senti era ainda maior do que eu imaginava. A cada beijo que eu fui distribuindo pelo corpo de Emily era um suspiro, quando desci minha mão até sua intimidade e a toquei, ela soltou um gemido bem perto do meu ouvido. Ela me apertava e arranhava com toda a vontade que possuía. E apesar de ser um tanto doloroso, eu senti saudade até mesmo disso.

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