Emily:
Volto para meu apartamento com a cabeça cheia, não sabia o que pensar. Toda uma vida eu tive apagada da memória e minha própria mãe fez questão de deixar tudo apagado. Aquela foto me traz uma sensação tão boa, ele é bem bonito por sinal. Ao chegar ao meu apartamento, vou direto para meu quarto e reviro todo o guarda-roupa, até que encontrei uma caixa com algumas fotos, havia alguns desenhos que provavelmente eram dele, pois eu sou uma negação para desenho, pelo menos sou agora. Nossas fotos me passavam boas sensações, eu parecia feliz, mais do que sou nesse momento. Havia também alguns recortes de jornais e revistas, todas com matérias produzidas por ele. Fiquei ali olhando tudo aquilo por um tempo que eu nem sei quanto foi, me perdi olhando tudo e me redescobrindo. Nisso acabei pegando no sono em meio as fotos, desenhos e cartas. Aparentemente minha vida mudou totalmente, eu realmente parecia amar o Spencer, tudo que eu preciso descobrir é o porque minha mãe fez um esforço todo para eu não saber da existência dele. E ao acordar pela manhã, é tudo que eu quero perguntar para minha mãe. Tomo um banho e decido ir até a casa dos meus pais, saio às pressas, não quero perder nenhum minuto.
Por onde passo tudo me parece nov de certo modo, nada é como antes. Chego na asa de meus pais e só encontro meu pai lá, minha mãe havia saído, certamente foi fazer algo fútil. passei a manhã e parte da tarde conversando com meu pai e ele acabou me dizendo tudo que sabia sobre Spencer, mesmo sendo pouco. Depois de toda a nossa conversa, resolvemos ir a um parque que tinha ali perto. Compramos um sorvete e sentamos em um banco sob a sombra de uma árvore. Olhando ao redor, dentre famílias correndo, fazendo um lanche, brincando com seus cachorros, eu vi alguém que me chamou muita atenção. Era Spencer com um sorvete na mão e um sorriso no rosto, meu pai logo levantou dizendo que precisava dar uma volta para esticar as pernas.
- Oi! Bom te ver. - diz Spencer sentando ao meu lado.
- Oi! Bom te ver também. - digo com um sorriso incontrolável no rosto. - vem sempre aqui?
- Não! Seu pai quem me convidou para tomar sorvete.
- Meu pai anda muito espertinho. - sorrimos e terminamos nossos respectivos sovertes. Falamos sobre tudo que ao mesmo tempo se resumia a nada, pelo menos não sobre nós dois. Fizemos uma caminhada até chegar a casa dos meus pais, onde meu carro estava. Isso fazia parte dos planos do meu pai, logo Spencer estava sem o carro dele. Me despedi de meu pai e peguei meu carro, levei Spencer até o apartamento dele, pelo caminho ele foi me contando como era um pouco do nosso convivio, ele me fez parecer uma carrasca em determinados momentos. Mas ele me fez sorrir quando me contou sobre o nosso primeiro beijo. Ele sorria enquanto contava e eu sem perceber, me perdia naquele sorriso. Ao chegar no prédio dele, mal tinha vontade de deixá-lo ir, as horas com ele pareciam voar, nem me dei conta do tempo que passamos juntos. Nos despedimos e ele foi prédio à dentro. Mal sumiu de minha vista e eu já me sentia com saudades! Fiquei alguns segundos parada ali ainda, até que então segui até meu apartamento, mas no meio do caminho eu me peguei pensando no quão lindo ele fica sorrindo. Paro no semáforo e decido dar uma olhada rápida no celular, assim que desbloqueio a tela havia uma mensagem dele.
"Foi bom te ver, sinto saudades. Se der, puder e quiser, apareça mais vezes. Vamos tomar outro sorvete!
Bjs, cuidado na volta para casa. <3"
Meu sorriso se formou instantâneamente, senti um frio na barriga que foi bom sentir. Um pouco mais a frente, peguei o retorno e fui direto para o apartamento dele. Com toda a minha. Coragem toquei a campainha e assim que ele abriu, me recebeu com um daqueles sorrisos maravilhosos dele. Sem dar tempo para mais nada, por impulso ou desejo mal controlado, eu praticamente pulo em cima dele e o beijo. Foi uma coisa difícil de explicar, eu sentia a saudade que ele estava sentindo, sentia a vontade, o desejo. Parece que meu corpo ficou esse tempo todo esperando o dia que chegasse esse momento. Depois do beijo, eu só consegui ficar ali parada na porta agarrada a ele.
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Jogando com Minha Chefe
Teen FictionQuando se tem um ego nas alturas, se é divertido brincar com o desejo e o prazer alheio. Mas isso pode acabar saindo do controle quando sentimentos entram em ação.