Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDO

✳Capítulo 7✳Reino da Floresta/Parte II/Choque de Realidade

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Sejam bem-vindos a mais um capítulo. Espero que vocês estejam gostando da fic. Amo muito vocês  ❤❤❤❤

Boa Leitura...

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O som das botas de Aranel contra o piso ficava cada vez mais alto a medida que avançava para dentro dos Salões do Rei. Legolas a guiou pelas pontes, corredores e escadarias, enquanto que seu peito pulsava a todo tempo. As mãos suavam frio e ela sentia-se nervosa, e todo aquele caminho parecia não ter fim. O palácio parecia ainda maior por dentro e cada detalhe rústico: medalhões de bronze e cornijas de metal escuro, davam um ar ainda mais misterioso e magnífico, ao mesmo tempo, àquele lugar. Havia guardas em cada canto e apesar do lugar ser escavado na terra e na rocha, várias enormes janelas e vitrais se espalhavam pelas paredes escuras. Nevava do lado de fora, no entanto, cada árvore sendo tomada pela neve parecia ser uma pintura em tinta óleo.

Os corredores do quarto andar terminavam em um amplo salão com piso escuro e paredes claras.  Um rodapé suntuoso e dourado cercava todas as paredes. Havia janelas enormes em cada ponto circular do salão, das quais pesadas cortinas brancas pendiam do teto, até o chão. Pilastras brancas sustentavam o teto em forma de domo, dourado e branco. Havia várias portas na parede sul; todas do mesmo tamanho, formato e cor. Uma delas estava aberta e Nel sentiu seu coração se dissolver ao ver uma enorme cama dentro de um dos quartos. Alguém estava deitado nela, porém ela não pôde ver quem era – não da porta de entrada do salão. As paredes escondiam parte do corpo da pessoa. No entanto, ela sabia quem estava lá. Uma elfa passou pela porta e conversou com alguém do outro lado do quarto. Os cabelos louros e o corpo esguio não enganou Aranel.

— Florine?! — a princesa chamou, enquanto se aproximavam.

A elfa olhou naquela direção e conseguiu sorrir. A curandeira da Floresta Branca se aproximou e fez uma reverência. Havia algum tempo desde que a última pessoa fez reverência para ela.

— O que faz aqui? — questionou Aranel, olhando em seus olhos fundos e avermelhados. — Parece que não dorme a dias.

— Está brincando?! Eu não deixaria minha rainha sozinha. — falou a elfa coçando os olhos — Foi difícil, mas consegui convencer o rei em me deixar ficar com ela.

A princesa olhou por sobre os ombros da elfa e viu Legolas se aproximar da porta do quarto.

— Ada. Papai. — ele chamou.

Thranduil se aproximou do filho com as mãos em frente ao corpo, segurando uma taça dourada e seus braços estavam ocultos por um manto cor de carmim. O rei trajava roupas um pouco mais claras que o dourado, eram roupas grossas para mantê-lo aquecido do frio. Embora os elfos controlarem se sentem frio ou suportam, Thranduil parecia gostar do inverno e suas roupas diziam isso. Seus cabelos caíam pelos ombros e seus olhos azuis brilhantes fitaram Aranel. O semblante sereno e indestrutível estava lá outra vez. Se alguém conseguisse decifrar os olhos do rei, essa pessoa merecia um prêmio. Ele estava sério, como sempre.

— Não achei que fosse conseguir trazê-la de volta. — disse o rei, calmamente, voltando seu olhar para Legolas.

A diferença entre ambos era nítida; os olhos do rei eram frios e rudes, talvez impossíveis de se decifrar. Entender como ele pensava e agia era difícil, nem mesmo seu próprio filho conseguia entender o que se passava naquela cabeça.