Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDO

✳Capítulo 63✳ Aura de poder

Nota inicial:

Quiz bônus do dia: Qual é o segundo nome da princesa Eáránë?

Boa leitura ♥

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O sol nasceu quando ela deixou as ruínas. Suas pernas pareciam feitas de mármore, pois estavam pesadas e duras; em sua mão estava a chave que carregou durante todo aquele tempo. Seu olhar baixo vagueou pelo piso empoeirado do velho castelo, enquanto que seu coração era atraído para algo mais nobre; encontrar sua irmã.

Aranel saiu e sentiu os raios mornos do sol da manhã tocarem sua pele. Ela respirou fundo, enchendo seu peito com o aroma da floresta – silvestre e molhado, recém-úmido pelo sereno da madrugada. Seu olhar estava pesado, e a boca manteve-se fechada por um longo tempo. Então, ergueu-se sobre a relva, e viu, em sua frente, Legolas.

Ele sorriu, e seus braços se abriram para segurá-la.

Aranel deixou uma lágrima cair e correu até ele. Seu corpo a envolveu e ela se sentiu segura, engoliu o choro e enterrou seu rosto no peito dele. Os braços grandes e fortes dele, a envolveram, e sussurrando palavras de afeto em seu ouvido, Nel se acalmou. Ela abriu os olhos, fitando o sol nascer do horizonte e começar sua nova viagem no firmamento. Dourado, quente... guardado do Arien, a donzela do sol, lá estava a Flor de Ouro de Laurelin. E de seus raios quentes, vívidos e resplandecentes, veio uma força desconhecida. Ela olhou para o sol e sorriu, breve mas o bastante para tomar coragem.

Aranel se afastou, delicadamente, de seu noivo e, tocou seu rosto. Legolas sorriu, e com um beijo no canto de seus carnudos lábios,disse:

— Estou aqui! — ela sorriu — O que descobriu? — perguntou ele, docemente.

— Eu — Nel sentiu sua boca secar, mais uma vez. Não achou prudente contar a ele que tinham uma irmã em comum, então, omitiu essa parte. — preciso falar com mamãe.

— Sobre o que? — ele franziu as sobrancelhas.

A princesa lhe entregou a chave, e instintivamente, Legolas leu o que havia escrito ali.

— Quem é Rapunzel? — questionou ele, confuso, surpreso e incrédulo.

A elfa abaixou os ombros. — Minha irmã. — respondeu.

O príncipe ficou calado por um longo tempo. Então, ele balançou a cabeça e tentou entender.

— Pensei que fosse filha única. — disse ele.

— É. — ela bufou — Eu também. Mamãe escondeu muitas coisas de mim, mas esta... — estava cansada e, seus ombros, sustentavam um peso inexplicável. —, esta é a pior delas.

— Acredito que queira colocá-la contra a parede agora. — Legolas levantou uma sobrancelha e sorriu, divertido.

Aranel o observou com alegria. — Você me conhece.

Eles se aproximaram da barraca e encontraram Mormacil e Laura conversando. A elfa ruiva parecia procurar algo entre os vários mapas, e Mormacil estava afiando sua faca de caça. Kay Manzine estava dormindo no chão, aninhado a cobertores de pele de animal.

Aranel entrou, e se aproximou de Laura.

— O que encontrou? — questionou, a ruiva.

A princesa colocou a chave sobre a mesa, e se apoiou ali. — Uma passagem para os salões e câmaras inferiores. — explicou — Parece que esse lugar foi construído em cima de uma grande fenda. Há uma cachoeira e ver o fim das passagens subterrâneas é impossível, de cima, mesmo para um elfo. — Laura pareceu curiosa, pois seus olhos brilharam como estrelas. — Há, pelo menos, mais sete andares para baixo. Sem mencionar as marmorras, e as Câmaras de Sepultamento que devem existir. Tudo parece intocado lá dentro, depois do terceiro andar, nada foi destruído. Não tive tempo de olhar tudo. E mesmo que eu quisesse, agora não poderia... Estávamos atrás de algo bem mais... específico.