✳Capítulo 14✳ O Conto de Allannia

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Acalmem os ânimos meus amores... Tudo pode ficar melhor....

Ou não....

Boa Leitura...

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— *Yeldë, está tão bonita. — disse a rainha com a voz um pouco fraca. Suas mãos acariciavam Nel com uma força suave e apaixonante, saudosa.

Aranel sorriu e passou as mãos pelos cabelos da rainha. — Não acredito que esteja acordada... como? — ela olhou para Florine, mas a curandeira apenas balançou a cabeça, confusa.

— Escute-me, yeldë, não temos muito tempo. — a rainha de Ninquëwood pegou a mão da filha e apertou com força. — Joseph quase nunca dorme e como todo feitiço tem uma brecha, essa é a única hora que consigo acordar.

— Ammë, você só consegue acordar quando Joseph dorme? — questionou Nel ainda atordoada.

— Ná! — concordou a rainha — Você precisa me tirar desse feitiço. Não consigo sozinha e estar falando com você agora, requereu tempo e energia. Joseph ligou a minha vida a dele pois sabia que Thranduil ajudaria..., ele quer nos destruir! Sempre foi esse o plano, desde quando conseguiu a vida eterna. — as palavras da rainha foram ásperas. — Por isso prendemos Morgana em um caixão quando ela morreu, se ele conseguisse o poder que ela possuía..., aí sim as coisas ficariam ruins.

— O rei me contou como vocês dois o encontraram na Floresta de Neldoreth, na Segunda Era. — disse Aranel tentando se acalmar com tudo aquilo.

— Não! Encontramos Joseph e Morgana nos arredores das Montanhas Azuis. — pontuou ela — Aquilo tudo, a Floresta de Neldoreth e o Rio Esgalduin era nada mais do que uma ilusão involuntária criada pelos poderes dele... — o olhar da rainha racaiu por sobre os lençóis. —, eu senti algo naquelas crianças em apenas ouvir o choro desesperador deles. Eu os dei abrigo, Thranduil manteve segredo sobre todos os elfos e o que Joseph fez? Nos traiu! Sucumbiu as Trevas e toda sua bondade foi drenada dando lugar a uma raiva e inveja fora do comum.

Aranel engoliu em seco. A cada minuto tudo parecia ainda mais estranho, pesado e penoso. Havia muitas intrigas, segredos e acontecimentos ainda envolto e oculto por um manto de escuridão e silêncio. Um passado remoto e sem muitas testemunhas do que foi a vida de Thranduil e Silmalótë no começo do reinado de cada um. Tudo parecia não ter fim, a cada minuto algo novo surgia dessa história, mas Nel estava disposta a acabar com tudo de uma vez por todas. E, sentia que conseguiria as respostas para suas perguntas nesta missão basicamente suicida que Thranduil lhe incombira.

— Thranduil disse-me que há uma cura. — falou Aranel baixo e pegou as mãos da mãe. Os olhos de Silmalótë brilharam de forma estranha. — Uma cura para a imortalidade de Joseph.

Os ombros da rainha relaxaram e ela sugou o ar. — Deixe-me adivinhar? Gondolin? — ela elevou a voz como se quisesse que o rei a ouvisse.

— E há outra cidade que o Valar Ulmo tenha revelado? — o rei questionou entrando pela porta e olhando para a rainha com destreza.

— Esqueceu-se de que Gondolin fora submersa no final da Guerra da Ira? Muito antes que você nascesse, Gondolin não se passava apenas de lenda. — ponderou Silmalótë séria e etérea. Mesmo em uma cama, fraca e abatida, não temia de forma, maneira alguma, a ira ou o desprezo de Thranduil.

Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora