✳Capítulo 56✳ Relatos

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Nota Inicial: Em comemoração ao meu aniversário hoje: Bem-vindos ao capítulo novo  ❤

Pergunta do dia: Entre Legolas e Thranduil, quem rouba seu coração?

Boa leitura ♥

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— Desculpe, eu sei como se sente. — lamentou Nel com a voz quase que inaudível.

Caos a olhou no instante em que um silêncio sepulcral tomou conta do quarto. Queria que ele dissesse algo, na verdade, esperava isso mas ao invés disso, o noldo a encarou com a expressão mais dura que pedra. Estava indescritivelmente serena e sem resquício de sentimento – nem Thranduil era tão frio. Suas sobrancelhas se movimentaram, arqueadas como linhas grossas de escuridão acima de seus olhos azuis de brilho intenso. Ele ficou parado, quieto e sem nenhuma reação. Estava perplexo, confuso e zangado, embora, não demostrasse isso em nenhum momento daquela conversa. Caos respirou fundo, reagindo aos próprios comandos, olhou para o vinho na taça que segurava na mão esquerda.

— Não é culpa sua. — murmurou ele com frieza. Seus passos atravessaram o quarto e ele foi até a janela. Seus ombros subiram e desceram, com pesar. — Desde o início da raça élfica nesta terra e o que eu aprendi? — disse, sem esperar resposta. — Que não importa o que aconteça, a semente do mal nasceu neste lugar. Não há como consertar.

Ele apertou a taça e então gritou, arremessando-a para a parede contrária. Ela se espatifou em milhares de pedaços, sujando o local de vinho e vidro. Aranel fechou os olhos e respirou fundo.

— Acha que sou muito explosivo? — questionou ele à princesa, olhando-a como se fosse uma pintura a óleo viva. Seus passos se aproximaram.

Aranel o olhou com o queixo erguido. — Acho você sentimental. — respondeu. Ele sorriu mas não era um sorriso de alegria e sim, um sorriso frio e sombrio. — É uma coisa boa.

— Desde que Melkor veio para Arda nada de bom vem acontecendo, não acha? — interrogou ele parando em sua frente.

— Foi atingido. — ela bufou e revirou os olhos. — Aquela bruxinha mexeu com sua cabeça. Você é mais forte do que ela... Mais esperto do que ela. — disse autoritáriamente.

— Sim. — ele suspirou e se virou. — Talvez eu seja um pouco sentimental. — falou caminhando até a janela. — Como posso negar isso a me unir a Fëanor no passado?

— Desconhecia esta informação, majestade. — elucidou.

— Oh! — ele sorriu mais uma vez e se apoiou na janela. — Minha vida é longa demais para contar assim. Levaria décadas até eu terminar. — Caos suspirou e a olhou. — Até para um elfo, um tempo assim é exaustivo.

— E como! — ela suspirou, cruzando os braços.

— Mas é sim! — ele sorriu abrindo os braços. — Eu também coloquei fogo naqueles barcos. — então olhou para a janela e levantou as mãos para socá-la.

— Caos! — gritou impedindo que ele quebrasse o vidro. O rei parou e encarou a janela. — Pare!

— Eu não.... — sua voz saiu cortada e cheia de aflição. —, não posso continuar jogando minha imortalidade para as nuvens.

Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora