Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDO

✳Capítulo Extra✳

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NOTA INICIAL: Este capítulo será narrado pela visão da Lossë.

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— Precisava falar assim? — questionou Lossë, vendo a porta se fechar atrás dela.

— E como eu deveria falar? Quase perdi meu filho por causa dela! — As palavras ásperas do rei ressonaram pelo ambiente. Ele bufou e deu um gole no vinho, dentro da taça.

A rainha deu de ombros.

— Mais notícias? — perguntou o elfo, se sentando em uma das poltronas que haviam ali.

— Tauriel disse que as aranhas foram imobilizadas nas cavernas, Narmohtar eliminou os ninhos na floresta e Sigrid voltou com boas notícias sobre as fronteiras. — informou Lossë servindo-se de um pouco de vinho.

— Acho que merecemos um descanso esta noite, Branca de Neve. — disse o rei com um sorriso no canto dos lábios.

A elfa sorriu e se virou para o marido, apoiando o corpo na mesinha das bebidas. Ela estalou os lábios e fechou apenas um olho.

— Podemos pensar nisso mais tarde. — falou ela.

O elfo se levantou, caminhou até ela, colocou a taça na mesa atrás dela e seu corpo quase colou nela. O corpo da elfa se arrepiou em apenas sentir a respiração quente do rei, em suas bochechas. Thranduil a olhou com um brilho nos olhos e ela sorriu.

— Eu conheço esse olhar. — disse ela bebendo um gole do vinho.

O rei sorriu mais uma vez. — Você conhece bem mais que meu olhar, Branca de Neve. — suas mãos tocaram o rosto dela em uma carícia suave.

Depois que se casaram, e Lossë se tornou rainha, Thranduil passou a chamá-la de "Branca de Neve". Ela gostou, e até, achou fofo da parte do rei. Legolas sempre a chamou de "Neve" e, agora que seu marido a chamava de "Branca de Neve", sentia-se completamente realizada. Thranduil era doce com ela, apesar de tudo que aconteceu, e realmente, parecia feliz em ter uma rainha ao seu lado. E a chegada de Eáránë ajudou no relacionamento de ambos, e também para manter Legolas um pouco mais alegre desde que Aranel havia partido. Na verdade, o príncipe passava mais tempo com a bebê do que ela e Thranduil. Sempre que eles procuravam a bebê, Legolas já havia "sequestrado", e só se ouviam os boatos e risos dos elfos.

— Tem razão. — Lossë sorriu — Eu conheço muito mais do que o olhar. — então, por impulso, enfiou as mãos na calça do rei e acariciou a intimidade dele, lenta e suavemente. Thranduil se surpreendeu com o ato da esposa, mas fechou os olhos e mordeu o lábio inferior, arfando com a vontade que subia pelo seu corpo. — Muito mais que um simples olhar. — ela sussurrou em seu ouvido e depois se afastou.

Lossë bebeu o último gole do vinho e repousou a taça na mesa. Ela olhou para o rei que ainda recuperava o fôlego.

— Mãos divinas? — questionou ele com um sorriso no canto dos lábios.

— Talvez. — Lossë piscou o olho e caminhou até a porta. — Depois continuamos. — disse, antes de fechar a porta atrás de si.

A rainha seguiu pelos corredores. Foi para a biblioteca que ficava ao lado do Salão de Festas. Lossë andou pelos corredores que cada estante fazia, até uma parede, relativamente, igual as outras – de madeira escura, lustrosa e rica em detalhes de metal. A elfa olhou em volta, certificando-se que não havia sido seguida até ali, olhou para a parede e puxou um livro no canto da estante a sua esquerda. A parede emitiu um sigelo e imperceptível estalou metálico, e afundou. Deslizando, suavemente, para o lado abrindo e uma passagem secreta. Lossë respirou fundo antes de entrar. Havia muito tempo desde a última vez em que havia pisado ali. Seus passos não ressonaram no piso de pedras, no entando, seus dedos encontraram fincos nas paredes rochosas e uma alavanca do tamanho de um anel. Ela puxou e passagem se fechou às suas costas. A rainha desceu pelos degraus, lentamente, e seguiu por um corredor reto e de telhado curvo. Havia emblemas nas paredes e tochas, castiçais de bronze e cornijas de prata. Uma porta estava semiaberta no final do corredor e seus passos calmos a levaram para dentro da sala.