✳Capítulo 53✳ Lua de Prata

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Nota Inicial:

Pergunta bônus do dia: Se você fosse um elfo(a), que arma escolheria para usar?

Boa leitura ♥

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As portas do enorme salão se abriram e Caos se virou para ela, com um sorriso no canto da boca. Aquilo a deixou desconfortável mesmo sabendo que ele era inofensivo. O rosto do rei noldo se encheu de uma luz fraca, cintilante, e seus olhos azuis intensos brilharam como luas perfeitas. Caos abaixou a cabeça, cumprimentando-a em silêncio e depois voltou novamente para ela.

— Vejo em ti nobreza e coragem. — disse ele com um tom firme porém, doce. — Fico feliz que o mundo e os elfos estejam tão mudados a ponto de ver que você e Legolas são a salvação de um povo inteiro.

— Agradeço as palavras, majestade. — respondeu Aranel com as mãos em frente ao corpo. — Porém, ainda estou receosa com o dia que virá. Espero, do fundo do peito, que ammë entenda que ele é o melhor caminho para seguir. E que o futuro pacífico depende disso.

— Sil já entendeu. — falou o noldo com convicção. Parecia acreditar, veementemente, no que dizia. — Ela só não aceita admitir. — Caos levantou os ombros e crispou os lábios. — Mas ainda há sentimento nela... Uma hora ou outra vai acabar por aceitar seu amor pelo príncipe. Ela ainda não é a rainha dos corações congelados.

Aranel suspirou, profundamente, e pensou na mãe. Silmalótë talvez nem sequer aparecesse aquela noite mas sempre desejou desvendar aqueles olhos, aquele jeito, aquela autoridade. Sua frieza era irrevogável mas sua mãe tinha que ter um ponto de calor dentro dela... Em algum lugar, talvez estivesse perdido, talvez esquecido ou até mesmo ignorado mas ainda estava lá. Por um momento ela pensou em tudo que a mãe passou e que todo aquele jeito rude de ser estava vinculado ao amor não correspondido que teve em sua vida. Nel não precisava ter visto para saber que Silmalótë Vellenmar era fria por causa dele; Thranduil.

E mais uma vez o rei estava envolvido. Aranel ainda o odiava por ter quebrado o coração de sua mãe mas não poderia culpá-lo por não amá-la, pois o amor não é uma coisa controlável. Apesar de tudo, Thranduil também era uma vítima na história toda, uma história ainda sem conhecimento. E ela não acreditava que o rei estava envolvido na morte de seu pai, e nem mesmo Legolas acreditava que Silmalótë estava envolvida na morte de sua mãe. Apesar dos esforços, ambos os reis estavam irredutíveis e continuavam a trocar ameaças e palavras cruéis. Só havia uma verdade e eles não queriam enxergar. Não mais...

Tirando aqueles pensamentos da cabeça, a elfa ergueu o olhar e sorriu.

— Chega de coisas ruins. — falou e Caos pareceu alegre. — Hoje a noite tem que ser de coisas boas.

— Como uma dança com minha futura esposa? — a voz de Legolas soou atrás dela.

Nel se virou e quase perdeu o fôlego ao afagar seu perfume silvestre delicioso. O príncipe estava usando uma linda roupa prateada, cintilante com pedrinhas de joias bordadas no pano élfico. Sua roupa ressaltava sua pele como porcelana recém-polida e as bochechas do príncipe ruborizaram ao abrir um belo sorriso. Os cabelos do elfo caíam pelos ombros, dourados e finos, enfeitados por uma tiara bonita de prata.

— Uma dança seria o ideal. — concordou a princesa pegando a mão do elfo.

Legolas sorriu e beijou sua testa, carinhosamente.

— Melinyë. Eu te amo. — sussurrou o príncipe próximo ao seu ouvido fazendo Nel sorrir.

Caos os deixou ali e entrou no salão, para a festa que estava ocorrendo ali. O salão estava cheio de elfos e humanos. Damas de ambas as raças trajavam vestidos elegantes de diversas cores fazendo um colorido bonito se sobressair ali. Os cavaleiros, porém, vestiam trajes pretos e amarronzados.

Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora