Verdades de Sangue✴Ela é do Príncipe✴Vol. 2 - CONCLUÍDO

✳Capítulo 45✳ Uma trilha de sangue

Nota Inicial: Gostaria de agradecer a cada um de vocês que estão acompanhado a fic, não fazem ideia de como fico feliz que estejam gostando. Amo vcs, pequenos elfos... Rsrsrsrs

Boa leitura ♥

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— Afinal, o que acha? — questionou Aranel baixinho ao humano.

Aragorn se esgueirou pelo tronco da árvore e observou o acampamento mais a frente.

— Consegue mesmo enxergar com isso? — provocou ela com um sorriso nos lábios.

Ele afastou o capuz e a olhou, irritado. — Consegue esquecer meus trajes, só uma vez? — ele perguntou com urgência forçando sua voz para não falar alto.

Nel deu de ombros.

Aragorn se virou para o acampamento e respirou fundo. Havia uma fogueira no centro, enorme e alta, creptando uma chama vermelho-alaranjada sobre uma pilha de troncos grossos. Pelo ambiente foram espalhadas pedras cor de chumbo, e as Montanhas Moria escondeu bem aquele lugar. Ela olhou para cima, nuvens cinzentas pairando no céu mas o tempo estava quente e abafado. Não havia pássaros nos picos mais altos, nem mesmo as folhas das árvores abaixo se atreviam a sair dos galhos; ventava de forma quente mas nenhum vendaval parecia ser capaz de dissipar as chamas da grande fogueira. A um ano atrás, quando ela viu Joseph a primeira vez, Leon lhe contou que ele sugava energia do fogo. A escuridão presente no coração daquele imortal era tamanha que a cada vez mais precisava de mais e mais coisas para sugar; a fogueira era ainda maior do que aquela. Sem falar na magia que ele fez para sugar as energias de sua mãe. Aquele ser seria esmagado como um inseto pela luz dela – a luz presente em todos os elfos da Terra Média.

As árvores serpentiavam a clareira mais ao longe das Montanhas e Aranel, e todo o exército, se embreou tão dentro das grossas camadas de folhas que se enconderam completamente dos olhares dos homens. Mesmo com o vento, a escuridão que chegava aos poucos ocultou o brilho fraco das armaduras dos elfos. O silêncio daquele lugar era apenas pertubardo pelo som fluído do rio que passava ao longe.

Aranel respirou fundo e olhou para Aragorn, ao seu lado, abaixado para se esconder. Seu corpo, suas armas e seus cabelos estavam escondidos pela grossa capa preta que usava.

— Dois turnos. — disse ele com o olhar fixo no acampamento.

A elfa olhou para as barracas cinzentas do acampamento. Ouviu-se aço batendo em aço; estavam treinando esgrima. Um odor de carne assada enchia o ar e flechas cortando o ar emitiam um ruído seco ao atingir o alvo.

— Somente dois? — Nel semicerrou os olhos e sorriu. — Isso é bom!

— O que pretende? — perguntou Aragorn.

— Vamos seguir o plano. — respondeu ela soltando a respiração. — Vamos esperar a noite cair e atacar sem despertar nenhum alarde. — acrescentou ela.

O humano assentiu e respirou fundo e se levantou.

Aranel o viu se afastar, em direção ao rio e então Edhel pousou ao seu lado. Ele se abaixou e olhou para o acampamento. Alguns homens faziam ronda pelas barreiras das barracas de pano, armados com espadas e arcos.

— Não me parecem muito numerosos. — disse Edhel com a voz baixa.

— Não sabemos o que Blatter fez com eles. — disse Aranel e ele a olhou pouco confuso. — Aragorn disse que Joseph está compartilhando magia. — ela olhou em volta e suspirou. — Podemos esperar que eles estejam bem mais fortes do que jamais se viu.