Como assim tentaram mata-lo? Isso não é possível! Ainda por cima deixaram para fazer isso hoje, podiam ter o executado (ou tentado) depois de amanhã. E o contrato? Vamos ter que adiar? Devem estar pensando que eu não tenho coração, mas fiquem sabendo que eu tenho, mas também só o uso quando é extremamente necessário, o resto do tempo ele só serve para me manter viva, pulsando o meu querido e tão precioso sangue. My blood is my life.
(Viajei legal... então infelizmente vamos voltar a vida real!)
-Você tem certeza disso Mia? Pode ter sido um engano, quem sabe seja um desses inúteis e irritantes trotes. - falo procurando um caminho que me leve a pensar que isso é uma grande e horripilante mentira.
-Infelizmente é verdade senhora. O próprio Valentim disse que precisa falar com a senhora urgentemente. - o caso é feio. Nunca vi Mia séria e... nervosa. Ela é sempre extrovertida e muito alegre. Até demais para o meu gosto! Mas tudo bem.
-O que ele quer falar comigo? Não deveria estar chamando pela família? É assim que acontece em filmes, certo? - eu realmente não tenho noção nenhuma sobre vida + acidentes. Nunca precisei ficar em um hospital, seja por doença ou acidente, então podemos dizer que isso é novo para mim.
-Eu acho que a senhora em vez de ficar se perguntando, já deveria estar no hospital descobrindo o que ele quer! - e não é que ela tem razão.
-Mande meu motorista ficar pronto em menos de dez minutos. - digo isso e vou em direção a minha sala.
Entro nela e me jogo no sofá, procuro por um rabicó para amarrar meu cabelo que está horrível, também, subir trinta e cinco (se eu não me engano) lances de escada não é fácil. Pior ainda foi subir correndo, em um salto alto e uma saia apertada (que é um pouco acima do joelho). Me arrumo de novo o mais rápido possível e tomo um copo de água.
-O motorista já está pronto. - Mia coloca a cabeça para dentro da porta.
-Estou indo. - me levanto e vou em direção ao elevador, tá meio na cara que eu não iria descer de escada, né?
Saio da empresa normalmente, todos já sabem o que aconteceu e estão com medo de acontecer um atentado aqui, até parece que vai acontecer um... espere um pouco... É isso, um atentado, não queriam matar ele, queriam passar medo. Mas medo do que?
Andando no automático entro dentro do carro, minha mente está explodido com possibilidades e paranoias. Pensem comigo! Se eles (quando digo eles, estou me referindo as pessoas desconhecidas, que querem acabar com a minha felicidade(tentando matar o dono do melhor contrato que iria fechar na vida) entenderam? Espero que sim!) queriam matar o Sr. Campbell, ele já estaria morto nesse exato momento! E é nesse pensamento que estou criando as maiores paranoias da minha vida inteira.
E para me ajudar completamente, o trânsito está... imaginem... isso mesmo está parado, no maior engarrafamento do mundo. Claro que não é o maior engarrafamento do mundo, isso é meio óbvio. Mas para uma pessoa com pressa, cada minuto parece um ano, extremamente irritante.
-Estamos muito longe do tal hospital? - pergunto exasperada.
-A mais ou menos um quilômetro e meio senhora.
Ótimo! Vamos andando... O que é um quilômetro e meio quando se está de salto e uma saia apertada em pleno calor do Rio de Janeiro? Que isso, não é nada!
-Vai aonde senhora Angerona? - pergunta educado.
-Vou andando, quando chegar lá me espere no estacionamento , irei lá depois.
-Sim senhora, e tome cuidado.
Saio andando rapidamente por aí, como uma pessoa normal (só que não). Espero que isso seja realmente importante, senão eu mesmo mato o Valentim e ajudo aos outros que querem se livrar dele. Falando nisso me lembro das minhas inteligentes e bem penssadas paranoias. O que mais me assusta é que ninguém sabia sobre o contrato, então pode ser sobre outra coisa. Mas por que ele me chamaria para ir lá, se não tivesse nada a ver comigo?
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It's not my Fault
ChickLit"-Você sabe que não podemos parar no meio do jogo.- eu odeio quando ela me fala isso. Pelo simples fato de sua enorme consideração pela vida." Uma menina abandonada em um simples orfanato para crianças que todos julgam serem sem destino, adotada por...