-Pensei que você não soubesse o sobre nome dos seus pais... - diz Valentim.-E não sei, eles inventaram um falso/verdadeiro para Joseph.
-Seus pais são uns monstros!!!
Isso é bem verdade, e olha que ele não sabe nem da metade.
-Vai ir procurar sobre ele ou vai ficar dando palpite na minha vida? - falo.
-Nossa, se fosse assim nem tinha vindo. Acabei de vir do hospital lhe contar novidades e a senhora espertona me trata assim. Depois que ficamos magoados e não ajudamos mais somos mortos, isso é triste sua sem coração. - era só o que faltava, outra pessoa dramática e sem noção para me ajudar. Deuses me deem paciência, porque se me derem mais força eu mato.
-Anda logo, quero que as pesquisas sejam feitas rapidamente, e para mostrar minha bondade, irei lhe oferece meu canto de tecnologia que tenho aqui em casa. Aceita? - é claro que só estou oferecendo para ficar de olho nele. Não posso mais ser feita de trouxa, isso já esta passando dos meus limites.
-Será uma boa, estou sem a mínima vontade de voltar para a casa. Por que escolher uma moradia tão longe? Demorei quase uma hora para chegar ate aqui. Deus me livre ter que voltar com fome, assim eu já fico para o almoço. - ele é abusado, dá onde já se viu uma coisa dessas?
-Me siga e chega de brincadeirinhas, estou farta por hoje. - digo autoritária.
-Não vai nem responder minha pergunta?
-Não... vou responder sua resposta decerto. - sarcástica? Nem um pouco.
-Você entendeu não se faça de burra!
-Suspeito que esteja ultrapassando o limite de perigo senhor Campbell. Devo lembrá-lo que o senhor esta em minha casa, e o mínimo que eu exijo é respeito. - digo olhando para ele, que em resposta só acena com a cabeça. - Me siga.
-As vezes você me dá medo. - escuto ele sussurrar.
-Eu escutei Valentim.
-Desculpe-me senhora. - sorrio, não um sorriso que expressa felicidade, um sorriso de vitória, algo maior, difícil de ser explicado.
Saio do meu escritório e vou andando, passo pelo corredor desço as escadas e paro na sala para falar ou melhor avisar a Mia.
-Mia! - a chamo.
-Sim chefona.
-Perto da hora do almoço, peça duas pizzas, escolha qualquer sabor.
-Não é melhor só uma? - ela pergunta.
-Valentim irá almoçar conosco. - aponto para a peste que esta ao meu lado. E o imbecil sorri. Ele só pode ter algum tipo de problema grave.
-Humm, que sabor prefere Valentim? - nossa Mia, ótima ajuda, já ta até querendo saber que sabor ele prefere. Brilhante.
-Portuguesa. - odeio portuguesa, não gosto da cebola, não sei o que os outros veem nela, todo mundo ama menos eu, como sempre.
-Vou pedir metade portuguesa e quatro queijos pra uma, e a outra metade seis queijos e chocolate. Feito? - eu em compensação amo pizza de queijo, mas odeio as doces que vem queijo em baixo, não mistura não, é doce pra cá e queijo pra lá.
-Pode sim, agora temos trabalho pela frente. Quando a comida chegar pode nos chamar? - pergunto.
-Sim senhora. - Mia bate continência. - Tenho um aviso importante ao soldado aí... - aponta para o Valentim - Se o trabalho sair mal feito, cê morre! - fala passando o dedo indicador pela garganta, eu já disse que amo a Mia? Ela ta tentando assustar ele... eu falo que são tudo um bando de loko, ninguém me acredita.
-Até mais Mia... - me despeço.
Começo a andar em direção da biblioteca que fica na última porta do corredor da esquerda, Valentim passou todo o percurso em silêncio, não to acreditando que ele acreditou na história da Mia. É claro que eu não vou cortar o pescoço dele fora, o que eu faria com a cabeça? Meio sem noção ele. Entro na biblioteca e paro para esperar o bonito que esta andando entre as estantes vendo os livros.
-Magnífico lugar, deve ter custado uma fortuna. - ri - E eu achando que você ia me levar em um calabouço, aqueles lugares escondidos de filmes. Aonde está os computadores?
-Nós ainda não chegamos em nosso destino final. - vou até o fim da sala e procuro pelo livro falso, ao acha-lo puxo para frente, exibindo uma porta logo ao lado.
-Maneiro!!!
Reviro os olhos e tiro a chave do bolso, com a porta destrancada dou uma passo para o lado.
-Pode abrir.
-Armas e animais não vai sair dai para me matar né? Odeio cobras, me diz que ai dentro não tem cobras, ou tem? - diz um pouco amedrontado.
-Abra e descubra...
Ele olha para mim e para porta umas três vezes antes de colocar a mão na maçaneta e gira-la, a porta range ao abrir, esta tudo escuro lá dentro, dou um leve empurrão fazendo-o adentrar no lugar. Fecho a porta atrás de mim, e ando até a parede para acender a luz.
-Senhor eu peço perdão por todos os meu malditos erros e... - sem esperar ele terminar sua insignificante e esquisita frase, acendo a luz.
-Bem vindo A Clave. -ele olha todo o lugar assustado.
-Isso é maneirissimo. Cara, aonde você consegui essas coisas? - diz apontando para todo o equipamento tecnológico e para as armas de diferentes tipos e calibres.
-Com alguns ex amigos... - digo não dando muita importância ao assunto.
-E aonde eles estão? Vai ser ótimo eu conseguir um equipamento desses e... - o corto.
-Quer saber aonde eles estão?
-Mas é claro! - sorri feliz. Coitado.
-Estão mortos, com certeza enterrados como indigentes. - o sorriso se esvaiu de seu rosto. - Dois meses depois que eu consegui isso, a policia invadiu a loja deles, claro que tudo que tinha ali era ilegal. Ouve uma troca de tiros, os que não morreram ali foram mortos na prisão. Tentei tira-los de lá mas não consegui, ainda era muito nova não pude fazer muita coisa. Eles eram gente boa.
-Meus pêsames.
Olho para ele, não consiguindo imaginar que ele ficou emocionado com a história.
Tá que ela é triste e tals, mas tem muita gente acha que eles mereceram, mesmo sem nunca terem feito mal a ninguém. Eles só tavam nessa pra conseguir dinheiro, lembro que o Dário só entrou no grupo pra conseguir pagar o tratamento de câncer para a filha dele, ele morreu na hora do tiroteio, abri uma conta no banco e ajudei a pagar o tratamento da criança. Foi uma época bem ruim.Sem que eu perceba Valentim pega minha mão e me puxa pro outro lado da sala.
-Me diz pelo amor de Deus que eu posso usar esse?! É quase o último modelo, em menos de um dia eu consigo achar tudo que você precisa usando isso aqui! - fala maravilhado, parece uma criança quando ganha brinquedo novo.
-Pode sim, se quiser pegue pra você, nem uso ele. - vamos deixar as pessoas serem felizes um pouco.
-Obrigada céus, obrigada Nix, você é uma enviada dos anjos.
-Nem tanto, pode parar com isso, já quebro esse monitor e você fica sem. - digo rindo da sua loucura.
-To bem quieto fazendo o meu trabalho, daqui pra frente não falo mais nada.
Começamos o trabalho e imaginem... ele não calou a boca por um segundo, ameacei quebrar tudo umas dez vezes, e ele? Ele ficava um pouco quieto e já começava a falar.
Ainda não é nem meio dia e eu já estou explodindo de dor de cabeça. As coisas não vão ser nada fáceis..."O que é felicidade? Estou procurando á muito tempo e até hoje não a encontrei."
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Hello people...
Como vão? Tudo bem aí?
Espero que estejam gostando da história, não esqueçam que curtir comentar e compartilhar. Qualquer ideia falem comigo sabem que estou a todo ouvidos.❤Beijos pro 6❤
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It's not my Fault
ChickLit"-Você sabe que não podemos parar no meio do jogo.- eu odeio quando ela me fala isso. Pelo simples fato de sua enorme consideração pela vida." Uma menina abandonada em um simples orfanato para crianças que todos julgam serem sem destino, adotada por...