Capítulo 19

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Eu sei que estou brava com a Mia, mas eu tenho que contar isso para ela!!!

-Mia sua louca... - falo enquanto corro até ela que está sentada analisando alguns papéis.

-Que foi? - pergunta preocupada.

-Sabe o Dan? - ela faz um sinal de estranhesa com a cabeça. - Aquele meu ex-namorado...

-Seiii! Aquele que eu disse que ele deve ter sofrido bulliyng por causa do nome?

-Sim bem esse. - digo sorrindo.

-Também, quem coloca o nome da criança só de Dan? Podia ser Daniel, Dalas qualquer coisa, mas não uma palavra que pode ser usada para fazer um Funk! - sorrio com sua indignação mal comprometida.

-Então, encontrei ele na delegacia,

-Meu deus, foi preso! - reviro os olhos.

-Ele virou detetive e está cuidando dos dois casos em que euzinha estou envolvida!

-Fala sério?! - diz colocando as duas mãos na boca em sinal de surpresa.

-E pra completar ele pediu para sair comigo!

-Não brinca!!! Mas pra que me contar isso? Com certeza você não aceitou. - diz fazendo pouco caso.

-É aí que a senhorita se engana...

-Não brinca! - ela arregala os olhos.

-Se você falar mais uma vez 'Não brinca' eu vou bater em ti! - digo raivosa.

-Ok, tudo certo... me conte o que você quer? - franzo a testa. - Você não iria sair com ele por nada. - ela me conhece.

-Vamos dizer que eu vou fazer ele mirar e acertar nos alvos errados... - digo. - Agora eu preciso ir, tenho coisas a fazer, e seu quiser sair daqui até as oito, tenho que apurar. - ando até a minha sala. - Amanhã te conto tudinho. - entro e fecho a porta.

É... temos trabalho a fazer!!!

....

São cinco pras oito, quando de repente Mia abre a porta com tudo...

-Educação mandou um 'me use'. - digo irônica.

-Seu ex-boy tá te esperando aqui fora. - diz sorrindo.

Levanto-me, pego algumas coisas e vou em direção da porta.

-Arruma o cabelo que tá bagunçado. - reviro os olhos, mas do mesmo jeito arrumo o cabelo. - Agora sim!!! Vai lá amiga e não paga mico. - reviro os olhos novamente.

Saio da sala e avisto o Dan de pé, me esperando. Ando até ele, parando em sua frente.

-Vamos? - pergunto.

-Vamos... - diz meio sem graça.

Estou me perguntando por qual motivo aceitei esse 'encontro', pois agora parece algo totalmente sem sentido.

-Aonde nós vamos? - por favor... seja um restaurante, estou sem paciência para assistir um filme ou andar por aí.

-Fiz uma reserva em um restaurante de comida italiana... Você ainda gosta de massa?

-Sim, esse abito foi quase um dos únicos que eu não mudei. - falo e ele sorri, por que ele está sorrindo? Isso é trágico!!!

Depois dessa 'conversa' um tanto estranha, ficamos calados, qualquer um diria que esse é o famoso silêncio constrangedor... o que acontece é que eu, não sou qualquer pessoa.
Vamos até seu carro, e nem me peça para falar qual modelo é, não entendo nada de carros, bem na verdade fiz questão de não aprender sobre eles... meu 'pai de sangue' amava falar sobre isso, peguei um 'leve' nojo desse assunto. Mesmo assim convivo com carros, que ironia!

It's not my FaultOnde histórias criam vida. Descubra agora