Capítulo 15

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Cristina só esperou que entrassem no avião para capotar no colo da
Maiara. Maraísa se mordia de ciúmes vendo a irmã passando a mão no cabelo de sua "amante". Ela acabou não conseguindo dormir. Estava bem consciente quando o avião pousou. Maiara pediu ajuda do Marco pra levar a amiga até a van que estava esperando por eles. A van foi direto pro condomínio das duas. Cristina acordou quando ela chegavam nele. Ainda bêbada, só assentiu quando Maiara falou que ela dormiria em seu apartamento. Maraísa ficaria no dela com o João e os resto da família ficaria no apartamento deles que tinha ali. Não foi com um sorriso no rosto que Maraísa assistiu Cristina entrando no apartamento de Maiara, que pra provocar, se despediu dela com um aceno e uma piscadinha. Ela estava ficando doida imaginando que a possibilidade delas terem algo ser real. Não pregou os olhos a noite, e não deitou sequer na cama dela com o João. Já no apartamento de Maiara, Cristina entrou tirando a roupa, ficando de roupas íntimas, ela deitou no sofá com uma almofada e desmaiou, fazendo Maiara rir. Ela jogou uma coberta por cima da amiga  e se despediu dela com um beijo na testa.

- Muito bem minha pequena. Se tudo der certo, logo faremos a Maraísa tomar vergonha na cara, então você não vai mais precisar sofrer. - diz saindo de perto dela. Minutos depois Luiz chega no apartamento pra perguntar se tinha ido bem no seu papel, mas é recebido aos beijos.

- Uai, nós não era amigo? - ele pergunta sorrindo com os braços em volta dela.

- Somos, por isso eu preciso de mais uns favores seus essa noite. - Diz arrastando ele pela gola da camisa até o quarto. Os dois tiveram uma noite bem agitada, mas que acabou com ele no quarto de hóspedes, pra dar continuidade no plano no dia seguinte. Logo pela manhã, Maraísa correu pra acordar todo mundo, com a desculpa esfarrapada de um café ds manhã em família. Maiara já previa a reação da irmã, então fez o Luiz colocar uma Cristina morta em sua cama, e preparou um senhor café pra família, os clima não podia ser melhor entre os dois, trocavam beijos e mais beijos durante o serviço. Não demorou e a família mais o João apareceram no apartamento, as pessoas nem estranharam a presença do Luiz ali, já Maraísa parecia uma criança que tinha recebido a notícia de um natal antecipado.

- Cunhado! Você dormiu aqui? - Pergunta feliz.

- Dormi Mara, tava tarde ontem, acabei ficando por aqui mesmo. - ele fala tomando seu café.

- Que cunhado o que Maraísa, deixa de ser besta, ele dormiu no quarto de hóspedes. - Maiara fala dando de ombros. O sorriso do rosto dela morre.

- Que? Como assim? - ela pergunta confusa.

- Nós terminamos Maraísa! Acabou, conversamos e tudo, somos amigos, mas eu tô com outra pessoa já. - Ela fala convincente.

- E desde quando você não me conta isso? - Ela pergunta incrédula.

- Ah, me poupe Maraísa. Você, logo você reclamando de segredos? Não contei porque aconteceu, foi rápido e tem pouco tempo. - fala servindo café pros outros. João Bosco conversava com o pai das meninas que fingia estar muito interessado na história que ele contava. Maraísa ia retrucar a resposta da irmã mas é interrompida por um telefone tocando. Todos se olham querendo saber da onde era l barulho, até que Maiara lembra.

- Ah, deve ser o dá Cristina. - ela procura o celular no sofá e vê a ligação com o nome "Mãe". Não desperdiçaria essa oportunidade. Ela caminhou até a mesa com o telefone na mão e chamou a dona, que a essa hora já devia estar perto de acordar pra sentir a sede de mil camelos e a dor de cabeça de um recém espacado. - Cris, sua mãe está te ligando! - Maiara grita alto o suficiente pra chegar aos ouvidos da destinatária. Se passaram poucos segundos antes de todos ouvirem um estrondo no quarto, compatível com alguém caindo da cama. Logo a porta foi escancarada com violência, e uma Cristina descabelada e de roupas íntimas surgiu correndo atrás do celular. Maraísa não conseguia acreditar no que seus olhos viam. Elas tinham dormido juntas. Cristina pegou o telefone da mão da Maiara e respirou fundo.

-Oi mamãe! - Fala fingindo uma voz animada que não existia. - Não eu tava dormindo, desculpa. - fala respndendo a mãe. - Ah, to na casa da Maiara. - fala. - Não mamãe, ela não é minha namorada. - fala revirando os olhos. De repente ela arregala eles com uma cara de assustada. - Ah, você tá em Goiânia? E quer me ver? - pergunta assustada. - Claro mamãe, já passo aí. - diz. - Beijos, também te amo. - termina ligação. Assim que desliga ela começa a sentir seu estômago e sua cabeça, infelizmente não tinha tempo pra curtir uma ressada, previsava estar impecável em minutos!

- Ai meu Deus Mai! Minha mãe ta na cidade! - fala jogando o celular pra ela antes de correr pro banheiro. As pessoas olhavam sem entender nada daquela cena, enquanto Maraísa amargava os pensamentos que insistiam em surgir. Maiara ria do desespero da amiga. Quando as conversas voltavam, Cristina gritou do banheiro.

- Mai, to usando sua escova de dente! - ela gritou. Maraísa prendeu a respiração com aquela informação, até as escovas já compartilhavam? Dez minutos depois ela deu as caras de novo com o cabelo molhado e a mesma roupa da noite, a exceção era sua blusa de flanela que agora estava amarrada na cintura. Ela correu pro sofá e calçou o corturno que tinha tirado pra dormir. Estava nervosa com o encontro com a mãe, se ela soubesse que tinha bebido na noite anterior, estaria lascada, por isso exagerou no perfume da Maiara.

- Mai, vê se eu to cheirando a bebida. - ela fala aproximando o pescoço da Maiara, que aproveitou a oportunidade pra provocar Maraísa. Cheirou o pescoço todo e ainda deu um beijinho. Maraísa só faltava pular em cima delas enquanto Cristina não tinha levado a mal.

- Tá não meu amor, fica tranquila. Vamo marcar de sair com sua mãe? To com saudades dela. - Maiara fala ajeitando a blusa de Cristina.

- Vamos sim, ela deve tá com saudades de você também. - fala distraída. - Mai, vê se eu to com hálito de quem bebeu. - fala aproximando a boca no rosto da Maiara e assoprando. Maiara que estava decidida a acabar com aquilo logo, não perdeu tempo. Agarrou o rosto dela e deu um selinho.

- Só tem gosto de pasta de dente, você passa despercebida! - fala como se não tivesse feito nada demais. Cristina olha esquisito pra ela, mas balança a cabeça e ri indo embora. A família observava as duas surpresos, mas nada demais, já Maraísa, Tinha um olhar assassino no rosto. Estava tão enfurecida e machucada que não conseguia formular uma palavra. Maiara voltou a beber o café quando Cristina saiu como se nada tivesse acontecido. Enquanto Maraísa se preparava pra falar.

As Faces De Uma EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora