Quando a caminhonete parara na porta do Rodrigo Antunes Vereza, não tinha muito tempo que Thalita e Victor haviam entrado no colégio.
Uma garoa tímida começava a cair do céu e os olhos ferozes de Lorenzo Mello procurava, ainda de dentro do carro, por uma pista, um sinal de que Victor ou Manu estavam lá dentro.
Sem pestanejar, Lorenzo acelerou o carro e, em seguida, entrou no estacionamento dos professores.
A caminhonete estacionou bem ao lado de uma Honda Pop 100 Amarela.
* * *
- Morta?! - berrara Layza, os olhos arregalados - Como assim "morta"?
- Nós não sabemos de muita coisa ainda! - Thalita parecia procurar alguém - A gente tem que sair daqui agora.
- Layza, a Manu realmente não veio?
- Não, Victor!
Eles estavam apressados. Sabiam que não podiam ficar por ali muito mais tempo.
- Temos de ir embora! - disse Layza - O mais rápido possível.
- Eu não sei se deveríamos! - Thalita parecia pensativa - Quando todos souberem do acontecido, acho que é melhor estarmos por aqui, onde possamos ser vistos, para não levantarmos nenhum tipo de desconfiança.
- A Thalita tem razão! - Victor dissera - Afinal de contas, estávamos lá na cena do crime... E se o assassino nos viu? E se ele vier atrás de nós?!
Ficaram em silêncio.
- Por que matariam a professora Patrícia?- Layza estava inconformada - Por que logo ela?
Antes que Layza pudesse fechar a boca, Lorenzo Mello entrara no pátio da escola, local onde a festa estava acontecendo.
Lorenzo avistar logo de cara o menino a quem estava procurando, isso, antes de Dona Fátima aproximar-se dele.
- Lorenzo, meu querido! - a mulher estava simpática, como sempre - Que prazer é para nós tê-lo aqui conosco! Veio prestigiar nosso evento beneficente?
Lorenzo deu um sorriso amarelo, apanhando a carteira no bolso da calça.
- Tens uma caneta aí, Fátima? - ele parecia simpático, mas, não tirava os olhos de Victor e das duas garotas com quem ele conversava logo adiante.
- Claro! - a mulher parecia animada, quando apanhava uma caneta azul sobre uma mesa no canto da parede - Aqui está!
Sem perder tempo, Lorenzo apanhou um talão de cheque dentro da carteira e o assinou, entregando uma folha para dona Fátima, batendo no obro dela em seguida, como cumprimento e, sem esperar resposta da mulher, seguiu até o grupinho que estava à sua frente.
Dona Fátima arregalou os olhos quando vira a quantia doada por Lorenzo Mello. Era tão generosa que, sem dúvidas, tinha superado todo o dinheiro arrecadado com o Baile de Inverno.
- Que homem generoso! - ela sussurrara, abraçando a folha de cheque - Que coração bondoso!
* * *
O grupinho inteiro gelara quando, de repente, vira Lorenzo Mello à frente.
Thalita ainda não havia se encontrado pessoalmente com Lorenzo e, agora, ela via o motivo pelo qual todo mundo o achava bonito: ele realmente era muito bonito e cheiroso!
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Um Bombom Sobre Minha Mesa
FanfictionThalita acabou de se mudar para uma cidade pequena. Ela acha que tudo em sua vida está um desastre, até ela se envolver numa investigação criminal e passar a ter certeza disso.