Capítulo 22: "Um Plano Diabólico"

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Algum Tempo Antes...

Quando Babi dera de cara com Camaleão bem na saída da escola, a garota vira suas pernas tremerem.

Babi devia dinheiro para Camaleão.

Babi devia muito, muito dinheiro para Camaleão.

Camaleão, apesar de perigoso, sabia ser bem discreto. Babi o avistara na esquina, enquanto fumava um cigarro na maior tranquilidade, como se fosse o mais inocente dos cidadãos.

Com os dedos da mão esquerda, Camaleão chamara a menina que, discretamente, fora até ele. Eles não podiam ser vistos juntos, mas, como ela havia simplesmente ignorado todas as ligações dele, além de todas as mensagens no aplicativo, o traficante decidira ir atrás dela pessoalmente.

- O que você tá fazendo aqui, cara?! - ela olhava para os lados, enquanto falava com ele - Você sabe que é muito perigoso pra você e pra mim. Se alguém nos vir juntos, é fim de jogo.

- Sossega! - ele estava calmo - Tem uns camaradas meus guardando a gente. Tá tudo certo. Mas, você sabe também o que é muito perigoso, né?! 

- O quê?

- Eu! - deu uma tragada no cigarro - Eu sou muito perigoso, Bárbara! E, ao contrário do resto da cidade, você parece que se preocupa cada dia menos com isso. Se preocupa cada dia menos com a sua própria segurança e com a segurança da sua mãe bebum...

- Não fala assim dela! - ela continuava olhando para os lados, tinha medo de que alguém os visse juntos - Olha, Camaleão, eu vou te pagar, ok?! Eu já sei como vou arranjar a grana que tu quer. Só preciso de mais tempo.

- Quanto tempo?

- Dois dias, no máximo! 

- Você tá me enrolando demais, Bárbara! - ele dera outra tragada no cigarro - Você tem até amanhã à noite para me entregar a bagaça. Se você não me aparecer amanhã à noite com a grana, eu dou um jeito em você... Não! Não, melhor! Eu dou um jeito na sua mãe. É sempre muito pior perder alguém que amamos do que perder a nós mesmos, não é?!

- Tá bom, não precisa ameaçar mais! - Babi estava sentindo vontade de estapear Camaleão - Eu vou arranjar todo o dinheiro até amanhã e vou te entregar e não quero nunca mais ter que olhar pra essa sua cara feia.

O traficante sorrira.

- Será que você consegue, Bárbara? - indagara ele.

- Amanhã à noite eu te procuro! - ela tentava ignorar todo o sarcasmo dele - Não precisa vir atrás de mim. Eu arranjo a sua grana e te entrego.

- Como é que você vai arrumar todo esse dinheiro, hein?! - ele parecia não acreditar que ela iria mesmo conseguir a quantia em tão pouco tempo - Você só tem até amanhã e, cá entre nós, é uma quantia muito grande. É mais dinheiro do que o que um assalariado receberia durante um ano de trabalho.

- Isso não é da tua conta, cara! - ela fora firme - Eu vou dar meu jeito. Eu já sei exatamente o que fazer. Só fica na sua e espera que eu entro em contato com essa porcaria de dinheiro.

- Ta certo! - ele colocara o cigarro novamente entre os lábios - Cai fora logo antes que alguém nos veja.

Babi não dissera mais nenhuma palavra.

Os olhos da menina fuzilavam Camaleão de tal forma, que, quem visse aquela cena, juraria que ela era a verdadeira ameaça ali.

Em seguida, a garota dera as costas para o homem e apanhara o caminho para sua casa.

Um Bombom Sobre Minha MesaOnde histórias criam vida. Descubra agora