Capítulo 2

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Geralmentequando se fala de um assassino, principalmente no dia que ele ou ela veio aomundo se fala de um dia chuvoso, mas no meu caso é extremamente o oposto; nodia do meu nascimento só havia um sol, tão brilhante e ao mesmo tempo tãointenso que facilmente conseguia deslumbrar qualquer um que o observasse, seubrilho era penetrante e envolvente, mas eu não fiquei igual, não podia de formaalguma ser comparada com o dia em que eu nasci;me lembro de sempre ouvir dosmeus pais que eu deviria tentar me encaixar aonde ia, mas aos olhos das outraspessoas, só conseguiam enxergar o desespero em seus olhos ao me verem, mas oque mais me incomodava era a pena que sentiam de mim, tudo aquilo me incomodavamuito, nasci muito pequena e gordinha (para tentar amenizar meu sofrimento meuspais me chamavam de fofinha), meu nariz não era simétrico para o meu rosto,meus olhos eram escuros iguais ao meu cabelo que mais parecia o breu que ficadurante a noite, não pense você que meu cabelo era bonito, nasci com poucos fiosde cabelo, mas ao menos eles eram lisos. Um dia sem querer ouvi minha avóconversando com meus pais e sempre falava que no dia em que eu nasci ela achouque eu estava doente e que era muito feia para os lindos traços do rosto e docorpo de minha mãe e irmã, ao ouvir aquilo me senti muito mal, quis saircorrendo dali e confesso que até mesmo pensei em fugir de casa, ninguém nuncasoube dessa história, jamais tive a coragem de contar isso para alguém, nemmesmo meu irmão (e acima de tudo meu melhor amigo), não conseguiria encontrarcoragem para lhe contar isso, pois ela também era sua avó, não queria causarnada muito menos um conflito e volta-lo contra ela, jamais conseguiria meperdoar se fizesse algo dessa forma ou se quer parecido.    

O diário de uma assassinaOnde histórias criam vida. Descubra agora