Capítulo 42

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Quando chegou o triste momento de despedida comecei a pensar que voltaria sozinha, pois Amélia estava tão feliz nos braços de Charles, tanto que durante alguns momentos pensei que não se largariam nunca mais, eles estavam tão felizes, tanto eu quanto Piedro estávamos felizes por eles; enquanto esperávamos a senhora Guterman e a senhorita Blackfield apareceram eu e Piedro conversávamos, mas ao mesmo tempo ficávamos espertos a cada ruído de carro, por menor ou mais distante que estivesse eu já ficava pronta para chamar Amélia a qualquer instante para que ninguém descobrisse sobre Charles.

Amélia o olhava de uma forma que eu nunca vi, quando seus olhos se encontravam eu ficava maravilhada com isso, o brilho intenso enquanto se olhavam, mas não viam o físico ou a aparência um do outro, ao observar os dois os admirava intensamente, porem eu somente conseguia ver a superfície e eles a alma um do outro; hoje em dia aqui sentada (para ser sincera trancada) neste quanto branco sem vida e sem cores de alegria, quando me remeto a aquele breve porem duradouro momento confesso que hoje sinto muita inveja deles, talvez e porem não quero nunca que pense que jogo a culpa de quem eu sou para todos que fizeram parte da minha vida especialmente Amélia, jamais poderia sequer jogar nem mesmo um por cento de culpa para ela.

Para sorte tanto minha quanto de Amélia as nossas supervisoras e nossa carona demorou um pouco por conta do transito principalmente, Londres é maravilhosa admito e não nego jamais, porem como toda grande cidade o transito é um enorme problema e um dos principais é claro; no momento em que reconheci o carro, pois era sempre o mesmo, Piedro estava na minha frente então o empurrei contra a parede com toda a minha força e fui buscar Amélia a puxei tão rapidamente que nem sequer terminaram o beijo.

O diário de uma assassinaOnde histórias criam vida. Descubra agora