Depois de passar todo o sofrimento daqueles dias de muita dor, angustia e choro com meus irmãos eu acabei voltando para Londres e comecei a passar cada vez mais tempo em baixo daquela árvore tentando entender e compreender tudo o que havia acontecido, Amélia começava a se preocupar cada vez mais comigo junto com a senhorita Blackfield; os dias passavam e cada vez mais eu passava mais tempo em baixo daquela árvore pensando em meus pais e como será que meus irmãos estavam, porem a coisa que eu mais fazia era chorar bem baixinho para que ninguém tivesse se quer a capacidade de ouvir e quando parecia que alguém iria de alguma forma ou por algum motivo se aproximar de mim eu rapidamente passava as costas das minhas mãos em meus olhos, algumas vezes com tanta força que parecia que meus olhos seriam arrancados de tanta pressa, raiva e ódio que eu conseguia sentir em cada gota de sangue que passava por minhas veias; me lembro que teve uma vez que apertei tanto minha mão contra meus olhos para enxugar cada lagrima que escorria em meu rosto, para que parecesse que não houvesse o menor e o minúsculo vestígio de sua existência.
Um dia junto com a senhorita Blackfield junto com Amélia se cansaram de ficar preocupadas e angustiadas comigo daquele jeito, por mais que eu negasse para alguém dizendo que eu estava bem conseguia sentir o buraco em meu peito bem no meio do meu coração como se ele tivesse aprendido a fazer parte do meu peito, como se ele estivesse desde o dia do meu nascimento, neste dia eu estava como já era mais do que costume, para falar a verdade sentada e praticamente passar todo o meu dia em baixo daquela árvore que nada mais do que um refugio, fazer isso já era um habito e parte indispensável da minha rotina, me lembro como se fosse hoje, ao fechar os olhos consigo me lembrar e reviver cada detalhe, as duas andaram juntas com muita sincronia em minha direção e pararam no mesmo momento.
- Liz, podemos conversar?
Me lembro de apenas balançar a cabeça dizendo não e com minhas mãos tentava apagar os vestígios de minhas lagrimas em meu rosto.
- Senhorita Younger, precisamos muito conversar, ambas estamos muito preocupadas com a senhorita.
- É verdade Liz, não gosto de te ver assim, por favor me conte o que esta acontecendo, pois lembre-se que sou sua amiga de anos.
Naquele momento confesso que me levantei e tentei fugir tanto daquele momento quanto daquela conversa, então simplesmente me levantei com o intuito e vontade de sumir de lá, porem ambas não deixaram, Amélia colocou suas mãos em meus braços, olhou em meus olhos e então disse com seus olhos cheios de lagrimas:
- Elizabeth , por favor me ouça, antes de mais nada, não posso dizer que sei exatamente o que esta passando, pois ainda tenho meus pais a salvo e ao meu lado, então não finjo que sei o que você está passando, pois simplesmente não sei e se me perdoar juro que não quero saber como é este sentimento, mas antes de mas nada sabe que seu sua amiga, pois já se passaram dois anos e sabe que pode sempre contar comigo, então por favor eu lhe imploro, não quero que passe por isso sozinha, confie em mim assim como eu confio em você.
Assim que Amélia acabou de me dizer estas palavras me abraçou com força e sem seu ombro com aquele abraço apertado eu simplesmente desmoronei, não conseguia parar de chorar, então sentamos em baixo daquela árvore e a senhorita Blackfield foi buscar um copo de água com açúcar para que eu me acalmasse e lá ficamos eu e Amélia sentadas por horas e como uma ótima amiga ela me apoiou e a noite ficou junto a mim até que finalmente eu parasse de chorar e finalmente conseguisse cair no sono pesado.
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O diário de uma assassina
ФанфикEssa história é sobre uma menina chamada Elizabeth Younger, desde criança sofre com seus tormentos, então um dia resolve desabafar escrevendo um diário. Neste diário é possível encontrar desabafos, pedidos de desculpas, sentimentos, perguntas, duvid...