O diário de uma assassina

Capítulo 43

Fomos rapidamente em direção ao carro e Amélia ficou um pouco ressentida comigo e Charles também, porem não os culpo por isso, não fiz por mal somente estava os protegendo, mas no fundo sei que entenderam.

No caminho de volta era possível notar o sorriso de felicidade estampada no rosto de Amélia a vários quilômetros de distância de onde estávamos, porem eu estava pensativa em relação à Piedro e a toda a armação de Charles Amélia, como eles planejaram isso? Como eu não desconfiei de nada? Como eu deveria me sentir com tudo isso? Essas perguntas e muitas outras no paravam de rodear meus pensamentos durante todo o restante do dia; eu não sei se a nossa governanta fingia, mas demonstrava não ver a felicidade extrema de Amélia e ao meu distanciamento do planeta, imagino que ela sabia o que passávamos como todas adolescentes da nossa idade, mas mesmo não demonstrando tanta preocupação sempre estava por perto e principalmente disposta a nos ajudar em toda e qualquer coisa.

A noite após o banho e o jantar como era de costume sentávamos em nossas camas para conversar sobre tudo e na maioria das vezes continuar imaginando o que mais poderia ter acontecido, nós nos deslumbrávamos a noite toda com nossa fértil imaginação, tentávamos não fazer tanto barulho para não acordar ninguém principalmente a senhora Guterman, pois não queríamos ficar de castigo, geralmente pelo menos no inicio era normal conversarmos no escuro, mas com o tempo e com nossos celulares conseguíamos uma singela iluminação, dessa forma conseguíamos ver as feições uma da outra e não precisamos imaginar; com o passar dos dias e daquele dia em especial eu conseguia notar tanto em Charles quanto em Amélia uma paixão pura, inocente, deslumbrante e o mais importante de tudo verdadeiro no olhar de ambos.