capítulo 22

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ouçam com a " ron pope - a drop in the ocean "

Ele abre a porta à nossa frente e ainda estou a tremer, apesar do seu toque me acalmar um pouco. Viemos a viajem toda calados e ainda não falamos, mas isso não era propriamente estranho em nós, no entanto o silêncio hoje não estava confortável, mas sim pesado.

Zayn: anda, vamos até ao quarto. – ele diz enquanto me pega ao colo. Enrolo as minhas pernas á volta da sua cintura e a minha cabeça repousa no seu ombro enquanto o sinto a transportar-nos. Eu adorava quando ele fazia isto, agarrava-me firmemente e levava-me de um lado para o outro, ele parecia ainda mais forte quando pegava em mim, mais ainda do que a maioria das vezes.

Sinto-o a sentar-me na cama e a sua pele descola-se da minha fazendo o meu corpo arrefecer.

Zayn: estas melhor?

Apenas acinto com a cabeça. Eu estava mais calma agora, era verdade, não calma de forma alguma mas um pouco menos stressada.

Zayn: ele nunca vai chegar a ti aqui, nunca permitia que passasse por mim, por favor acalma-te.

Gostava de conseguir falar mas a minha garganta está demasiado seca e os meus músculos demasiado tensos. Queria poder gritar com ele e dizer que tinha medo por ele, por todos os rapazes, pela ally e pela minha mãe mas simplesmente não conseguia. Desisto de tentar falar e apenas o abraço com força. Ele está de joelhos á minha frente e eu sentada na ponta da cama, por mais impressionante que seja ele está praticamente do meu tamanho.

- eu amo-te muito. – os músculos da minha garganta movem-se a muito custo mas só consigo praticamente sussurrar.

Sinto-o a suspirar e esforço-me ao máximo para não começara chorar e a soluçar outra vez.

Zayn: ouve-me com atenção. – ele separa-me um pouco de si fazendo-me encara-lo. O seu olhar está forte e não consigo imaginar se quer a lástima em que estou. – eu nunca, num milhão de anos vou deixar alguém fazer-te mal, eu vou estar aqui sempre, incondicionalmente, e faço-te esta promessa. Nunca te vou deixar sozinha, nunca ninguém vai conseguir fazer-te mal nunca mais, nem que eu tenha de ir preso, eu fujo da prisão por ti.

Fungo e solto uma ligeira gargalhada que faz o meu coração doer. Rir doía naquele momento mas preocupar-me doía mais.

Zayn: sorri meu amor, ver-te chorar parte-me o coração.

- agora precisas de me prometer outra coisa. – a minha voz finalmente sai.

Zayn: diz.

- não vais se quer aproximar-te do John, nunca.

Ele baixa a cabeça e sei que ele não quer de forma alguma prometer mas eu preciso ao menos desta segurança.

- se me amas, fazes isso por mim.

Sinto-o a carrancar mas acaba por aceitar quando deixo um beijo no seu pescoço. a pele dele arrepia-se toda e sorrio novamente ao ver o efeito que tinha nele.

- é tudo tão surreal, como se os meus pesadelos se tivessem a tornar realidade. É como se estivesse a espera que isto acontecesse, mas na realidade nao estava mesmo. Ele aparecer, assim do nada, é tudo o que temi.

Zayn: pensa noutra coisa, finge que nao o viste o centro comercial, finge que viemos para casa e provavelmente agora estávamos a ver um filme enrolados um no outro. Simplesmente abstrai-te.

Respiro fundo com os olhos fechados e quando os abro sinto-me mais positiva. Eu tinha de ser forte, tinha de dar um exemplo do que tinha sido até agora, pelo menos para me impressionar a mim própria.

unconditionally [a rescrever]Onde histórias criam vida. Descubra agora